Ibovespa Futuro fica no zero à espera de definições sobre Petrobras e de olho na CCJ

Mercado continua correção da queda de 4,4% na semana passada de olho nas novidades sobre a relação entre o governo e a Petrobras 

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro opera entre leves perdas e ganhos nesta terça-feira (16) à espera de sinalizações sobre o que foi discutido entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, ontem à tarde, e de olho nas reuniões entre integrantes do governo que prosseguem nesta data.

O encontro entre os dois vem na esteira do veto de Bolsonaro a um reajuste de 5,7% nos preços do diesel pela estatal. Hoje, o mercado ainda deve repercutir o adiamento da votação da reforma da Previdência na CCJC (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) para a semana que vem.  

Às 9h29 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para abril tinha leve queda de 0,14% a 92.890 pontos. Já o dólar futuro para maio subia 0,55% a R$ 3,897. 

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Ontem, a CCJ adiou a votação da reforma para depois da Páscoa ao aprovar por 50 votos a 5 a inversão da pauta, priorizando a votação do orçamento impositivo. A intenção do governo era concluir essa primeira etapa da reforma ainda esta semana para evitar atrasos daqui para frente. O projeto ainda precisa passar ainda por uma Comissão Especial para depois ir para o plenário da Câmara.

Entre os juros futuros, o DI para janeiro de 2021 registra ganhos de cinco pontos-base a 7,12%, ao passo que o DI para janeiro de 2023 tem alta de seis pontos-base a 8,27%.

Lá fora, as bolsas internacionais sobem à espera dos dados da China hoje. A maior economia da Ásia divulgará o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre com as expectativas dos economistas girando em torno de um crescimento de 6,3%, contra 6,4% no quarto trimestre de 2018. Ainda saem a produção industrial de março (previsão de alta de 6%) e as vendas no varejo no mesmo mês (expectativa de avanço de 8,4%). 

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Noticiário corporativo

As atenções estão voltadas para o encontro, às 16h30, no Palácio do Planalto entre o presidente Jair Bolsonaro e o CEO da Petrobras (PETR3; PETR4), Roberto Castello Branco; o diretor-geral da ANP, Décio Oddone; os ministros da Economia, Paulo Guedes, de Minas e Energia, Bento Albuquerque, de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e da Casa-Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo o Estadão, o governo pretende alterar a política de preços da Petrobras e uma das propostas apresentadas é a de redução da autonomia gerencial de comercialização da companhia para conceder o reajuste do diesel.

Já o Valor destaca que o plano do Estado de São Paulo de privatização da Sabesp (SBSP3) deve ganhar tração com as mudanças que o governo Bolsonaro irá propor hoje ao Congresso, por meio da MP que altera as regas do setor de saneamento básico. O principal ajuste no texto original publicado em dezembro, pelo ex-presidente Michel Temer, é a tentativa de tornar mais equilibrada a concorrência entre empresas privadas e estatais, geralmente estaduais, de água e esgoto.

Também vale ficar de olho no pagamento do dividendos da Braskem (BRKM5), que pode ser adiado diante de uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas, que determinou a suspensão da análise da distribuição dos proventos, de cerca de R$ 2,7 bilhões, na AGO prevista para amanhã. Segundo o Valor, caso a proposta não seja votada amanhã, um nova convocação para 30 dias deverá ser convocada. A suspensão foi determinada pela justiça até que o mérito de um recurso apresentado pelo MPE e pela defensoria seja apresentado. A causa se refere ao afundamento do solo em três bairros de Maceió.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.