Comentário Semanal – 01/10 a 05/10

Comentário Semanal - 01/10 a 05/10

Rodolfo Cirne Amstalden

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A primeira semana de outubro começou com recordes, que deram lugar à cautela, dada a espera pelo Relatório de Emprego dos EUA. Contudo, assim que o indicador foi publicado, na sexta-feira, os ânimos voltaram aos principais mercados mundiais.

Segundo o Employment Report, a economia norte-americana ganhou 110 mil postos de trabalho em setembro, acima da expectativa de 100 mil. Em complemento, os dados de agosto foram revisados para cima: de queda de 4 mil vagas para criação de 89 mil vagas.

Com a amostra de força do mercado de trabalho dos EUA, as apostas de novos cortes significativos na Fed Funds Rate perdem força. Contudo, uma flexibilização monetária até o final de 2007 não está descartada.

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Dados norte-americanos referentes aos setores imobiliário e industrial ainda pedem alerta em relação aos impactos da crise do subprime. E os resultados corporativos divulgados até o momento não contribuíram muito para o desempenho de Wall Street.

No Brasil
Como foco macroeconômico nacional, a inflação. O relatório Focus marcou uma redução nas expectativas do mercado para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor – Amplo) de 2007. E os indicadores de preços relativos a setembro comprovaram a tese de que as altas de agosto seriam pontuais.

O setor industrial também pautou boas notícias. De acordo com pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial brasileira avançou 1,3% entre julho e agosto.

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Bolsa
Na segunda-feira, o Ibovespa alcançou o recorde de 62.340 pontos. A realização nos pregões de terça e quarta ameaçou o patamar; mas, mesmo assim, o balanço semanal foi favorável. O índice acumulou alta de 3,07%, cotado a 62.319 pontos.

Liderando os ganhos dentro do Ibovespa, os papéis ordinários da Natura dispararam 17,77%. A forte valorização ajuda a aliviar o desempenho negativo no ano, agora em -10,62%.

Por outro lado, as ações preferenciais da Vivo caíram 4,28%. Investidores avaliam os ativos da tele móvel como uma opção arriscada antes de definido o cenário de consolidação setorial.

Dentre os papéis mais líquidos, os preferenciais classe A da Vale do Rio Doce registraram queda de 1,95%, sentindo os efeitos de uma realização de lucros. Já os preferenciais da Petrobras subiram 4,14%, com base no petróleo caro e nas iniciativas de expansão internacional da petrolífera.

Renda fixa
No mercado de renda fixa, os juros futuros mostraram rendimento crescente, diante da correção das perspectivas em relação ao juro nos EUA. O contrato com vencimento em janeiro de 2009, líder em liquidez no período, apontou taxa de 11,25%, aumento de 0,01 ponto percentual em base semanal.

Quanto aos títulos da dívida externa brasileira, o Global 40 fechou cotado a 134,15% de seu valor de face, com alta de 0,15% entre as semanas. Já o risco-país, calculado pelo conglomerado norte-americano JP Morgan, encerrou a semana com queda de 15 pontos, a 162 pontos-base.

Câmbio
Definindo seu menor nível desde agosto de 2000, o dólar comercial fechou a última sessão da semana cotado a R$ 1,8050, com desvalorização acumulada de 1,58%.

Analistas interpretam que, dado o atual patamar da divisa norte-americana, são grandes as chances do Banco Central voltar a atuar no mercado de câmbio, via compras à vista ou contratos de swap cambial reverso.