Fachin libera venda da TAG pela Petrobras, Aliansce e Sonae anunciam fusão e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta sexta-feira (07)

Equipe InfoMoney

(Shutterstock)

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No radar InfoMoney desta sexta-feira (07) destaque com a revogação da liminar no STF que impedia a venda da TAG pela Petrobras, a fusão entre Aliansce e Sonae Sierra Brasil e o investimento da CSN de R$ 1,5 bilhão em São Paulo. Confira essas e outras notícias corporativas.

Petrobras (PETR3;PETR4) e Engie (EGIE3)

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reverteu decisão cautelar concedida pelo Ministro Ricardo Lewandowski na ADI 5624, na parte em que condicionava as operações de venda de controle acionário de subsidiárias e controladas de empresas estatais à prévia autorização legislativa e à licitação.

Dessa forma, a Petrobras prossegue com os seus desinvestimentos, com o objetivo de redução do seu nível de endividamento e para a geração de valor através da gestão ativa de portfólio, “em linha com seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023 e Plano de Resiliência, prestigiando a competitividade e os princípios constitucionais aplicáveis à companhia”.

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Com relação à venda da participação de 90% da Petrobras na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG), a companhia informa que o Ministro Edson Fachin revogou a liminar concedida na Reclamação 33292, o que permite a conclusão da operação.

No que tange à venda de 100% de sua participação acionária da Araucária Nitrogenados S.A, suspensa por força de decisão liminar proferida pela Justiça Federal do Rio de Janeiro, a companhia esclarece que continuará na defesa de seus interesses, considerando a referida decisão do STF.

A partir de agora, apenas as chamadas “empresa-mãe” podem ser vendidas pelo governo sem passar pelo aval legislativo. A Petrobrás conta 36 subsidiárias, como a Transpetro e a BR Distribuidora, mas, segundo o Ministério da Economia, existem 134 empresas estatais, das quais 88 são subsidiárias.

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A francesa Engie comemorou a decisão de ontem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de liberar a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG) pela Petrobrás. “Prevaleceu o bom senso”, declarou Maurício Bähr, presidente do grupo francês, minutos após descobrir que o negócio havia sido liberado. Com a decisão, diz o executivo, a compra do gasoduto poderá, de fato, ser concluída.

Aliansce (ALSC3) e Sonae Sierra Brasil (SSBR3)

A Aliansce e a Sonae Sierra Brasil anunciaram ontem a conclusão do acordo para fusão de suas atividades, dando origem ao segundo maior conglomerado de shopping centers do País, detendo participação em 29 unidades, atrás apenas da BRMalls, com 39. O pacto ainda depende, porém, de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser concretizado. A expectativa das empresas é que todo o processo seja finalizado até o fim do ano.

Se receber o sinal verde do órgão regulador, a nova empresa terá o nome Aliansce Sonae Shopping Centers S/A. As ações permanecerão negociadas em bolsa, listadas no segmento do Novo Mercado da B3, o mais alto em governança corporativa.

O bloco de controle da companhia combinada será composto por quatro acionistas principais, detentores da maioria do capital: Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB), Renato Rique, OFO (Grupo Otto) e Sonae Sierra SGPS.

A participação final na empresa combinada será de 67,9% para os acionistas da Aliansce e de 32,1% para os acionistas da Sonae. A relação de substituição corresponderá a 0,787808369 ação ordinária da Sonae por ação ordinária da Aliansce. Na fusão, a Aliansce será incorporadora pela Sonae e extinta na sequência, com todos os seus direitos e obrigações sendo absorvidos pela nova companhia.

Além dos 29 shoppings próprios, o conglomerado também administra outros 11 empreendimentos, totalizando a gestão de 40 unidades. Esse portfólio será o segundo maior do setor no Brasil em área de lojas (área bruta locável), com 1,4 milhão de m2 e cerca de 7 mil lojas.

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O volume total de vendas dos shoppings próprios das duas empresas somou aproximadamente R$ 14,8 bilhões nos últimos 12 meses. A nova companhia nasce com receita líquida de R$ 876 milhões e Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 630 milhões nos últimos 12 meses, o que a torna a terceira no ranking nestes indicadores entre as empresas listadas de shopping centers do País.

CSN (CSNA3)

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) afirma que avançou em discussões com o governo do Estado de São Paulo, com o objetivo de viabilizar a construção de uma nova unidade de galvanização de aço, com investimentos estimados de R$ 1,5 bilhão.

A empresa ressalta que a realização desses investimentos está sujeita a condições adequadas de financiamento e às aprovações societárias.

“Por fim, a CSN informa que tais investimentos, uma vez aprovados, não comprometerão o alcance de suas metas de alavancagem financeira, sendo mantido seu plano de redução do endividamento.”

JBS (JBSS3)

Um grupo de senadores americanos se uniu para pressionar o governo de Donald Trump a interromper repasses milionários à JBS, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Eles reclamam que, em vez de ajudar os fazendeiros americanos, dinheiro do Departamento de Agricultura está indo para uma empresa estrangeira com “histórico de corrupção”, investigada pelo próprio governo dos Estados Unidos.

Na mira dos parlamentares, está um programa lançado por Trump para ajudar produtores afetados pela guerra comercial deflagrada por ele contra China e União Europeia.

Após Trump elevar tarifas para compra de bens industriais produzidos por chineses e europeus, as barreiras a produtos agrícolas americanos aumentaram e as vendas dos fazendeiros foram seriamente afetadas. O governo lançou então um programa para comprar mercadorias e tentar amenizar perdas.

A JBS USA, subsidiária da brasileira JBS, aderiu e já levou mais de US$ 60 milhões (cerca de R$ 240 milhões), segundo os congressistas. No total, o programa pretende chegar a US$ 12 bilhões em compras.
Se o contrato é pequeno para a JBS – a companhia faturou R$ 47 bilhões em 2019 -, o movimento dos senadores pode arranhar a imagem da empresa nos EUA, seu principal mercado.

Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3)

O jornal Valor Econômico destaca que o empresário Marcos Molina, principal acionista e presidente do Conselho de Administração da Marfrig está conversando com potenciais interessados em algumas das unidades da companhia. Em meio à operação de fusão com BRF, ele estaria em busca de R$ 2 bilhões com a venda de ativos.

Segundo a publicação, Molina busca linhas de crédito para comprar mais ações da empresa resultante da operação com a BRF. O objetivo seria elevar sua participação acionária, que nos termos atuais ficaria em 5,5%.

Tecnisa

A construtora Tecnisa informou hoje pela manhã que “atualmente avalia potenciais operações para captação de recursos, incluindo por meio da realização de oferta pública de ações, debêntures ou outros valores mobiliários via distribuição em mercado de capitais ou, ainda, por meio de capitalizações ou investimentos privados.” O fato relevante encaminhado à CVM foi em resposta à reportagem publicada ontem no jornal Valor Econômico.

Entretanto, a Tecnisa esclarece que, “até o momento”, não definiu a realização, “nem termos e condições de quaisquer possíveis operações, as quais, nos termos e nas hipóteses do Estatuto da Companhia, devem ser submetidas às aprovações societárias competentes, e que estão sujeitas às condições do mercado de capitais brasileiro e internacional”.

Hapvida (HAPV3)

A Hapvida adquiriu o Hospital das Clinicas e Fraturas do Cariri, em Juazeiro do Norte (CE), por R$ 16,5 milhões. O hospital possui 59 leitos de internação divididos em 3.375 m² de área construída e 7.300 m² de terreno.

Segundo a empresa, a aquisição busca ampliar o atendimento na região de Juazeiro do Norte após a aquisição da carteira de clientes da Free Life, em outubro de 2018.

Neoenergia

A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Neoenergia poderá movimentar até R$ 4,74 bilhões. A ação será preficicada no dia 27 de junho, com uma faixa indicativa de preço entre R$ 14,42 e R$ 16,89.

Biosev (BSEV3)

A processadoras de cana-de-açúcar Biosev divulgou os resultados do quarto trimestre e da safra 2018/19, reportando prejuízo de R$ 1,2 bilhão, ante perdas de R$ 1,3 bilhão registradas na safra anterior, devido principalmente à variação cambial. No quarto trimestre, o prejuízo foi de R$ 306,5 milhões versus um prejuízo de R$ 446,7 milhões de um ano antes, impactado principalmente pelas reduções de custos diante da redução de performance de contratos de exportação associados a vencimentos de contratos de dívida em moeda estrangeira, e pela variação do valor justo do ativo biológico.

O EBITDA ajustado (incluindo revenda/HACC) foi de R$ 1,5 bilhão na safra 18/19, 3,8% inferior ao montante de R$ 1,6 bilhão registrado na safra anterior. No quarto trimestre, foi de R$ 333,8 milhões, 30,3% inferior ao de um ano antes. A receita líquida no quarto trimestre atingiu R$ 1,3 bilhão, 34,9% inferior à do mesmo período do ano imediatamente anterior. A empresa comenta os resultados hoje, durante teleconferência com analistas, a partir das 12h30.

 

(Agência Estado)