Identificar origem dos alimentos pode gerar maior lucro ao produtor, diz FAO

Agência da ONU usa como exemplo produtores de vinho para reforçar ideia de que indicação geográfica pode gerar resultados melhores

Datagro

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O comércio de alimentos que especificam o lugar de origem do produto pode potencializar os lucros e também estimular o crescimento de comunidades agrícolas. A constatação é feita por um estudo elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

“As indicações geográficas são uma estratégia dos sistemas de produção e comercialização de alimentos que coloca as considerações sociais, culturais e ambientais no centro da cadeia de valor”, explica o economista do Centro de Investimentos da FAO, Emmanuel Hidier. Segundo o especialista, tal medida pode abrir caminho para o desenvolvimento sustentável e para mercados mais rentáveis.

A FAO utiliza como exemplo de uso da indicação geográfica a cadeia do vinho do Vale dos Vinhedos para a penetração do produto em novos mercados. Em 2002, 19 vinícolas — das 26 instaladas no Vale — obtiveram o direito de vender sua bebida com uma Indicação de Procedência (IP). À época, as empresas que conseguiram a rotulagem produziam 1,5 milhão de litros de vinho por ano — o que representava 20% de toda a produção local.

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De acordo com a FAO, os produtores que apostaram na indicação geográfica observaram uma inversão no modo como se inserem no mercado. Eles vendem menos quantidade, mas por um valor maior. O relatório da agência da ONU mostra que a microprodução dessas vinícolas — elas respondem por 0,45% de todo o vinho de qualidade feito no Brasil — é vendida sobretudo para um nicho de alto valor agregado no mercado doméstico.