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SÃO PAULO – Após uma semana bastante negativa, com o Ibovespa caindo 1,82% principalmente por conta da tensão externa diante da piora do clima entre Estados Unidos e China, os próximos dias não terão alívio e prometem mostrar que maio realmente é um mês bastante complicado para o mercado.
A semana já vai começar com os investidores atentos ao governo após o presidente Jair Bolsonaro falar na última sexta-feira em um “tsunami” para esta semana.
“Alguns problemas, sim, talvez tenha um tsunami na semana que vem, mas a gente vence o obstáculo com toda certeza. Somos humanos, alguns erram, alguns erros são perdoáveis, outros não”, disse o presidente em evento da Caixa, sem deixar claro o que provocaria o tal tsunami.
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Segundo a apuração da TV Globo, trata-se de uma referência à redução da quantidade de ministérios – eram 29 no governo de Michel Temer, passaram a ser 22 com a posse de Bolsonaro, que durante a campanha prometeu reduzir ainda mais este número para 15.
A medida provisória da reforma administrativa de Bolsonaro expira no próximo dia 3 de julho. Caso não seja aprovada pelo Congresso, a estrutura ministerial do governo Temer será retomada.
Em meio a isso, os investidores acompanham também a articulação política, com o governo tentando adiantar a tramitação da Previdência na Comissão Especial e votar a MP da reforma administrativa no plenário da Câmara. O texto da MP seria votado na semana passada, mas uma manobra regimental impediu o presidente da Casa, Rodrigo Maia, de avançar com as mudanças e ampliou risco de medida perder validade, em 3 de junho.
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Enquanto isso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, volta ao Congresso para participar de audiência na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e fiscalização (CMO) na terça-feira (14). O encontro iria ocorrer na última quinta, mas acabou adiado.
Resultados, indicadores e guerra comercial
O exterior deverá seguir como um dos principais drivers do mercado nos próximos dias, conforme os investidores acompanham as negociações entre EUA e China para acabar com a disputa comercial. Na sexta, notícias indicaram que as conversas avançaram e trouxeram alívio para o mercado, mas ainda não há nada definido.
Entre os indicadores, depois do CPI abaixo do previsto nos EUA, a agenda americana ficará mais fraca, com destaque para as vendas no varejo e o Empire Manufacturing. Além disso, ocorre uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve. Na China, dados do varejo e indústria também estão previstos.
Na agenda doméstica, o Banco Central divulga na terça-feira (14) a ata do Copom, que manteve na semana passada a Selic em 6,5% com um comunicado visto como neutro. O BC reconheceu ociosidade da economia, que está mais lenta que o previsto neste início do ano.
Além disso, após o IPCA abaixo do esperado na sexta, será divulgado o IBC-Br de março, que tem expectativa de queda pelos analistas, além do indicador de serviços do IBGE.
Por fim, destaque também para o fim da temporada de resultados do primeiro trimestre, com a expectativa pela divulgação de 71 balanços entre segunda e quarta-feira.
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