Venda da Braskem emperra, Petrobras quer melhorar imagem no exterior e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta sexata-feira (24)

Equipe InfoMoney

(Divulgação/Braskem)

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No Radar Infomoney desta sexta-feira (24) destaque para o GPA com o plano de proteção da holding do controlador e a dificuldade de venda da Braskem à LyondellBasell. Confira esses e outros destaques desta sexta-feira.

Pão de Açúcar (PCAR4)

Controladora do grupo Casino, dono do GPA, a holding Rallye obteve ontem da Justiça francesa a aprovação de um plano de proteção contra credores. Segundo o jornal Valor Econômico, a medida, semelhante à recuperação judicial brasileira, deve durar seis meses. A reestruturação pode enfraquecer o chefe da companhia Jean-Charles Naouri, aponta o Estadão. As dívidas da holding chegam a 2,9 bilhões de euros. A dívida do Casino, que está fora do plano, somava 2,7 bilhões ao fim de 2018.

O pedido foi feito após a Rallye ter suspendido a negociação de suas ações e as do Casino na bolsa de Paris. Embora não atinja o GPA, que controla as redes Extra, Pão de Açúcar, Assai e indiretamente a Via Varejo, o pedido de proteção gera preocupações quanto a possíveis decisões que possam envolver as operações brasileiras do grupo francês.

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Hoje, pela manhã, na bolsa de Paris, as ações do Casino operavam com alta de 12%, como consequência do tempo ganho pela Rallye para reestruturar suas operações. Entretanto, o mercado ressalta que o plano de proteção não resolver os problemas da varejista, que segue com uma estrutura societária complexa e incerta.

Braskem (BRKM5)

O Estadão destaca que a situação do Grupo Odebrecht, um dos pivôs da Operação Lava Jato, deve complicar a venda da Braskem, que está sendo negociada com a holandesa LyondellBasell. Segundo a publicação, as negociações, que podem trazer cerca de R$ 20 bilhões ao grupo, esfriaram na esteira de uma série de más notícias envolvendo a Braskem. O fator número um para a reticência da Lyondell em comprar a Braskem seria a incerteza gerada pelo projeto de extração de sal-gema em Alagoas.

O Ministério Público de Alagoas pediu bloqueio de R$ 6,7 bilhões da empresa. A Justiça Estadual contingenciou R$ 100 milhões e impediu a distribuição de R$ 2,7 bilhões aos acionistas da Braskem – o que tirou mais de R$ 1 bilhão da holding Odebrecht em momento de dificuldade de caixa. O Estadão diz que a Lyondell não quer se arriscar em comprar a Braskem enquanto essa conta não for definida. O caso seguiu para a Justiça Federal.

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O Estadão destaca ainda que outro fator que pesou para o esfriamento da venda foi a suspensão das negociações dos papéis da Braskem na Bolsa de Nova York (Nyse) pela não entrega do formulário 20-F de 2017. A empresa diz que trabalha para resolver a situação, mas precisa que a consultoria PwC avalize as mudanças em processos que está tentando implementar.

Além destes fatores, houve uma piora global no setor, gerando um desempenho mais fraco do que o esperado da Braskem no primeiro trimestre. A consequência foi a perda de quase um terço de seu valor de mercado em relação ao “pico” de outubro do ano passado.

Natura (NATU3)

Após o anúncio da operação de compra da Avon, a Natura foi rebaixada “market perform” pelo Banco do Brasil. Além disso, a Fitch colocou o rating da Natura em “negative watch” após o acordo com a Avon, destaca a Bloomberg.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras está preparando uma agenda internacional para levar uma mensagem aos investidores de que “a casa está em ordem” contra a corrupção, diz o Valor Econômico, citando declarações do diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, Rafael Gomes. Segundo ele, a companhia fez um reforço de compliance para prevenir, detectar e remediar casos de corrupção.

Vale (VALE3)

Os investidores devem seguir atentos ao iminente risco de rompimento da barragem da Vale em Barão de Cocais (MG), que poderá ocorrer até este domingo, segundo previsão da própria empresa. Segundo a Bloomberg, o secretário de Mineração acha inevitável colapso da mina inativa Gongo Soco, da Vale, e diz que governo brasileiro enviou agentes a Minas Gerais para evitar perdas humanas e ambientais quando o fato ocorrer.

MRV (MRVE3), Direcional (DIRR3) e Tenda (TEND3)

O Estadão destaca que a forma como o governo vai subsidiar a construção dos empreendimentos no Minha Casa Minha Vida será por meio da doação de terrenos e imóveis que pertençam a prefeituras, Estados e União às construtoras, que, em contrapartida, precisarão erguer os condomínios do programa. A ênfase será nas Regiões Norte e Nordeste, com previsão de anúncio no início de julho.

Segundo a publicação, a gestão do empreendimento, que terá casas alugadas a famílias de baixa renda, ficará a cargo da iniciativa privada. As empresa interessadas num imóvel do governo terão de se comprometer a bancar a administração condominial de um Minha Casa Minha Vida por 20 ou 30 anos.

Cielo

A Cielo informou que fará uma emissão de debêntures no montante de R$ 3 bilhões. A empresa afirmou que os recursos serão utilizados para reperfilamento de dívidas e que, até três dias antes do procedimento de bookbuilding, pode haver uma redução no valor final. Entretanto, o valor mínimo deverá ser de R$ 2 bilhões.

A Cielo comunicou ainda que o seu conselho de administração aprovou a realização de uma oferta de aquisição de units de notas seniores no valor de cerca de US$ 474,7 milhões.

Sabesp (SBSP3) e Sanepar (SAPR11)

Acompanhada de perto pela equipe econômica pelo potencial de destravar até R$ 800 bilhões em investimentos nas próximas décadas, a Medida Provisória 868 que abre o mercado do saneamento básico no Brasil deve mesmo caducar, na avaliação da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP). A equipe econômica ainda acredita na aprovação da medida, mas prepara um projeto de lei idêntico para enviar ao Parlamento como tentativa de salvar a proposta.

A medida altera o marco legal do setor – dominado por estatais estaduais em municipais – abrindo o mercado para investimentos privados. A proposta, porém, tem forte resistência de governadores e sofre pressão dos sindicatos das companhias de água e esgoto. Governadores de 24 Estados (São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais ficaram de fora) apelaram para que o texto não fosse aprovado. Por isso, na avaliação da líder do governo, dificilmente haverá acordo para a votação nos plenários da Câmara e do Senado até o dia 3 de junho, quando a sua validade expira. “Acho que ‘pouco provavelmente’ vamos aprovar a MP do Saneamento”, declarou Joice.

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Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que a busca de uma solução legislativa para a questão do saneamento básico será uma prioridade da Casa. Ele se comprometeu a tentar fechar um acordo com os governadores para viabilizar a votação da MP. E, se isso não for possível, já adiantou o pedido para que o governo ou algum deputado encaminhe com urgência uma proposta para o setor.

Oi (OIBR4)

A Oi informou que o juiz da recuperação judicial da companhia decidiu que o aumento da remuneração dos membros do conselho de administração não dever ser implementado. Segundo o juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, “soa até estranho que esses novos conselheiros entendam, logo no início de sua atuação, em aumentar sua remuneração, em patamar tão elevado.”

O juiz acrescentou que “a mensagem que o Conselho de Administração e os acionistas passaram aos credores, ao Juízo, ao MP, à Anatel e ao mercado em geral não é positiva. Assim, com base no poder geral de cautela, determino que a aprovação do aumento da remuneração do Conselho de Administração não seja por ora implementada”, determinou.

Comgás (CGAS5)

A Comgás informou que a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) concluiu a 4ª Revisão Tarifária Ordinária da companhia, referente ao período de 31 de maio de 2018 a 30 de maio de 2024.

“A Nota Técnica Final NTF-0030-2019 determinou, em relação à Margem Máxima (P0), o valor de R$ 0,5182 por metro cúbico. Para o Fator X, que visa compartilhar com o consumidor o incremento de eficiência operacional ao longo do ciclo pós Revisão Tarifária, através de sua aplicação como redutor do ajuste anual das margens pelo IGPM, o porcentual estabelecido é de 0,52% ao ano.”

(Agência Estado e Bloomberg)