Ibovespa Futuro opera entre perdas e ganhos antes de Copom e decisão do Fed

Mercado fica sem direção definida antes de duas reuniões de política monetária que podem definir o rumo dos negócios daqui para frente

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre entre perdas e ganhos nesta quarta-feira (18) antes das decisões de juros do Federal Reserve às 15h (horário de Brasília) e do Comitê de Política Monetária (Copom) depois do fechamento do mercado.

Às 9h08, o contrato futuro do índice para outubro tinha leves perdas de 0,18% a 105.040 pontos, enquanto o dólar futuro com o mesmo vencimento registrava leve variação negativa de 0,01% a R$ 4,079.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 recua um ponto-base a 5,20%, ao passo que o DI para janeiro de 2023 fica estável a 6,25%.

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Sobre as reuniões de política monetária hoje, o consenso dos economistas aponta para redução de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros dos EUA, para o patamar de 1,75% a 2% ao ano. Depois da divulgação da nova taxa, às 15h30 haverá discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que dará indicações sobre os próximos passos.

Por aqui, é praticamente unânime a expectativa de que o Copom corte a Selic em 0,5 ponto percentual, para 5,5% ao ano.

No exterior, o mercado segue reagindo à fala do presidente americano, Donald Trump, de que os EUA “podem ou não” chegar a um acordo comercial com a China antes das eleições presidenciais de 2020.

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Também fica no radar o cenário geopolítico do Oriente Médio para petróleo. Ontem, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Abdulaziz bin Salman, garantiu que o país retomará os níveis de produção anteriores aos ataques de domingo até o fim de setembro. A declaração levou o petróleo a cair mais de 6% na véspera.

Fed

Os mercados operam nesta manhã em compasso de espera pelo banco central dos EUA. Não só a decisão em si, como o próprio discurso de Powell, serão monitorados, em busca de pistas sobre até que ponto a autoridade monetária poderá seguir com as taxas.

De um lado, alguns integrantes do Fed avaliam que o consumo está forte, o desemprego é baixo e a geração de empregos ainda parece boa. Do outro, existem membros vendo com grande preocupação a economia global, com poucas chances de resolução das questões comerciais e outros riscos que podem afetar diretamente os americanos.

E cada visão leva a um cenário de juros diferentes. Enquanto o presidente Donald Trump não cansa de pedir pela zeragem das taxas, o chairman do Fed, Jerome Powell, passa algumas mensagens contraditórias a cada vez que faz algum discurso.

Enquanto isso, o Fed realiza hoje uma segunda operação de recompra títulos para injetar até US$ 75 bilhões nos mercados financeiros, após operações semelhantes, no montante de US$ 53 bilhões ontem, com vários instrumentos de dívida.

Segundo a CNBC, o Fed buscou controlar o nível de referência da taxa de juros, com essa operação, a primeira deste tipo realizada em uma década, desde a crise financeira.

Noticiário Corporativo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou ontem que quem resolve questões relacionadas ao preço do petróleo é a Petrobras (PETR3; PETR4). “Petróleo quem resolve é a Petrobras. Preço de petróleo é com a Petrobras”, disse Guedes, após reunião Bolsonaro. De acordo com a Petrobras, por enquanto, não há previsão de reajuste de preços nos produtos negociados pela estatal, como os combustíveis e derivados de petróleo.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) inscreveu 17 empresas para participar da 16ª Rodada de Licitações, que vai acontecer no dia 10 de outubro. Entre as inscritas, 15 são estrangeiras.

As exceções são a Petrobras e a Enauta. Serão oferecidos 36 blocos de pós-sal, nas bacias marítimas de Pernambuco-Paraíba, Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos, que somam 29,3 mil km2 de área.

A polícia do Brasil deve anunciar as primeiras acusações contra funcionários da gigante mineradora Vale (VALE3) e a companhia de inspeção alemã TÜV SÜD já nesta semana por causa do colapso da barragem ocorrido em janeiro em Brumadinho, de acordo com uma pessoa ligada à investigação.

A polícia deve acusar formalmente entre oito e 12 pessoas das duas companhias pelo crime de falsa representação na primeira de uma série de acusações, alegando que os certificados produzidos pela companhia alemã para atestar a estabilidade da barragem foram emitidos de maneira fraudulenta.

(Com Agência Estado, Agência Brasil, Agência Senado e Bloomberg)

Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.