Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quinta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O mercado brasileiro fica atento aos desdobramentos pós-impeachment de Dilma Rousseff e à ida do agora presidente Michel Temer para a China, mas deve registrar uma sessão de alívio acompanhando o exterior, que registra maior ânimo em meio aos dados positivos da China e do Reino Unido. A reação ao Copom também está no radar. Confira os destaques desta quinta-feira (1): 

1. Bolsas mundiais
As bolsas mundiais registram um dia positivo após dados melhores do que o esperado da indústria na China e no Reino Unido. 

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa subiu para 50,4 em agosto de 49,9 em julho, acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Analistas esperavam leitura de 49,9 pelo segundo mês seguido. Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Reino Unido subiu para 53,3 em agosto, de 48,3 em julho, atingindo o maior nível em dez meses, segundo pesquisa divulgada hoje pela Markit Economics em parceria com a CIPS. “O Brexit não foi uma catástrofe de forma alguma, o Fed finalmente reconheceu que a economia americana está indo melhor que o previsto e a China não entrou numa espécie de espiral de caos”, disse Teis Knuthsen, CIO do Saxo Bank

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Contudo, apesar dos dados positivos, Xangai teve um dia de queda, pressionado por ações do setor imobiliário por conta do PMI de serviços chinês. “Embora o PMI de serviços permanece forte, ele desacelerou de 53,9 para 53,5 no mês passado. Isso se deveu inteiramente a uma queda no subíndice do setor de construção”, disse em nota o economista do Capital Economics Julian Evans-Pritchard.

Às 08h02, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) +0,06%

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* CAC-40 (França) +1,08%

*DAX (Alemanha) +0,53%

* Nikkei (Japão) 225 +0,23% (fechado)

*Xangai (China) -0,73% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,81% (fechado)

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,20%

*Petróleo brent -0,21%, a US$ 46,79 o barril

2. Copom
Em sua segunda reunião em novo formato e liderada por Ilan Goldfajn, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica de juros em 14,25%. A análise dos mercados é que o Comitê abandonou sentença de que não há espaço para corte de juros, levando o mercado a ver porta aberta para redução em caso de progresso na área fiscal.  “Ao mesmo tempo em que reconhecemos que há outras mudanças (hawkish) no documento e que não identificamos na nova linguagem um sinal claro de início do ciclo de corte em outubro, acreditamos que a probabilidade de redução aumentou”, afirma a Nomura. 

3. Pós-impeachment
O mercado deve ficar de olho ainda na repercussão após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, com a efetivação de Michel Temer como presidente da República. A grande atenção no curto prazo se volta para a manutenção da base aliada do governo Temer, após conflito do PMDB com o PSDB e o DEM após serem mantidos os direitos políticos de Dilma. No final da tarde da quarta-feira, o líder do DEM no Senado Ronaldo Caiado (DEM-GO) anunciou saída da base aliada do governo e posição de independência. Confira a análise completa clicando aqui. 

4. Dados econômicos
Na noite desta quarta-feira foram divulgados três importantes indicadores na China: os PMIs (Índices Gerentes de Compras) da indústria e de serviços da agência estatal NBS, que saíram às 22h (horário de Brasília), e o PMI de manufaturas da Markit/Caixin, divulgado às 22h45. O PMI oficial da indústria, que mais tem influência sobre os mercados, subiu para 50,4 em agosto de 49,9 em julho, acima da marca de 50 que separa crescimento de contração. Atenção ainda para os dados dos EUA, que revelarão o Initial Claims às 9h30, os dados de construção e o ISM Index às 11h.

No Brasil, chama a atenção a balança comercial mensal a ser revelada às 15h; antes disso, será divulgado às 9h o IPP (Índice de Preços ao Produtor) de julho, que tem como objetivo acompanhar a evolução mensal dos preços recebidos pelo produtor da indústria de transformação

5. Destaques corporativos
O noticiário corporativo é movimentado, com a Petrobras tendo a recomendação elevada de neutra para compra pelo BTG Pactual, enquanto a CSN foi rebaixada de B- para CCC+ pela S&PGR. Confira mais destaques clicando aqui. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.