Os 5 fatores que devem levar o Ibovespa aos 125 mil pontos, segundo a XP

Com alta volatilidade cercando o período de aprovação da reforma da Previdência, o otimismo isolado dos investidores não consegue impulsionar mais o índice

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O Ibovespa bateu na última segunda-feira (18) a importante marca dos 100 mil pontos. Em um cenário de juros na mínima histórica, inflação baixa e expectativa de crescimento de 2% em 2019, a equipe de research da XP Investimentos acredita que o alcance desse patamar é só o começo, podendo chegar aos 125 mil pontos. 

O caminho, porém, será sinuoso, principalmente considerando que o processo de aprovação das reformas terá seus altos e baixos – trazendo alta volatilidade para os ativos em geral. Em um cenário pessimista, com a reforma da Previdência diluída/atrasada, por exemplo, os analistas acreditam que o Ibovespa possa encerrar o ano em 87.500 pontos.

“Os riscos são inerentes, mas se a agenda reformista for bem executada, 2019 pode ser transformacional para o país. Nesse contexto, vemos a bolsa como o melhor ativo no Brasil, com potencial para atingir 125 mil pontos até o final do ano”, escreve Karel Luketic, analista-chefe da XP, com perspectiva de alta de 25% na comparação com o fechamento de segunda-feira (18).

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A sensibilidade do mercado será alta e o noticiário tende a influenciar no sobe e desce da bolsa, no entanto, o time de análise da XP segue confiante e reitera o risco-retorno muito atraente do Ibovespa. Em um cenário otimista, com aprovação no meio do ano e pouca ou nenhuma diluição da proposta inicial, a equipe vê o índice nos 135 mil pontos.

Para chegar ao cenário base dos 125 mil pontos, porém, alguns fatores serão cruciais. A equipe comandada por Luketic citou cinco deles; confira:

1. Maior crescimento, taxas de juros mais baixas
Na opinião dos analistas, a ociosidade das empresas somada ao alto desemprego, inflação baixa e ancorada, bem como a uma agenda de produtividade em vigor poderiam manter as taxas de juros mais baixas por mais tempo. “O crescimento poderia surpreender ao longo dos próximos anos”, escrevem.

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2. Lucros podem ser revisados para cima, com alto potencial de alavancagem operacional
O consenso do mercado é de um crescimento de lucro de 25% em 2019, de 12% em 2020 e 10% em 2021. A XP, porém, está otimista e vê números melhores. “Em nossa estimativa, os lucros podem crescer perto de 30% em 2019, 15% em 2020 e 10% em 2021”, escrevem os analistas.

3. Menor taxa de desconto
Com riscos estruturalmente menores, o risco-país poderia cair entre 0,5% e 1% em comparação com os patamares atuais, convergindo a níveis próximos aos do México, por exemplo. Luketic estima que 1% a menos no custo de capital leve a uma revisão de +12,5%, em média, nos preços alvos.

4. Rotação de ativos domésticos para a bolsa
Apesar do momento de otimismo com a renda variável no Brasil, a alocação de recursos em ações ainda está em 6,9% – abaixo da média de 8,5% e do pico de 14% (sem incluir fundos de pensão). “Com juros mais baixos, vemos potencial de voltarmos a testar o pico de alocação para a bolsa vivido em 2007”, escreve a equipe de research da XP.

5. Entrada de capital estrangeiro
O clima dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil é de otimismo. No entanto, a XP entende que esse movimento de entrada só deva acontecer uma vez aprovada a reforma da Previdência.

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