Suporte dos 98 mil pontos foi atingido, mas cenário indica que Bolsa pode ir a 96 mil, diz analista

Gustavo Almeida, da Rico Investimentos, aponta que a piora considerável no exterior torna menos confiável o suporte de 98 mil pontos no Ibovespa, que pode cair mais

Ricardo Bomfim

Painel de ações (Crédito: Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa chegou ao patamar de 98 mil pontos no intraday, ponto que era considerado como boa oportunidade de entrada pelo analista da Rico Investimentos, Gustavo Almeida. No entanto, à luz da mudança nos fundamentos, Almeida muda sua análise gráfica e não se sente mais tão confortável para recomendar uma compra em Bolsa. 

O grande responsável por essa reavaliação é a piora do clima no exterior, com tensões comerciais entre Estados Unidos e China se somando à provável volta do populismo na Argentina.

“Antes de mais nada, precisamos perceber as evidências que surgiram e que não estavam tão claras anteriormente”, avalia. “Tinha-se uma ideia de desaceleração da China, mas o mercado desta vez foi pego de surpresa e isso impacta commodities diretamente.”

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Ontem, foi divulgada a produção industrial da China, que teve uma expansão de 4,8% em julho, na comparação com o mesmo período do ano passado, contra expectativas de 5,9%. O número renovou as preocupações de que a economia chinesa esteja em um processo de desaceleração. 

Além disso, a guerra comercial não parece que vai acabar tão cedo. Apesar do recuo do presidente norte-americano Donald Trump, que adiou para dezembro o aumento em 10% nas tarifas sobre diversos produtos chineses, a retórica no Twitter continua acima do tom. Hoje, Trump disse que um acordo comercial com a China será nos termos dos EUA. 

Com isso, Almeida volta à análise técnica e explica que o suporte dos 98 mil pontos talvez dê lugar ao próximo alvo gráfico do Ibovespa, nos 96 mil pontos. 

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“Precisamos de um pouco de paciência nestes níveis de pressão, para que nossa tomada de risco não seja muito prematura e a volatilidade faça com que percamos tempo, dinheiro e uma possibilidade futura de ver o Ibovespa ir em busca de novas máximas históricas”, aponta. 

Confira no gráfico abaixo: 

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.