Ação da Vale avança com retomada de Brucutu; Natura sobe mais de 1% com vitória na Justiça

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira 919)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Ibovespa opera praticamente estável na sessão desta quarta-feira (19) após a forte alta da véspera. Nesta data, os investidores aguardam pelas decisões de política monetária do Fomc e do Copom, enquanto repercutem o noticiário corporativo movimentado. 

Em destaque, estão as ações da Vale, com alta após a Justiça reautorizar a operação em Brucutu, enquanto os papéis da Natura também sobem com decisão da Justiça. Já a Gol cai após não chegar a acordo de reestruturação societária com a Smiles. Confira mais destaques:

Vale (VALE3) e siderúrgicas 

A Vale informou sobre decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça que possibilitará o retorno integral das operações a úmido em Brucutu em até 72 horas, havendo incremento da qualidade média do portfólio de produtos da Vale, segundo comunicado da mineradora.

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A Vale reafirmou guidance de vendas de minério de ferro e pelotas
de 307 milhões de toneladas a 332 milhões de toneladas em 2019. A expectativa atual é que as vendas se aproximem do centro da
faixa. A XP Research destaca que os riscos para a companhia estão cada vez mais sendo mitigados e mantém recomendação de compra para os papéis. 

Porém, vale ressaltar que o minério, que registrava alta de cerca de 2% durante a manhã também repercutindo a expectativa pelo encontro entre Donald Trump e XI Jinping, zerou a alta com a volta da operação de Brucutu, que aumentará a oferta de minério. 

Gol (GOLL4) e Smiles (SMLS3)

A Gol  comunicou nesta quarta-feira ter encerrado negociação sobre a proposta de reestruturação societária da Smiles  sem ter chegado a um acordo quanto aos termos para a implantação da proposta. 

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A reorganização societária tinha sido proposta pela Gol em outubro de 2018 e, no comunicado desta quarta, a empresa aérea afirmou reconhecer os trabalhos feitos e agradeceu os esforços dos integrantes do comitê independente da Smiles. 

Segundo aponta o informe, o encerramento das tratativas não altera a decisão da Gol de não renovação do contrato operacional e do contrato de prestação de serviços celebrados com a Smiles, além da atual data de validade. 

 “A Gol esclarece, ainda, que as suas expectativas operacionais e financeiras não são afetadas e, portanto, permanecem inalteradas pelo encerramento das negociações, dado que nenhum dos benefícios operacionais e financeiros esperados da reorganização societária foi implementado no seu plano de negócios”, destacou, ressaltando ainda que continuará buscando alternativas para melhorar a eficiência e a competitividade de seu grupo econômico.

Odebrecht e Braskem (BRKM5)

Os bancos públicos e o fundo de investimento do FGTS (FI-FGTS) são os maiores credores do grupo Odebrecht SA sem garantias reais, como ações e imóveis, destaca o jornal O Estado de S. Paulo. Essas instituições detêm quase R$ 17 bilhões de dívidas incluídas nessa categoria dentro da recuperação judicial da empresa, que foi aceita ontem, 18, pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, de São Paulo. O processo da Odebrecht, que tem dívidas de R$ 98,5 bilhões, é considerado o maior da história.

Segundo o Estadão, sem garantias, os bancos públicos vão para o fim da fila dos credores a receber, na frente apenas dos acionistas. Além disso, deverão ter um desconto grande sobre o valor principal, dependendo das negociações na assembleia. Nessa categoria de empréstimos, o maior credor é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição tem cerca de R$ 7 bilhões em créditos da Odebrecht. Em seguida, aparece o Banco do Brasil com R$ 4,75 bilhões; e a Caixa, com R$ 4,13 bilhões. O crédito do FI-FGTS é de R$ 902 milhões, segundo a lista de credores constante no processo judicial.

Na outra ponta, estão os bancos privados – Bradesco, Santander e Itaú. Juntos eles têm uma dívida a receber de R$ 1,3 bilhão, sem garantias. Em contrapartida, detém um crédito de R$ 8,4 bilhões, com garantias, especialmente de ações da Braskem. No caso de Bradesco e Itaú, que têm o maior montante segurado com os papéis da petroquímica, o valor foi elevado no ano passado quando os dois bancos aceitaram fazer um novo aporte de R$ 2,6 bilhões no grupo.

De um total de R$ 14,5 bilhões de dívidas com garantias, como ações da Braskem, e que não entraram na recuperação judicial, os bancos públicos detém uma fatia de apenas R$ 6 bilhões.

A Braskem informou ontem, em virtude do pedido de recuperação judicial da Odebrecht, que foi informada pela ODB que não houve qualquer alteração no controle acionário da Braskem, permanecendo a totalidade das ações ordinárias e preferenciais de emissão da Companhia detidas pela OSP Investimentos S.A. em alienação fiduciária a credores da ODB.

“A Companhia informa que não tem valores relevantes a receber da ODB e que a Recuperação Judicial não acarreta vencimento antecipado de suas dívidas. A Braskem segue focada na condução de seus negócios e na geração de valor para todos os seus acionistas e demais stakeholders”, finalizou o comunicado.

Suzano (SUZB3)

A Suzano informou ontem que concluiu a liquidação antecipada de contratos de pre-pagamento de exportação no montante total de principal de US$ 780,0 milhões, com prazo final de vencimento em 2022.

Além disso, a empresa acrescentou que houve a liquidação antecipada também do contrato de financiamento perante à ECA Finnvera no montante total de principal de US$ 371,3 milhões, com prazo final de vencimento em 2025, eliminando com tal liquidação a existência de todo e qualquer covenant financeiro em contratos de dívida da Companhia.

Concomitantemente, a Suzano efetou a contratação de novas operações de pre-pagamento de exportação no valor total de US$ 900,0 milhões, com prazo médio de 65 meses e custo médio de Libor + 1,10% ao ano.

“Dessa forma, a Companhia melhora ainda mais o cronograma de amortização de sua dívida, a custo competitivo, estando portanto as operações acima em linha com a estratégia de liability management, em continuidade às iniciativas divulgadas anteriormente ao mercado”, destacou.

Banco Inter (BIDI4) e Brasil Brokers (BBRK3)

O jornal Valor Econômico destaca que a rede de imobiliárias Brasil Brokers e o banco digital Inter devem anunciar hoje parceria para a venda de imóveis usados. Um dos objetivos é incrementar a modalidade de financiamento com imóveis em garantia.

Totvs (TOTS3)

A empresa de softwares de gestão empresarial Totvs, em apresentação a investidores, informou que tem mais de dez potenciais aquisições mapeadas. Segundo a empresa, essas compras podem variar entre valores de R$ 25 milhões a R$ 800 milhões, por transação em média.

São Martinho (SMTO3)

A São Martinho firmou Protocolo de Intenções com o Estado de Goiás para implantação de uma unidade produtora de etanol a partir do processamento de milho, no município de Quirinópolis. A nova unidade produtora, anexa à Usina Boa Vista, terá capacidade para produção anual de até 200 mil m3 de etanol hidratado e 140 mil toneladas de DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles).

O investimento estimado é de aproximadamente R$ 350 milhões, contemplando instalações industriais, armazenagem e capital de giro necessário para início das operações.

Natura (NATU3)

O jornal Valor Econômico destaca que a Natura obteve no Tribunal Regional Federal (TRF-3) o direito de excluir de sua base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL) até 60% de seus gastos com atividades de pesquisa e tecnologia (P&D), mesmo que sejam desenvolvidas por subsidiárias. A decisão unânime reforça a sentença da 14ª Vara Federal Civil de São Paulo, mas ainda cabe recurso, diz a publicação.

O incentivo fiscal está previsto no artigo 19 da Lei 11.196/2005, conhecida como Lei do Bem. No entanto, a Receita Federal entende que não vale para as “importâncias empregadas ou transferidas a outra pessoa jurídica para a execução de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica sob encomendas contratadas”.

Sanepar (SAPR11)

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) vai distribuir Juros sobre o Capital Próprio de R$ 174,1 milhões. Segundo a elétrica, esse montante correspondendo a R$ 0,324138311807 por ação ordinária e R$ 0,356552142968 por ação preferencial, de acordo com a posição acionária de 28 de junho de 2019

A partir de 01 de julho de 2019, as ações serão negociadas ex-juros sobre o capital próprio dos resultados do primeiro semestre de 2019.

Randon (RAPT4)

A Randon publicou hoje o balanço das atividades até maio, com um crescimento consolidado da receita liquida de 27,2%, para R$ 2,009 bilhões, na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado. Apenas em maio, a receita líquida avançou 55,8%, para R$ 449,8 milhões.

Copel (CPLE6)

A Companhia Paranaense de Energia (COPEL) informou ontem que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um reajuste tarifário da Copel Distribuição, com efeito médio de 3,41% aos consumidores.

A empresa destacou ainda que que recebeu o termo de liberação para entrada em operação comercial da Subestação 230kV Medianeira, que compõe o lote E do leilão de transmissão 005/2015 e, com isso, iniciou a operação comercial do empreendimento 3 meses antes do prazo previsto pela Aneel.

“Pertencente 100% à Copel GeT, a SE Medianeira proporcionará uma RAP de R$ 13,5 milhões, equivalente a 11,5% do total de R$ 117,8 milhões previstos para quando a totalidade dos empreendimentos que compõe o lote E estiverem 100% em operação”, destacou a empresa.

Localiza (RENT3)

A Localiza Rent a Car vai pagar aos acionistas juros sobre o capital próprio no valor bruto de R$ 75,503 milhões, no dia 16 de agosto. Farão jus ao pagamento os acionistas constantes da posição acionária da Companhia em 24 de junho, com as ações sendo negociadas “ex” esses juros sobre capital próprio a partir do dia seguinte. O valor bruto por ação dos juros sobre capital próprio a ser pago é equivalente a R$ 0,104982046.

Além disso, a empresa aprovou um programa de recompra de ações, na quantidade de até 50.000.000 ações. O prazo será de um ano, a partir de 23 de julho de 2019.

Notredame (GNDI3)

A Notre Dame Intermédica informou hoje que, dentro do âmbito da oferta pública de distribuição secundária de, inicialmente, 60.000.000 ações ordinárias, foi concluído o procedimento de bookbuilding, com o estabelecimento do preço por ação a R$ 39,50. Dessa forma, a oferta poderá movimentar um montante total de R$ 2,37 bilhões.

(Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.