Suzano sobe mais de 1% com alta do dólar; bancos têm nova sessão de queda com CSLL

Confira os destaques da B3 na sessão desta sexta-feira (14) 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Entre o cenário externo negativo com os dados da China e as críticas de Paulo Guedes, ministro da Economia, sobre o parecer da reforma da Previdência apresentado na véspera, o Ibovespa registrou uma sessão de perdas nesta sexta-feira (14), praticamente apagando a alta da semana, enquanto o dólar registrou alta de mais de 1%.

Entre as maiores quedas, estiveram a Vale (VALE3) e papéis de siderúrgicas como a Usiminas (USIM5) e a CSN (CSNA3), enquanto as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) viram seus papéis registrarem movimentos distintos na B3. Já a Suzano (SUZB3) foi uma das maiores altas em meio ao dia de forte avanço do dólar.

Por fim, boa parte dos bancos, com maior variação do Banco do Brasil (BBAS3) e Bradesco (BBDC3;BBDC4) tiveram um novo dia de queda seguindo a repercussão da proposta de aumento da alíquota da CSLL pelo relator da reforma da Previdência de 15% para 20%. Veja mais clicando aqui. 

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Confira os destaques: 

Petrobras (PETR3;PETR4)

A preocupação com tensão geopolítica após o ataque a navios no Oriente Médio foi ofuscada diante de probabilidade de tensão prolongada entre EUA e China e após a AIE prever que a oferta mundial da commodity vai subir mais que a demanda no próximo ano. Com isso, apesar da alta nesta sessão, a semana foi de queda para o petróleo. 

Já no radar da Petrobras, a companhia disse mais cedo que análise de opções para o Comperj, entre elas estudos relacionados ao desenvolvimento de um projeto termelétrico, não muda acordo com CNPC para desenvolver estudos de viabilidade de conclusão da refinaria nem o projeto em andamento para construção de unidade de processamento de gás natural.

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Magazine Luiza (MGLU3) e Centauro (CNTO3)

Mesmo após a Centauro elevar sua proposta de compra pela Netshoes de US$ 3,70 para US$ 4,10 por ação, a varejista decidiu, em reunião nesta manhã, aceitar a proposta feita pelo Magazine Luiza, que era de US$ 3,70 por ação.

Uma fonte próxima à operação disse ao InfoMoney que a injeção de capital de giro de R$ 150 milhões pelo Magazine Luiza entra no caixa da Netshoes até o dia 19 deste mês. A integração completa das operações ocorrerá em período curtíssimo, entre 12 e 15 dias. 

O atual presidente da Netshoes Marcio Kumruian vai continuar na empresa pelo período de 12 meses. Graziela Kumruain, diretora de operações da Netshoes e irmã de Marcio, também continuará na gestão da companhia. 

A entrada do Magazine na venda de roupas e calçados era vista como um passo natural para a empresa. O segmento de moda é tido por especialistas como a arena da próxima grande batalha no e-commerce. O Magazine, que recentemente iniciou até a venda de livros, tem planos declarados de se tornar o maior comércio eletrônico do país.

Braskem (BRKM5) e Odebrecht
O Ministério Público e a Defensoria Pública de Alagoas vão recorrer da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que liberou a Braskem a distribuir R$ 2,67 bilhões em dividendos aos seus acionistas, destaca o jornal Valor Econômico. O aval do STJ foi criticado pelos órgãos estaduais, embora não dessem margem ao pagamento imediato do provento.

Enquanto isso, sua controladora, a Odebrecht poderá ter executadas as garantias de suas dívidas pela Caixa Econômica Federal, diz o Estadão. A execução corre em segredo de justiça, como desdobramento da pressão que o banco público vem fazendo contra o grupo desde o pedido de recuperação judicial da Atvos, braço sucroenergético do conglomerado.

O Valor ressalta que o conselho da Odebrecht poderá decidir levar adiante o plano de recuperação judicial da empresa. Segundo a publicação, a recuperação poderá somar R$ 50 bilhões em compromissos, dos mais variados, de um total de R$ 80 bilhões devidos pelo conglomerado.

 

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Telefônica Brasil (VIVT4)

O Itaú BBA reduziu a recomendação para as ações da Telefônica Brasil para neutra e elevou o preço-alvo de R$ 50 para R$ 52 de forma a incorporar os resultados mais recentes e as premissas econômicas do banco. “Dado o upside limitado nos níveis atuais, alteramos nossa recomendação para neutro na empresa”. 

GPA (PCAR4) e Via Varejo (VVAR3)

Ocorreu nesta sexta-feira (14) o leilão de ações da Via Varejo  vendidas pela rede de varejo GPA para o empresário Michael Klein, movimentando cerca de R$ 2,3 bilhões.

Com este valor, o leilão movimentou mais do que o esperado. Em comunicado anterior, era prevista a venda de 469,5 milhões de ações, representativas de 36,27% do capital total, ao valor de R$ 4,75 cada. Porém, segundo dados preliminares, foram cerca de 470 milhões ao preço de R$ 4,90.

Sabesp (SBSP3)
A Sabesp informou ontem que fará a emissão de debêntures de infraestrutura no montante total de até R$ 400 milhões, observada a possibilidade de distribuição parcial. A oferta está condicionada à emissão de, no mínimo, R$ 250 milhões

Os recursos provenientes da captação serão destinados para investimento, pagamento futuro ou reembolso de gastos, despesas ou dívidas despendidos no período igual ou inferior a 24 meses antes do encerramento da oferta, relacionadas à execução do projeto de adequação e modernização de sistemas de abastecimento de água em 71 municípios, que estejam dentro Portaria do Ministério das Cidades nº 635.

Vale (VALE3)
Os preços do minério seguiram em valorização, com alta de 2,22% no futuros da bolsa de Dalian, cotados a 783,50 iuanes, nas últimas 24 horas, o equivalente a US$ 113,17.

Além disso, o jornal Valor Econômico informa que a curto prazo a prioridade da administração da Vale continua sendo o reparo dos danos causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho e chegar a acordos definitivos com a Justiça brasileira.

A mineradora está trabalhando para assinar dois Termos de Ajustamento de Conduta: um relacionado aos impactos socioeconômicos e outro ligado às questões ambientais.

Os temas foram debatidos com analistas de bancos recebidos pela mineradora na última quarta-feira, no Rio.

(Com Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.