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Nos últimos 40 anos, a agropecuária brasileira registrou ganhos expressivos. Entre 1975 e 2016 a produção de grãos passou de 40,6 milhões de toneladas para 187 milhões de toneladas. Na pecuária, o resultado passou de 1,8 milhão de toneladas para 7,4 milhões, segundo estudo elaborado pelo coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques.
Com base nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla, em inglês) a produtividade da agropecuária brasileira, cresceu, em média, 3% ao ano nos últimos 40 anos.
O salto da produção é atribuído em boa parte a melhoria no uso de insumos com efeitos diretos sobre a produtividade. O consumo de fertilizantes passou de dois milhões de toneladas, em 1975, para 15 milhões de toneladas, em 2016. Também o aumento das vendas internas de máquinas agrícolas, juntamente com a sua qualidade, foram determinantes para a produtividade. Gasques nota que o uso de defensivos agropecuários de forma preventiva ou curativa teve grande peso, evitando perda de produtos.
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O período estudado (1975 – 2016) é importante pois compreende muitas transformações no país, entre elas, a criação da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em 1972, o auge e o declínio da política de subsídios agrícolas, a abertura econômica, a partir dos anos 1980, os planos de estabilização, de 1986 a 1994, redução da participação do governo na política de crédito rural e de preços, e outras inovações nas políticas públicas para o setor.