Hedge e diversificação ajudarão a enfrentar turbulência da Previdência, dizem analistas

Os analistas da Nord Research recomendaram as melhores alocações para enfrentar o cenário de turbulência à frente. 

Ricardo Bomfim

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São Paulo – Após um primeiro trimestre atribulado em que a Bolsa bateu os 100 mil pontos para depois voltar com incertezas sobre a aprovação da reforma da Previdência, o futuro do mercado está diante de um cenário binário: um Brasil com reforma ou sem.

Os especialistas da Nord Research alertaram no programa “Analistas Sem Censura” que esse é um bom momento para pensar em diversificação e apostas de hedge. 

A analista Marilia Fontes aponta que pode ser uma boa oportunidade comprar opções de venda de ações de empresas estatais como Banco do Brasil ou Petrobras. “Com certeza algo relacionado ao governo”, destaca. O sócio-fundador da Nord, Bruce Barbosa, por sua vez, destaca que ações de exportadoras ligadas a dólar são boas alternativas.

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Já o analista Renato Breia acredita que a Reforma da Previdência passa e que pode ainda entrar no radar uma reforma fiscal. “Podemos ter um ano de dados econômicos muito ruins, mas bom para a Bolsa com confiança de que as coisas melhorem daqui para a frente”, ressalta.

Marilia entende que a reforma sai, mas desidratada, não atingindo o trilhão esperado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Estamos entrando em um período de aceleração da atividade com um câmbio perto dos R$ 4 por dólar, o que impacta inflação, de modo que não dá para cair a Selic”, afirma.

“Ao mesmo tempo em que há uma reforma complicada para aprovar. Então não vejo a alocação ideal como 50% em Bolsa e o resto em risco, mas uma boa parte em renda fixa para render Selic. Dá para melhorar o retorno com crédito privado”, defendeu a analista.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.