Ações vão de alta de 19% até queda de 9% após balanços; CSN cai 15% na semana

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta sessão

Paula Barra

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SÃO PAULO – A temporada de balanços contribuiu para a forte volatilidade vista no Ibovespa nesta sexta-feira (6), que marcou a sexta queda do índice em sete pregões. Como já vinha sendo alertado por alguns analistas, o rali do impeachment devia dar lugar a uma correção da Bolsa (essa análise pode ser vista clicando aqui). Com queda superior a 4%, o benchmark teve sua pior semana desde o período encerrado em 11 de janeiro deste ano (quando caiu 5,03%). 

O viés de correção veio principalmente por conta das ações ligadas a commodities – grandes impulsoras do rali da Bolsa visto nas semanas anteriores. Entre as maiores quedas aparecem as ações da CSN e Vale, com desvalorizações acima de 14% no período. Além da forte queda do minério de ferro, a Vale reagiu à notícia de que o Ministério Público Federal pediu R$ 155,1 bilhões em ação civil contra os responsáveis pela tragédia em Minas Gerais no ano passado (veja mais sobre o assunto aqui). Do lado negativo também as ações da Lojas Americanas e Itaú Unibanco, com quedas próximas a 10%, após divulgaçãoa de balanços essa semana. 

Do lado oposto, somente 13 das 59 ações do Ibovespa registraram alta na semana – nenhuma acima de 10%. Destaque para as ações da Suzano – maior alta (+7,54%) -, impulsionadas pela valorização do dólar frente ao real no período, seguida por Smiles (6,92%), que subiu beneficiada pelo bom balanço do 1° trimestre. No período, apenas 9 ações do benchmark da bolsa registraram alta superior a 1%. 

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A temporada de balanços também agitou essa sessão, com ações indo de alta de até 27% (caso da Magazine Luiza) para queda de 10% (B2W). Dos papéis do Ibovespa que reagiram ao balanço hoje, Lojas Americanas, Pão de Açúcar e Estácio encerraram o pregão em perdas. 

Confira abaixo os principais destaques de ações da Bovespsa nesta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 12,93, +2,29,%; PETR4, R$ 10,08, +2,75%)
Destoando do dia instável do Ibovespa, as ações da Petrobras conseguiram sustentar fortes ganhos durante praticamente todo o pregão, impulsionadas pelo preço do petróleo no mercado internacionalO contrato Brent registra alta de 0,60%, a US$ 45,48 o barril, enquanto o WTI apresentava ganhos de 0,54%, a US$ 44,56 o barril. Apesar do movimento positivo da ação hoje, a estatal não conseguiu afastar sua primeira queda na semana após três seguidas de alta. 

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Vale e siderúrgicas
Deixando quatro quedas seguidas para trás, as ações da Vale (VALE3, R$ 16,88, +1,32%; VALE5, R$ 13,52, +1,88%) encerraram em alta hoje, descoladas dos preço do minério de ferro, que encerrou em queda de 3,25% nesta sexta-feira, a US$ 58,29 a tonelada, segundo cotação do porto de Qingdao, na China. Nesta manhã, os papéis da mineradora chegaram a cair 3%. 

Acompanharam o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 7,74, +4,17%) – holding que detém participação na Vale -, que também viraram para alta nesta sessão, após queda de 3% na abertura. Da mesma forma, as ações das siderúrgicas, passado a abertura negativa, fecharam em alta, com Gerdau (GGBR4, R$ 7,35, +4,85%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,72, +2,26%) e CSN (CSNA3, R$ 11,14, +1,09%). Já a Usiminas (USIM5, R$ 2,33, -1,27%) virou para queda nos minutos finais. 

Nos últimos dias, as ações da Vale caíram pressionadas pelo minério de ferro e a multa de R$ 155,1 bilhões pedida pelo Ministério Público Federal por conta da tragédia em Mariana (MG) em novembro do ano passado. 

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Veja mais: A ‘assustadora’ multa da Vale: traders de bonds já perdem US$ 637 milhões em 3 dias

B2W (BTOW3, R$ 12,43, -8,74%) 
Uma “desaceleração massiva” nas vendas, com GMV caindo 3% na comparação anual, depois de 4 trimestres com crescimento de dois dígitos, na avaliação do Credit Suisse, levaram as ações da B2W para derrocada nesta sessão. O GMV é um indicador que mede a venda bruta de mercadorias, próprias e do marketplace, e outras receitas após devoluções, incluindo impostos. 

No 1° trimestre, a companhia  – que reúne as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato – teve prejuízo de R$ 132,6 milhões, o dobro do valor negativo obtido entre janeiro e março de 2015. A receita líquida caiu 19%, para R$ 1,7 bilhão.

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Segundo o Credit, a B2W fez um bom trabalho em controlar as despesas, mas, mais uma vez, a última linha do seu balanço foi muito impactado pelas despesas financeiras. Os analistas ressaltaram, no entanto, que a empresa anunciou tambem mais uma aquisição de um negócio de tecnologia e continua entregando boas métricas de servico ao consumidor.

Para o BTG, embora o primeiro trimestre tenha levado a números interessantes para a companhia, o cenário indica desaceleração das vendas de comércio eletrônico devido ao ambiente macroeconômico desafiador. Segundo o banco, “no curto prazo, os múltiplos elevados e a rápida deterioração dos resultados da B2W deve continuar a pesar sobre o preço da ação da Lojas Americanas, e veríamos uma queda no preço da ação como uma oportunidade de compra”.

Estácio (ESTC3, R$ 10,98, -1,35%)  
As ações da Estácio deram sequência ao movimento negativo dos últimos dias e caíram hoje, após balanço do 1° trimestre confirmar as preocupações do mercado com os próximos números da companhia. Nessas três sessões, os papéis acumulam queda de 10%. 

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O lucro líquido da Estácio caiu 1,6% no 1° trimestre de 2016, quando comparado com o mesmo período de 2015, indo para R$ 128,5 milhões, enquanto a receita líquida mostrou expansão de 9,8%, para R$ 792,9 milhões. O Ebitda ajustado subiu 9,1%, totalizando R$ 213,4 milhões no período. Já a margem Ebitda ajustada recuou 0,2 ponto percentual, passando de 27,1% para 26,9%. 

Apesar do crescimento de 11% na base total de alunos no período, acima dos concorrentes, o resultado da companhia foi bastante impactado pelo mix de curso e aumento de descontos, assim como elevação de provisões e despesas de marketing, comentaram os analistas do Credit Suisse. Ontem, o banco cortou o preço-alvo das ações de R$ 16,00 para R$ 14,00, mantendo recomendação “underperform” (desempenho abaixo da média). 

Para o BTG Pactual, o resultado veio “muito fraco”, com receita líquida 5,5% abaixo do esperado e Ebitda, 9,5%, por conta de descontos maiores e menor diluição de despesas (marketing e pessoal). No geral, a leitura do banco foi de um resultado ruim e perspectiva desafiadora em termos macroeconômicos e de competição, que devem manter o papel pressionado. O BTG segue preferindo as ações da Kroton no setor. 

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Em teleconferência nesta manhã, o diretor de serviços da rede de ensino privado, Virgílio Gibbon, disse que a Estácio ainda vê a inadimplência alta no primeiro semestre, mas antevê uma “boa trajetória” do indicador na virada para a segunda metade do ano, quando os alunos já terão uma expectativa adequada à realidade atual e à redução do Fies.

Ser Educacional (SEER3, R$ 12,80, +9,87%)
Por outro lado, as ações da Ser Educacional dispararam após divulgação de balanço. O BTG Pactual comentou que o balanço veio em linha, mas com bons sinais de melhora (margem 0,5 ponto percentual melhor, em 36,8%). Segundo os analistas, a companhia queimou caixa em R$ 37 milhões, reflexo de pagamentos do Fies menores no trimestre, mas apresentou um bom controle de recebíveis ex-Fies (40 dias, contra 107 no ano passado, prejudicado pela integração de Unama/UnG; no 4° trimestre, foi de 35 dias). 
No geral, a leitura do balanço traz uma mensagem mais positiva para 2016, contra a expectativa do mercado, reforçaram. 

No trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 85,913 milhões, leve crescimento de 3,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado foi de R$ 113,087 milhões, um avanço de 8,1% ante o intervalo de janeiro a março do ano passado. A Margem Ebitda ajustada passou de 38,8% para 39,7%. No primeiro trimestre de 2016, a receita líquida totalizou R$ 285,125 milhões, uma alta de 5,8% contra 2015. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 11,023 milhões, um crescimento de 32,4% contra o mesmo período do ano passado.  

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 34,00, +19,30%)
As ações da Magazine Luiza
 dispararam após balanço surpreender o mercado e vir melhor do que o esperado. A varejista viu seu lucro líquido subir 84,2%, para R$ 5,3 milhões no período, enquanto o Ebitda ficou em R$ 144,1 milhões, uma alta de 13,1% sobre o mesmo período do ano passado. A estimativa compilada pela Bloomberg estimava um prejuízo de R$ 25,9 milhões no período.

O BTG Pactual comentou que, mesmo com o segmento “mesmas lojas” (abertas há mais de um ano) de B&M caindo 6,1% na comparação anual, a companhia entregou receita líquida subindo 2,6% no período por conta de efeito positivo do forte crescimento de e-commerce – o maior ritmo de crescimento dos últimos cinco trimestres , de 27,8% – e pela abertura de 27 novas lojas em 12 meses. Do lado negativo, a Luizacred mostrou mais uma vez resultado fraco, com impacto de queda de crédito direto ao consumidor. 

Excluindo as despesas de reestruturação não recorrentes no valor de R$ 19 milhões, o Ebitda ajustado alcançou R$ 163 milhões, com margem Ebitda de 7,2%. Neste mesmo cenário, o lucro líquido ajustado totalizou R$ 18 milhões, com margem de 0,8%. As despesas não recorrentes referem se à reestruturação e adequação de pessoal administrativo.

Segundo o Itaú BBA, os resultados foram positivos com melhora significativa no desempenho operacional; principais surpresas foram receita e aumento da margem bruta; a companhia “permanece focada em proteger o caixa por meio de melhorias no ciclo de capital de giro e despesas controladas”. Já o Bradesco BBI destaca o “aumento surpreendentemente forte na margem bruta do primeiro trimestre de 2016”.  

Even (EVEN3, R$ 3,72, +2,76%)
As ações da Even subiram apesar de ver lucro líquido cair 20,3% no 1° trimestre ante o mesmo período do ano passado, para R$ 24,7 milhões. A receita líquida da companhia cresceu 9,8% no intervalo, para R$ 513,3 milhões. 

No trimestre, a empresa comprou sete terrenos, quatro deles para desenvolver loteamentos. O VGV (Valor Geral de Vendas) potencial das sete áreas soma R$ 169 milhões, considerando-se somente a parte da Even. 

Além do balanço, o conselho de administração da Even aprovou, em reunião realizada ontem, o pagamento de R$ 2,34 milhões em dividendos intercalares, montante equivalente a R$ 0,0107 para cada ação ordinária da empresa. A remuneração será paga em 3 de junho, com base na posição acionária de 23 de maio. A partir de 24 de maio, os papéis serão negociados ex-proventos. 

Cetip (CTIP3, R$ 41,58, +1%) 
A Cetip viu sua receita líquida subir 16,6% no primeiro trimestre de 2016, atingindo R$ 311,1 milhões no período. Enquanto isso, o Ebitda ajustado da companhia ficou em R$ 222,6 milhões, também uma alta de 16,6%, com uma margem de 71,5%.

Já o lucro líquido da empresa fechou os três primeiros meses deste ano em 152,4 milhões, em linha com o mesmo período de 2015 e 4,4% menor que o trimestre anterior.

Multiplus (MPLU3, R$ 37,90, -1,30%) 
A Multiplus teve lucro líquido de R$ 127 milhões no primeiro trimestre, alta de 27% na comparação anual, informou a empresa de programas de fidelidade. O número de pontos emitidos foi de 20,5 bilhões, queda anual de 6,8%, enquanto os pontos resgatados caíram 8,4%, totalizando 17,4 bilhões.

Segundo a empresa, o acúmulo de pontos no varejo cresceu 6 pontos percentuais no trimestre, na comparação anual, a 1,5 milhão, enquanto resgate de pontos por produtos e serviços no segmento foi seis vezes maior do que o mesmo período em 2015.

No fim de 2015, a Multiplus anunciou parcerias com a operadora de telecomunicações Vivo e a varejista GPA, dona do Pão de Açúcar. O número de participantes da Muliplus cresceu 13% frente o primeiro trimestre de 2015, para 14,7 milhões.

A receita líquida aumentou 5,9% ano a ano e encerrou março em R$ 565,9 milhões. Na véspera, a concorrente Smiles informou alta de 70% no lucro líquido do primeiro trimestre sobre um ano antes, para R$ 118,4 milhões, impulsionada por salto na receita e no resultado financeiro.

 O Itaú BBA espera reação positiva, com os números divulgados implicando “potencial de alta para nossas previsões de lucro por ação”. O Bradesco BBI destacou resultados saudáveis em termos gerais: “dado que já tínhamos contabilizado melhores margens em nossos modelos, a questão principal permanece em como as vendas vão se comportar em um mercado de encolhimento de pontos”. 

Copasa (CSMG3, R$ 23,00, +5,99%)
A Copasa, estatal mineira de saneamento, reportou um lucro líquido de R$ 89,8 milhões no primeiro trimestre deste ano. O valor representa crescimento de 5,5 vezes em relação ao visto nos três primeiros meses de 2015. 

Enquanto isso, a receita líquida da empresa totalizou R$ 1,014 bilhão, uma alta de 12%. Na mesma base de comparação, o Ebitda somou R$ 321,55 milhões, com um crescimento de 37,7%. 

Lojas Americanas (LAME4, R$ 14,16, -4,84%)
A Lojas Americanas teve prejuízo de R$ 23,9 milhões no primeiro trimestre, ante lucro de R$ 22,2 milhões no mesmo período do ano passado, informou a varejista nesta quinta-feira. A despesa financeira da companhia aumentou 40,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2015, para a R$ 478,1 milhões, principalmente pelo aumento da taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Já a receita líquida caiu 4%, a R$ 3,9 bilhões, apesar da Páscoa –importante evento de vendas– ter ocorrido neste ano no primeiro trimestre. 

Para o Credit Suisse, o resultado da empresa não foi um evento relevante, já que veio bem em linha com o esperado na parte operacional, com expansão da margem bruta e crescimento de Ebitda de dois dígitos. A última linha do balanço (prejuízo), por outro lado, se mostrou bem fraca, com a empresa reportando prejuízo após lucro líquido de R$ 22 milhões no 1° trimestre do ano passado. Segundo o BTG, os números da companhia são os melhores no universo de cobertura do banco e reiteram a visão de um vencedor de longo-prazo, com uma boa execução apesar da competição.

“A expectativa por um cenário econômico desafiador em 2016 está se confirmando nesse início de ano”, disse a varejista em comunicado. O Ebitda ajustado foi de R$ 509,3 milhões, alta de 11,2%. A Lojas Americanas manteve as projeções do plano de expansão, com a abertura de dois novos centros de distribuição e 800 novas lojas no Brasil no período de 2015 a 2019. Até o momento, foram inauguradas oito unidades e há mais de 95 contratadas ou em estágio avançado de negociação, disse a empresa. 

CVC (CVCB3, R$ 18,32, +2,29%)
A CVC, maior operadora de viagens do país, registrou no primeiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 55,6 milhões, crescimento de 6,3% sobre o ganho apurado em igual período de 2015. A receita cresceu 1,7%, para R$ 1,29 bilhão entre janeiro e março deste ano, mas as reservas embarcadas recuaram 1,5%, para R$ 1,485 bilhão. 

Se consideradas as operações das duas empresas compradas pela CVC em agosto do ano passado — a consolidadora RexturAdvance e a agência on-line Submarino — o lucro pro-forma teria crescido 13,2%, para R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre deste ano, na comparação anual.

Iochpe-Maxion (MYPK3, R$ 13,30, +0,38%)
A Iochpe Maxion viu seu lucro líquido subir 204,5% em um ano, atingindo R$ 7 milhões no primeiro trimestre, enquanto a receita operacional líquida teve avanço de 14,6%, para R$ 1,78 bilhão no mesmo período. Já o Ebitda da companhia fechou os três primeiros meses de 2016 em R$ 236,3 milhões, alta de 69%.

Após balanço, o Credit Suisse cortou o preço-alvo das ações de R$ 19,00 para R$ 17,00, mas manteve a recomendação em outperform (desempenho acima da média). O banco reforçou a ação como sua “top pick” no setor de bens de capital, seguida por Randon e Marcopolo. O novo preço-alvo já inclui os resultados do 1° trimestre, uma potencial reestruturação da dívida, a inclusão do plano de pensão (R$ 462 milhões) e um maior montante aos acionistas minoritários (R$ 580 milhões contra R$ 125 milhões, anteriormente). 

Segundo o banco, apesar de ainda não ter nenhum acordo, os analistas acreditam que uma eventual reestruturação da dívida poderia ser na ordem de US$ 250 milhões para pagar a 5ª emissão do bond e uma dívida externa de capital de giro. “Os termos devem ser positivos, mas não um ponto de mudança para a empresa, uma vez que o impacto no lucro líquido deve ser limitado (cerca de US$ 50 milhões por ano)”, comentaram. 

No trimestre, a companhia informou que seu endividamento bancário líquido ficou em R$ 2,79 bilhões ao final do primeiro trimestre, acima dos R$ 2,55 bilhões de um ano antes. Segundo a companhia, os resultados foram impactados favoravelmente pelo ganho não recorrente gerado pela venda de um imóvel no Brasil.

Tractebel (TBLE3, R$ 37,45, -1%) 
A geradora Tractebel Energia apresentou um lucro líquido de R$ 347,1 milhões no primeiro trimestre, com alta de 0,7% ante mesmo período de 2015, mesmo com uma menor geração de energia. A elétrica, controlada pela francesa Engie, teve Ebitda de R$ 792,7 milhões no período, com expansão de 0,4% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.

A elétrica atribuiu o melhor resultado à redução de R$ 6,6 milhões nas despesas financeiras líquidas, a aumentos na depreciação e amortização e a menores custos com imposto de renda e contribuição social. Com isso, a companhia, que é a maior geradora privada de energia do país, com 7 gigawatts em capacidade instalada, conseguiu elevar lucros mesmo com uma redução de 8,1% na produção, que somou 5,5 gigawatts médios.

A receita líquida de vendas somou R$ 1,62 bilhão, com retração de 0,9% na comparação anual. O preço líquido médio da energia vendida pela Tractebel foi de R$ 177,29 por megawatt-hora, com alta de 5,9 por cento ante o primeiro trimestre de 2015, com reajustes pela inflação em contratos antigos compensando uma queda nos preços dos novos contratos, segundo a empresa.

Mills (MILS3, R$ 4,34, +3,09%)
A Mills viu seu prejuízo líquido ajustado crescer de R$ 14,5 milhões para R$ 17,8 milhões no 1° trimestre de 2016, quando comparado ao mesmo período de 2015. A receita líquida da empresa contraiu 20,6%, para R$ 130,1 milhões.

No 1° trimestre, a Mills reportou Ebitda de R$ 29 milhões, representando queda de 38,8% na mesma base de comparação. A margem Ebitda caiu 6,6 pontos percentuais, indo de 28,9% para 22,3% entre os meses de janeiro a março.

Embraer (EMBR3, R$ 19,15, -3,87%)
A administração dos Estados Unidos busca aprovar a venda de até 12 aeronaves de ataque leve A-29 Super Tucano, da brasileira Embraer, para a Nigéria como auxílio no combate ao grupo extremista Boko Haram, disseram autoridades norte-americanas.

Uma linha de produção para o Super Tucano fica na Flórida, onde ele é fabricado com a empresa norte-americana Sierra Nevada Corp. As aeronaves que seriam vendidas à Nigéria vêm com “uma configuração armada bastante básica”, disse uma das autoridades dos EUA.