Queda do dólar pode afetar mercado brasileiro de suínos e aves

ABPA defende manutenção da taxa cambial em R$ 3,50

Datagro

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SÃO PAULO – Com o objetivo de manter o bom ritmo das exportações de aves e suínos, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) defende a manutenção da taxa cambial em patamares próximos a paridade de R$ 3,50 para os próximos meses. “Uma queda no câmbio implicaria na necessidade de reposição dos preços em dólar, o que afetaria a competitividade do país no mercado internacional”, disse, em nota, o presidente da entidade, Francisco Turra.

Para o executivo da entidade, existe receio um por parte dos exportadores quanto aos efeitos de uma eventual mudança no patamar do dólar, pois, com os custos de produção em níveis elevados, os exportadores vêm trabalhando com margens mais apertadas. A alta de quase 50% no preço do milho, combustíveis e mão-de-obra oneram cada vez mais o setor.

“Já houve repasse de custos e o câmbio acima de R$ 3,50 auxilia no equilíbrio das contas. Uma queda acentuada do dólar, entretanto, agravaria ainda mais a necessidade de reposicionamento nos preços internacionais em curso.  Esta elevação não acontece rapidamente, e pioraria a situação de várias empresas que já estão no vermelho”, avaliou Turra.

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A retração nos valores da moeda americana também pode fechar vagas na atividade. Segundo dados da ABPA, hoje o setor gera 4,1 milhões de empregos diretos e indiretos. Em 2015, foi responsável por 10% dos embarques do agronegócio, com receita de US$ 8,44 bilhões. 

“É primordial mantermos o equilíbrio dos setores que estão números positivos para o país neste momento de crise.  São muitos empregos em jogo.  A perda de desempenho dos embarques seria altamente maléfica para estas regiões que tem na avicultura e na suinocultura sua principal fonte de renda”, alerta Turra.