Cooperativas agropecuárias ampliam foco no varejo de alimentos

Foco no consumidor final no mercado doméstico e olho nas exportações de produtos prontos são as prioridades das cooperativas

Datagro

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As cooperativas agropecuárias estão ampliando cada vez mais o foco de suas operações em direção ao varejo, especialmente por meio de marcas próprias de alimentos prontos para consumo. A constatação é clara após um giro pela feira Apas, principal evento do setor supermercadista do País, que se encerrou na quinta-feira (10), em São Paulo (SP). Pelos corredores da feira, lado a lado com estandes das multinacionais, estiveram lá presentes grandes cooperativas, como, por exemplo, Coamo, Copacol, Aurora, Frimesa, Lar, entre outras. Foco no consumidor final no mercado doméstico e olho nas exportações de produtos prontos são as prioridades das cooperativas, segundo executivos do setor.

De acordo com Valdemir Paulino dos Santos, gerente comercial da Copacol, que transforma aves, suínos e peixes em carnes prontas, as cooperativas estão num processo cada vez mais acentuado de verticalização de seus negócios, atuando do campo à mesa. “Estamos cada vez mais próximos do consumidor, com marcas próprias. É uma grande tendência”, disse.

Para Alcir José Goldoni, superintendente comercial da Coamo, o avanço das cooperativas agropecuárias no varejo é um processo natural. “O consumidor é o sustentáculo da cooperativa. Nossos produtores-cooperados se preocupam com a qualidade dos alimentos desde a escolha dos insumos”, ressaltou. A Coamo é especializada em beneficiar grãos [soja, milho, trigo], leite, café, transformando-os em alimentos prontos.

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Exportações de carnes 

Por outro lado, no tocante às exportações de carnes, por exemplo, o cenário está mais complicado, após os desdobramentos da nova fase da “Operação Carne Fraca”, avaliou Paulino. “Os embarques de frango sofreram um baque. Tivemos perda de valor, devido à oferta maior e menos destinos”, assinalou o executivo. “Importadores também aproveitaram a situação para propor renegociação de contratos, o que pressionou os preços.”