Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta segunda-feira

Confira no que ficar de olho na sessão desta segunda

Equipe InfoMoney

(Alan Santos/PR)

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Após acumular uma perda de 4,3% ao longo da última semana, o Ibovespa deve seguir pressionado diante da intervenção do governo sobre a Petrobras e as preocupações quanto ao andamento da reforma da Previdência, que tem sessão extraordinária marcada para hoje, às 14h30, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Na economia, o Ministério da Economia deve divulgar hoje o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO 2020).

Para esta segunda-feira, é prevista uma reunião interministerial na Casa Civil para tratar dos aspetos técnicos sobre a política dos combustíveis. O presidente Jair Bolsonaro se reúne às 16h00, com ministro da Economia, Paulo Guedes, quando tema do reajuste do diesel deve ser debatido. Amanhã, Bolsonaro deverá se reunir com o CEO da Petrobrás, Roberto Castello Branco, no Palácio do Planalto, para discutir o assunto e tomar alguma decisão sobre o reajuste.

Em relação à Previdência, o governo seguirá ao longo desta semana tentando costurar um aumento na sua base de apoio parlamentar, após receber ao longo dos últimos dias diversas lideranças partidárias. Do lado positivo, está a decisão do presidente da CCJC, Felipe Francischini, de manter a votação da PEC da Previdência como prioritária. Segundo ele, os partidos do “Centrão” tentaram convencê-lo de inverter a pauta de votações, passando o Orçamento Impositivo na frente. Parlamentares do “Centrão” ainda apostam que possam inverter a ordem, já que para isso é necessária a aprovação por maioria simples.

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No exterior, mesmo com as declarações após reunião do FMI no final de semana, do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, de que as negociações para fechar um acordo com a China estão se aproximando do final, as bolsas asiáticas fecharam sem uma direção definida.

1. Bolsas Internacionais

Na Ásia, enquanto a bolsa no Japão fechou com ganhos, as de Xangai e Hong Kong, tiveram quedas. Nem mesmo os avanços no fechamento do acordo comercial entre os Estados Unidos e a China foram suficientes para segurar os mercados asiáticos em alta. Os investidores seguem cautelosos, em relação à China, à espera da série de indicadores econômicos que serão divulgados ao longo desta semana na Ásia, para avaliar o patamar de crescimento da maior economia do continente.

Na Europa, as bolsa também operam sem sinais distintos, acompanhando o desenrolar do acordo comercial entre os EUA e a China, assim como pela divulgação da safra de resultados corporativos ao longo desta semana. O mercado europeu opera sem as tensões sobre o Brexit, após semanas à espera de uma decisão sobre a postergação ou não da saída do Reino Unido da UE. Parlamentares britânicos ainda cogitam a apresentação de uma nova proposta de referendo sobre o Brexit, mas que, neste momento, não encontra apoio do governo.

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Entre as commodities, o preço do petróleo opera em baixa nesta segunda-feira, após os avanços da semana passada, com o Brent atingindo a máxima em cinco meses. A baixa, porém, conta com um piso, já que seguem as preocupações com o oferta do produto, por conta dos cortes na produção entre os países membros da Organização Mundial dos Países Exportadores (OPEP).

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O minério de ferro opera em leve alta, por conta da redução da oferta no Brasil e na Austrália. Analistas já avaliam que o preço do produto no mercado internacional em breve atinja um valor que não era visto há cinco anos, acima dos US$ 100 a tonelada.

Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 07h12 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,04%
*Nasdaq Futuro (EUA) -0,01%
*Dow Jones Futuro (EUA) +0,17%
*DAX (Alemanha) -0,03%
*FTSE (Reino Unido) -0,06%
*CAC-40 (França) +0,05%
*FTSE MIB (Itália) +0,41%
*Hang Seng (Hong Kong) -0,33% (fechado)
*Xangai (China) -0,34% (Fechado)
*Nikkei (Japão) +1,37% (fechado)
*Petróleo WTI -0,85%, a US$ 63,35 o barril
*Petróleo Brent -0,73%, a US$ 71,03 o barril
*Bitcoin US$ 5.181,69, +1,93%
R$ 20.153, +0,99% (nas últimas 24 horas)
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian subiam 0,15%, a 653 iuanes (nas últimas 24 horas)

2. Agenda Econômica

Na agenda doméstica, o boletim Focus do Banco Central poderá trazer uma revisão para baixo das expectativas do crescimento do PIB para 2019. Alguns bancos já começaram a revisar para baixo suas estimativas de expansão para este ano, como o Itaú, que diminuiu de 2% para 1,3%, e o Bradesco, de 2,4% para 1,9%.

O BC deverá divulgar ainda o índice de atividade econômica (IBC-Br) de fevereiro, que trará uma prévia do desempenho da economia. No Brasil, está prevista a publicação também do Índice Geral de Preços (IGP-10) pela FGV.

Atenção ainda para a agenda do presidente Bolsonaro: ele se reúne com o ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni às 10h, com o secretário Especial de Desestatização e Desinvestimento Salim Mattar às 15h30 e às 16h com o ministro da Economia Paulo Guedes. No fim de semana, Guedes disse que vai esclarecer qualquer confusão que a decisão do presidente de suspender o aumento planejado para o preço do diesel pela Petrobras possa ter causado.

No exterior, o destaque, nos Estados Unidos, é a divulgação, às 9h30, do Índice de atividade industrial Empire State, referente a abril. Ainda nos EUA, estão previstas as divulgações dos balanços do Goldman Sachs e do Citigroup.

3. Noticiário Político

O jornal O Globo destaca que, irritado com seu partido, Bolsonaro já cogita deixar o PSL no futuro. Segundo a publicação, em reunião com dirigentes do PR, na semana passada, o presidente reclamou das confusões criadas por integrantes do PSL, deixando em aberto a possibilidade de mudar de legenda caso não consiga pacificar seus aliados. Bolsonaro ingressou, no até então nanico PSL, em março do ano passado.

Ainda segundo o jornal, as propostas do ministro da Justiça Sérgio Moro e do STF Alexandre de Moraes para combater a criminalidade devem ser unificadas. A expectativa é de que a junção dos textos resultaria numa legislação penal das mais duras em décadas. Entre as medidas, o aumento do tempo máximo de prisão de 30 para 40 anos e ainda haveria mais restrições a detentos no regime disciplinar diferenciado. 

4. Noticiário Econômico

O jornal Valor Econômico destaca que o projeto de lei que concede independência ao Banco Central vai colocar à instituição a tarefa de priorizar apenas o combate à inflação, eliminando menções de legislação anterior que enfatizava também o “combate a depressões”. Segundo a publicação, as modificações ainda vão trazer mais segurança para operações de redesconto com bancos, confere ao BC o papel exclusivo de formular e executar política cambial, retira do CMN atribuições ligadas à política monetária e confere proteção aos quadros da autarquia em relação a práticas de suas funções.

O Estadão destaca que uma série de calotes de concessionárias em dificuldades, nas áreas de rodovias e aeroportos, devem gerar perdas de quase R$ 6 bilhões com bancos públicos, especialmente o BNDES. A expectativa é de que as concessionárias percam seus contratos e os credores fiquem sem receber estes valores. Apesar do BNDES ser o maior credor, os bancos privados devem pagar uma parte do prejuízo. Já o Valor Econômico pontua que as cinco maiores instituições financeiras do País fecharam o ano passado com R$ 18,7 bilhões em bens retomados como garantia de empréstimos inadimplentes. Cerca de 90% se referem a imóveis.

5. Noticiário corporativo

O noticiário estará às voltas com os desdobramentos da decisão da Petrobras de acatar as ordens do presidente Jair Bolsonaro de barrar o reajuste no preço do diesel. A petroleira perdeu R$ 32 bilhões em valor de mercado, derrubando o Ibovespa, na sexta-feira, que recuou 2%, em meio à fala de Bolsonaro de que ligou para Castello Branco ordenando a suspensão de 5,7% no reajuste do preço do óleo diesel. Apesar de negar o “intervencionismo”, a medida surpreendeu a própria equipe econômica do Planalto. A decisão de Bolsonaro pode ampliar ainda as incertezas sobre a venda de unidades da companhia na área de refino e a participação na BR Distribuidora. 

O desastre de Brumadinho passou a preocupar as siderúrgicas, que passam a registrar falta de pelotas fornecidas pela Vale. Segundo o jornal Valor Econômico, siderúrgicas localizadas no Sudeste estão sem o fornecimento do produto. O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Lopes, afirmou que, se nada acontecer, em 30 dias as siderúrgicas começarão a sentir essas paradas das minas, o que poderá implicar no desligamento de auto-fornos. Já o Estadão informa que a Vale está em conversas com a Andrade Gutierrez para começar nas próximas semanas uma análise de reconstrução de suas barragens.

A Eletrobras informou que os créditos da Amazonas Distribuidora de Energia, em junho de 2017, que somavam cerca de RS 4,056 bilhões, referente ao reembolso da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), foram cedidos integramente à companhia. Em fato relevante de 19 de março, a Eletrobras comunicou que a Aneel reconheceu, para o período entre julho de 2009 e junho de 2016, um crédito de R$ 1,592 bilhão, a ser reembolsado pela CCC, assim como um crédito histórico de R$ 1,358 bilhão referente à ineficiência econômica e energética prevista na Lei 13.299/2016, alterada pela Medida Provisória 855/2018, a serem pagos com recursos destinados pela União.

O polêmico programa de incentivo à colaboração da CCR, para que seus ex-executivos façam acordos para denunciar irregularidades no passado, ganhou a oposição de empresas internacionais de orientação de voto, que orientaram os seus acionistas a votar contrariamente a proposta de pagamento de R$ 71 milhões, que irá a deliberação no próximo dia 22.

A Natura informou que os seus acionistas aprovaram investimentos da ordem de R$ 725 milhões para este ano. Os recursos serão utilizados para aportes em ativos imobilizados e intangíveis, bem como para capital de giro.

O conselho da SulAmérica aprovou a emissão de R$ 700 milhões em debêntures. Segundo a empresa, os recursos serão utilizados para reforço e adequação dos níveis de liquidez disponíveis à companhia, entre outros.

(Agência Estado e Bloomberg)

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