MRV fará assembleia para decidir aquisição nos EUA; Petrobras, dados de tráfego da Gol e Azul e mais notícias

Confira os destaques corporativos desta quinta-feira

Equipe InfoMoney

(Divulgação/MRV)

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No Radar InfoMoney desta quinta-feira destaque à Petrobras, com informações sobre reajuste de preços; à MRV com a confirmação da intenção de compra por até US$ 225 milhões da companhia norte-americana AHS; e à Gol, com dados de tráfego de agosto.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras deverá elevar a partir de hoje o preço médio da gasolina nas refinarias em R$ 0,0223 por litro e em R$ 0,0525 o diesel, diz a Reuters, citando um relatório da consultoria INTL FCStone, após a petroleira ter publicado os novos valores às distribuidoras. Após os ajustes, a consultoria calcula que a petroleira mantenha uma margem média do diesel com a qual vem trabalhando desde o começo do ano, além de aumentar a margem da gasolina.

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“Como hoje a alta foi muito forte no mercado internacional, a janela para importação de diesel contra mercado spot ainda está fechada e a gasolina próxima da neutralidade”, afirmou a consultoria à agência de notícias. Procurada, a Petrobras não comentou imediatamente sobre o reajuste, acrescenta a Reuters. A companhia costuma divulgar os preços no site, mas antes informa às distribuidoras.

MRV (MRVE3

A MRV Engenharia pretende investir na empresa da área imobiliária americana AHS Residential. A companhia é controlada pela família Menin e tem como presidente do conselho Rubens Menin, presidente do conselho de administração e controlador da MRV.

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Em fato relevante, a MRV informou que convocou Assembleia Geral Extraordinária para deliberar sobre a compra AHS Residential, “observado o valor mínimo de US$ 220 milhões e máximo de US$ 255 milhões”.

Segundo a empresa, haverá a subscrição de 20% do capital social total da AHS Residential, representativo de 50,01% do capital votante, após a aprovação na AGE, convocada para 4 de outubro. A referida participação pode ser aumentada, futuramente, para até 51%, acrescentou.

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Aprovada na AGE, a primeira etapa da aquisição se dará com o desembolso de US$ 46,483 milhões. A segunda etapa até abril de 2022, com a subscrição adicional de até 31% do capital social total da AHS Residential, “por um preço por unit oportunamente apurado”.

A empresa prevê que as respectivas integralizações deverão ocorrer até abril de 2021 e abril de 2022.

O Bradesco BBI destaca que ainda precisa entender melhor os números da AHS para uma melhor a avaliação. Entretanto, a MRV divulgou três detalhes importantes, utilizados para a análise, como o portfólio para este ano, que incluem 1.680 unidades com licenças ou autorizações, 871 unidades em construção, 1.071 unidades já em operação e 269 unidades que foram vendidas. A instituição assumiu ainda à AHS uma margem bruta de 35%, uma margem líquida operacional de 45% e uma margem líquida de vendas de 15%, levando a um lucro líquido de 2019 e de 2020, respectivamente, a US$ 23 milhões e US $ 36 milhões.

Dessa forma, com um preço total de US$ 236 milhões para uma participação de 51% na AHS, o Bradesco BBI estima que a MRV pagará um P/E de ~ 20x em 2019 e ~ 13x em 2020, bem acima do seu P/E atual de 9,5x em 2019 e 9,2x em 2020. O Bradesco BBI conclui que, por enquanto, mantém o rating Neutro para MRV, com um preço-alvo de R$ 18,00 / ação.

Além disso, acrescenta o Bradesco BBI, a aquisição pode representar uma distração potencial para a MRV, que está enfrentando uma batalha difícil para alcançar o plano de crescimento de 60 mil unidades por ano. Enquanto isso, “suas métricas operacionais estão ficando para trás de pares como Direcional e Tenda (que se concentram em unidades mais acessíveis)”.

Gol (GOLL4)

A companhia aérea Gol divulgou a prévia operacional do tráfego de agosto, com um aumento de 4,2% na oferta de voos domésticos e de 11,2% na demanda. Segundo a empresa, a taxa de ocupação doméstica foi 83,2%, representando uma elevação de 5,2 pontos porcentuais frente a agosto de agosto de 2018. O volume de decolagens aumentou 7,0% e o total de assentos aumentou 7,6%, em relação ao mesmo mês do ano passado.

A oferta e demanda da Gol no mercado internacional aumentaram 53,4% e 72,5%, respectivamente, e a taxa de ocupação foi 77,0%, aumento de 8,6 pontos porcentuais em relação a agosto de 2018.

A oferta total – Brasil e exterior – foi superior em 9,5% devido ao aumento de 9,3% no total de assentos e aumento de decolagens em 9,0%. A demanda total aumentou em 17,1% em relação a agosto de 2018 e a taxa de ocupação consolidada foi 82,3%.

Azul (AZUL4)

A companhia aérea Azul informou os seus resultados operacionais de agosto com o tráfego de passageiros consolidado (RPKs) registrando alta de 26,4% em relação a agosto de 2018. O aumento da capacidade, por sua vez, aumentou 25,6%, resultando em uma taxa de ocupação de 83,0% (+ 0,6 p.p. na comparação anual). A taxa de ocupação doméstica foi de 82,6% e a internacional totalizou 84,2%.

“Mais uma vez aumentamos em dois dígitos a nossa capacidade e crescemos nossa taxa de ocupação, o que demonstra um sólido ambiente de demanda. Recentemente recebemos o nosso 31º A320neo e esperamos receber o primeiro Embraer E-2 nas próximas semanas, que são os dois principais propulsores do nosso plano de expansão de margem para os próximos anos”, diz John Rodgerson, CEO da Azul, em nota que acompanha a prévia operacional.

JBS (JBSS3)

A Coluna do Broadcast traz que o BNDES deverá se desfazer de sua participação acionária na JBS se aproveitando da listagem na bolsa de Nova York que o frigorífico pretende realizar. O banco de fomento conta com uma participação de 21% na JBS, o que representa um valor de R$ 17 bilhões.

Segundo a coluna, na conversa com bancos de investimentos, foi sinalizada a intenção de venda da participação de uma única vez, já que a realização de “tranches” poderia criar pressão negativa sobre as ações. Procurados, BNDES e JBS não comentaram.

Além disso, o Morgan Stanley assumiu a cobertura dos setores de alimentos e bebidas da América Latina, indicando os papéis da JBS como os seus favoritos no Brasil. Segundo os analistas da instituição, a preferência acontece pelo foco da companhia no mercado internacional de proteínas. “Há mais por vir com a febre suína africana: achamos que há mais uma vantagem para a JBS”, destacam.

Além da JBS, o Morgan Stanley também indica recomendação overweight a small cap Minerva (de classificação anterior de equalweight). Enquanto isso, a instituição mantém a recomendação equalweight de Ambev (EW), pois o cenário competitivo brasileiro permanece mais difícil e seu múltiplo permanece alto.

Ainda segundo o Morgan Stanley, o potencial de alta das ações da JBS é de 20% e de Minerva, 23%. Para Ambev (ABEV3), a expetativa é de queda de 5%, frente aos preços atuais.

BRF (BRFS3)

A BRF anuncia a venda da fatia de 49% Sats BRF por cerca de R$ 51 milhões. O contrato foi assinado com SATS Food
Services, que comprará 49% das ações detidas pela BRF na sociedade SATS BRF Food, que desenvolve atividades de
processamento e distribuição de alimentos em Singapura e região, disse a companhia em comunicado.

Também foi assinado novo contrato de distribuição e licenciamento de marcas pertencentes à BRF. A transação integra o plano da BRF com objetivo de acelerar desalavancagem financeira e focar nos mercados-chave da empresa, Brasil, mercados Halal e asiático.

Bradesco (BBDC3;BBDC4) e incorporadoras

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, acredita que o crédito deve manter o crescimento de dois dígitos “baixos” para as pessoas físicas, em linhas de crédito pessoal, financiamento imobiliário e para veículos. Mas na pessoa jurídica, sua expectativa é de um crescimento “pífio”.

“Não adianta, enquanto não houver demanda, crescimento da economia e mudança no sentimento em relação ao crescimento do País, as empresas não vão tomar crédito”, afirmou, acrescentando que todos estão decepcionados com o ritmo de expansão da atividade econômica este ano.

Segundo ele, porém, o último trimestre deste ano pode ser utilizado para entrar em 2020 com crescimento. “Todos nós estamos decepcionados com o crescimento da economia, esperávamos que o País pudesse crescer 2% a 3% este ano e vamos crescer no máximo 1%”, pontuou.

Para ele, o fato de a expansão ter ficado aquém do que se estimava em 2019, não chega a comprometer a atividade do próximo ano. “De toda a forma, o cenário está mais para que 2021 seja melhor do que 2020, mas podemos aproveitar o último trimestre do ano para entrar em 2020 com crescimento, que não precisa ser alto, se crescermos entre 2% a 3% no ano que vem está ótimo.”

Lazari defendeu ainda ser cedo para apostas em produtos de financiamento imobiliário com base no IPCA. “Precisamos ter um horizonte de longo prazo de controle de inflação muito mais latente”, comentou, acrescentando que qualquer descolamento da inflação, se houver um comprometimento de renda muito alto, por exemplo, em torno de 30%, o cliente passa a ser um grande candidato a virar inadimplente.

Movida (MOVI3)

A XP Investimentos retomou a cobertura de Movida elevando a recomendação à compra, com a atualização do preço-alvo para R$ 19,00 por ação. “Estamos hoje mais construtivos com as ações, e vemos uma relação risco-retorno favorável com as ações sendo negociadas a ~15x P/L 2020”, diz a analista Bruna Pezzin.

Segundo ela, embora a execução no segmento de seminovos continue sendo o principal risco à tese de investimento, há um caminho mais claro, hoje, em direção ao turnaround do segmento após o legado positivo deixado nos últimos trimestres.

“Apesar da forte alta desde o início do ano, ainda enxergamos potencial de valorização interessante”, acrescentou.

Qualicorp (QUAL3)

O Bradesco BBI elevou o seu preço-alvo para as ações da Qualicorp de R$ 25 para R$ 36, com recomendação de Outperform.

Light (LIGT3)

A Light informou ontem à noite que a agência de classificação de risco de crédito Moody’s elevou o rating na escala nacional para A2.br de A3.br e afirmou na escala internacional o rating de Ba3, mantendo ambos com a perspectiva estável.

Localiza (RENT3)

A Localiza irá realizar o pagamento de juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 74,607 milhões, no dia 08 de novembro. O valor bruto por ação dos juros sobre capital próprio a ser pago é equivalente a R$ 0,103680691.

Farão jus ao pagamento os acionistas constantes da posição acionária da companhia em 09 de setembro, com as ações passando a ser “ex” a partir de 10 de setembro.

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Cemig (CMIG4)

A Cemig Geração e Transmissão informou à CVM, em resposta à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, de ontem, que está “permanentemente avaliando alternativas, nos mercados nacional e internacional, para melhorar sua estrutura de capital, alongar seu perfil de endividamento e reduzir o custo da sua dívida”.

No entanto, reforçou que, até o presente momento, “não há qualquer deliberação no âmbito da governança corporativa da Companhia de captar recursos no mercado de crédito ou de capitais com o propósito de efetuar a recompra, parcial ou total, de Eurobonds emitidos em 2017, com vencimento em 2024”.

(Com Agência Estado e Bloomberg)