Ambev pode ser “poupada” de compra da SABMiller; mais 12 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos desta quinta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece mais movimentado nesta quinta-feira (15). Nos destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) informou que entrará nesta quinta-feira com pedido junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para interrupção de análise de sua oferta de distribuição de debêntures no valor inicial de 3 bilhões de reais, citando as condições adversas do mercado de capitais brasileiro. A interrupção ocorrerá por 60 dias úteis a partir da aprovação do pedido pela CVM. 

Em função disso, o procedimento de coleta de intenções para precificação dos papéis não será mais realizado na sexta-feira, conforme previsto no cronograma da oferta, disse a petroleira. “Se retomada a oferta, será aberto novo prazo para apresentação dos pedidos de reserva”, disse a estatal em comunicado.

Além disso, a Petrobras informou que planeja cortar, ao longo dos próximos seis meses, quase pela metade o número de vagas de funcionários que atuam na área de comunicação da empresa. A companhia deverá ficar com 635 empregados na comunicação, ante 1.146 antes dos cortes, além de reduzir em 30% os gastos referentes ao corpo gerencial da área.

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Ainda sobre a companhia, a Petrobras informou que a diretoria executiva da companhia autorizou a busca de um parceiro estratégico para sua subsidiária BR Distribuidora e que a decisão será apreciada na próxima reunião do Conselho de Administração.

Por fim, a Petrobras informou que concluiu a perfuração do quarto poço da área de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, onde identificou a presença de hidrocarbonetos em reservatórios de baixa porosidade. Adicionalmente, o consórcio está perfurando em duas outras localidades. Em uma delas, já encontrou reservatório com óleo.

Ambev
A AB InBev disse que planeja vender US$ 55 bilhões em títulos para efetuar o acordo de US$ 106 bilhões para união com a SABMiller, conforme uma pessoa familiarizada ao assunto disse à Bloomberg. A notícia pode trazer um fôlego para a Ambev (ABEV3), controlada indiretamente pela AB InBev, que era vista pelo mercado como uma alternativa para o acordo, dado que a empresa não possui dívidas e poderia se envolver na transação.  

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Vale
O conselho de administração da Vale (VALE3; VALE5) analisa nesta quinta-feira proposta da diretoria para reduzir para US$ 500 milhões a segunda parcela de dividendos de 2015, metade do anunciado em janeiro.

Embraer 
A Embraer (EMBR3) entregou 21 jatos comerciais e 30 executivos no terceiro trimestre, informou nesta quinta-feira, com o total de 51 jatos superando em 50% as entregas do mesmo período do ano passado, quando haviam sido entregues 19 aeronaves comerciais e 15 executivas.
 

Em 30 de setembro, a carteira de pedidos firmes a entregar totalizava US$ 22,1 bilhões, disse a fabricante de aeronaves em comunicado.

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Kroton
A Kroton (KROT3afirmou que obteve crescimento de 4% na captação total de alunos de graduação no terceiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2014. O número de novos alunos do Fies caiu 84% no período, para 5,6 mil alunos.  

Segundo a companhia, a captação de alunos de ensino à distância (EAD) subiu 10%, para 109.967 alunos, enquanto a captação presencial caiu 6%, para 66.294 alunos.

Para a XP Investimentos, o Fies apresentou forte queda, mas a base de alunos ex-Fies ajudou bastante no controle de “perdas” em relação ao programa, sendo um ponto positivo para que a empresa mantenha estável a taxa de evasão. 

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Estácio
Mesmo com o recuo do Fies, fundo de financiamento estudantil do governo, o grupo Estácio (ESTC3) prevê crescimento em 2015. Em entrevista à Folha, o CEO da empresa, Rogério Melzi, disse que a expectativa é que a universidade cresça entre 3% e 6% em número de novos alunos neste ano.  

Braskem
Um incêndio atingiu na quarta-feira (15) a unidade da Braskem (BRKM5) no Polo Petroquímico de Capuava em Mauá, na Grande São Paulo. A ocorrência foi registrada por volta das 16h30 (horário de Brasília), mas o foco já foi controlado ontem. A unidade, no entanto, que possui capacidade de produção anual de 700 mil toneladas de eteno, teve que ser paralisada preventivamente. 

A Braskem informou, em nota, que não tem previsão de quando as atividades no local serão retomadas. Segundo a companhia, cinco pessoas que trabalhavam em locais próximos ficaram feridas, mas sem gravidade. Todos foram encaminhados para atendimento médico. Doze viaturas do Corpo de Bombeiros e 23 homens foram acionados.

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Souza Cruz
Mais de dois terços dos acionistas da fabricante de cigarros Souza Cruz (CRUZ3) aderiram à OPA (Oferta Pública de Aquisição) de ações proposta pela controladora British American Tobacco (BAT). Essa é a quantidade mínima para que o ofertante consiga fechar o capital da empresa. O leilão vai ocorrer hoje às 15h (horário de Brasília) na BM&FBovespa. Se a BAT conseguir comprar 100% das ações em circulação, a operação deve movimentar R$ 10,3 bilhões. O valor oferecido aos acionistas na operação é de R$ 27,20. 

BTG Pactual
O BTG Pactual (BTGP11), por meio de seu braço de private equity, tem se desfeito nos últimos meses de companhias que investiu. Segundo informações do Estado, o banco chegou a um acordo com acionistas da Bravante, ex-Brasbunker, operadora de apoio marítimo para plataforma de petróleo, reduzindo sua participação de 47% para cerca de 10%. 

Weg
A fabricante de equipamentos elétricos Weg (WEGE3) fechou uma parceria com a chinesa ET Solar para oferecer soluções para projetos de energia solar no Brasil, disse a empresa brasileira nesta quarta-feira à Reuters. 

Segundo divulgação na véspera da ET Solar, a subsidiária da companhia no Chile e a Weg pretendem vender serviços como a construção de usinas em regime “EPC turnkey”, em que o projeto é entregue concluído ao contratante, além de soluções de operação e manutenção de empreendimentos fotovoltaicos. 

Em nota, a ET Solar afirmou que as empresas já iniciaram conversas com clientes e devem iniciar atividades de construção de usinas solares no primeiro trimestre de 2016.

OGPar
A OGPar (OGXP3), antiga OGX Petróleo, informou que sua produção de óleo no mês de setembro alcançou um total de 276.711 barris, dos quais 274.945 barris refletem a produção do Campo de Tubarão Martelo e 1.767 barris correspondem à produção do Campo de Tubarão Azul.

Em comunicado, a companhia lembrou que no dia 28 de agosto ela decidiu pela suspensão temporária da produção do Campo de Tubarão Azul por até um ano, o que teve início em 31 de agosto. “A produção registrada no dia 01/09/2015 corresponde ao período entre 17 horas e 23 horas e 59 minutos do dia 31 de Agosto de 2015”, ressaltou a OGPar.

CCR
A CCR (CCRO3) prestou esclarecimento sobre notícias veiculadas na imprensa e explicou que a CCR Barcas está passando por uma análise para reajuste de suas tarifas. Segundo comunicado, nas últimas revisões quinquenais relativas ao 3º e ao 4º quinquênios, a AGETRANSP detectou desequilíbrios contratuais, que têm sido acompanhados e analisados pela Secretaria dos Transportes do Estado do Rio de Janeiro, mas ainda se encontram pendentes de reequilíbrio.

Enquanto isso, a tarifa de equilíbrio contratual definida pela AGETRANSP para o quinquênio 2013/2018, ainda não teve a sua cobrança autorizada, o que, segundo a companhia, “acarreta no incremento do desequilíbrio contratual do atual quinquênio”.

“Nesse contexto, a AGETRANSP e a Secretaria de Transportes têm analisado, em conjunto com a BARCAS, as possíveis formas de equacionamento do Contrato de Concessão. Dentre as possibilidades discutidas, além do reequilíbrio contratual ou da reformulação do atual Contrato, encontra-se sob análise a possibilidade do distrato consensual do Contrato de Concessão, para permitir uma nova estruturação jurídica para a concessão, visando manter a prestação de serviço público de qualidade sem a recorrência de desequilíbrios contratuais”, diz a nota da empresa.

JBS
A JBS (JBSS3) também prestou esclarecimentos sobre notícias, desta vez do jornal Valor Econômico. Em nota, a companhia afirmou que não teve acesso às contas realizadas pela publicação para afirmar que “… Após uma queda de 35% do real frente ao dólar, o lucro da JBS com os chamados derivativos cambiais deverá atingir a marca recorde de R$ 15 bilhões em 2015…”, sendo que o valor correto será divulgado no resultado do terceiro trimestre.

Além disso, a JBS afirmou que uma eventual perda decorrente da valorização do real seria compensada por uma redução equivalente das dívidas da companhia em moeda americana. “Dessa forma, a Companhia necessitará menos caixa para honrar seus compromissos. Este aspecto da estratégia de hedge empregada foi enfatizado e esclarecido à exaustão em todos os níveis decisórios da Companhia”, diz a nota.

(Com Reuters)

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