Ibovespa Futuro tem leve alta e dólar fica estável seguindo exterior e de olho em noticiário sobre Previdência

Confira os destaques do noticiário nesta segunda-feira 

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após nova máxima histórica, superando os 99 mil pontos na última sexta-feira  de olho na reforma da Previdência e comemorando o leilão dos aeroportos, o mercado aponta para nova sessão de ganhos de olho no exterior e também acompanhando o noticiário movimentado sobre as mudanças no sistema previdenciário. 

Às 9h06 (horário de Brasília), o contrato futuro do Ibovespa com vencimento em abril registrava alta de 0,53%, a 99.760 pontos, enquanto o dólar futuro com vencimento no mesmo mês oscilava entre leves perdas e ganhos, registrando leve baixa de 0,04%, a R$ 3,814. A divisa comercial, por sua vez, registrava leve baixa de 0,07%, a R$ 3,8206 na venda. 

Vale destacar que a semana começa com alta para as bolsas mundiais, com o mercado à espera da reunião do Fomc (Federal Open Market Committee), enquanto os papéis de mineradoras sobem após a Justiça proibir a Vale de operar mais uma mina.

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Já no Brasil, os investidores ficarão de olho, além do Fomc, no Copom (Comitê de Política Monetária). A expectativa é de Selic estável no Copom em 6,5% ao ano, mas o mercado fica atento às mensagens do 1º comunicado assinado pelo novo presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. Além disso, atenção para a agenda de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes nos EUA. Isso em meio às notícias de que Guedes aprovou a reforma dos militares mas que, contudo, Bolsonaro não teria recebido a versão do projeto de lei sobre o assunto. 

No mercado de juros futuros, os dados frustrantes do IBC-Br, revisões nas projeções de crescimento pelo Focus levam à baixa dos juros futuros. O IBC-Br em janeiro teve queda de 0,41% na comparação mensal, ante estimativa de queda de 0,2%. Com isso, os contratos futuros com vencimento em janeiro de 2021 tinham queda de 1 ponto-base, a 6,96%, enquanto os com vencimento em janeiro de 2023 tinham baixa de 2 pontos, a 8,04%. 

Vale destacar que esta segunda marca o vencimento de opções sobre ações, o que deve aumentar a volatilidade dos mercados. 

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Confira no que ficar de olho nesta segunda-feira e na semana:

Bolsas mundiais

As bolsas europeias registram uma sessão de leve alta, enquanto os mercados futuros de Wall Street operam perto do zero à espera das reuniões de política monetária. 

Já os mercados asiáticos fecharam em alta generalizada nesta segunda-feira, em meio à especulação de que o Federal Reserve será decididamente “dovish” – favorável à manutenção de estímulos – na reunião de política monetária desta semana.

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A expectativa é a de que o Fed mantenha seus juros básicos no encontro de terça e quarta-feira (19 e 20) e reduza suas projeções para futuros aumentos das taxas, assim como para o crescimento econômico dos EUA, além de planejar a redução do seu balanço patrimonial, que é formado por quase US$ 3,8 trilhões em títulos.

Já os papéis de mineradoras sobem em Londres após a Vale ter nova operação suspensa. As cotações do petróleo, por sua vez, têm leve baixa, mas sustentam o patamar de US$ 58.

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Confira o desempenho do mercado, segundo cotação das 07h58 (horário de Brasília):

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,04%

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,27%

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*Nasdaq Futuro (EUA) +0,05%

*DAX (Alemanha) -0,13%

*FTSE (Reino Unido) +0,66%

*CAC-40 (França) +0,09%

*FTSE MIB (Itália) +0,75%

*Hang Seng (Hong Kong) +1,37% (fechado)

*Xangai (China) +2,47% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,62% (fechado)

*Petróleo WTI -0,15%, a US$ 58,43 o barril

*Petróleo brent -0,22%, a US$ 67,01 o barril

*Bitcoin US$ 4.012 -0,33%
R$ 15.080 -0,28% (nas últimas 24 horas)

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,52%, a 632,50 iuanes (nas últimas 24 horas) 

Bolsonaro e Guedes nos EUA

Em Washington (EUA), o presidente Jair Bolsonaro tem reuniões hoje  com o ex-secretário do Tesouro norte-americano Henry “Hank” Paulson, participa de cerimônia de assinatura de atos e janta com executivos do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos. No final da tarde, participa da cerimônia de assinatura de atos. As atenções estão voltadas para o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos. 

Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, reúne-se com secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, com o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer e participa de mesa redonda com empresário e de painel sobre futuro da economia brasileira.

Amanhã (19) está previsto o encontro de Bolsonaro com o presidente Donald Trump. Haverá uma declaração à imprensa no Rose Garden. Em seguida, ele irá ao cemitério de Arlington.

Bolsonaro deve chegar a Brasília na quarta-feira (20). Em seguida, no dia 21, irá para o Chile onde participa da Cúpula do Prosur, grupo que se destina a implementar medidas de interesse dos países da América do Sul.

Reforma da Previdência

Os integrantes da equipe econômica do governo se reuniram neste sábado com membros das Forças Armadas para afinar o projeto que altera a previdências dos militares. A intenção do governo é que a proposta seja apresentada na quarta ao Congresso.

Segundo o Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, a equipe econômica ainda analisa algumas ponderações feitas pelos militares. “Eles alertam, o que é legítimo, que é preciso se pensar daqui para a frente na reestruturação das carreiras militares como nos últimos anos se fez com as carreiras civis”, afirmou. Ele cita disparidades salariais e benefícios que não constam nas carreiras militares.

Contudo, Bolsonaro informou neste domingo que não recebeu ainda a versão do projeto de lei que trata da previdência dos militares. Em sua conta no Facebook, ele disse ainda que, “possíveis benefícios, ou sacrifícios, serão divididos entre todos, sem distinção de postos ou graduações”.  

Vale ressaltar que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou neste sábado, após almoço com presidentes dos três Poderes, que quer começar a votar a reforma da Previdência no plenário até o final de maio.

Agenda da semana

A semana conta com a primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) sob o comando de Roberto Campos Neto. O mercado espera que a Selic se mantenha no atual nível de 6,50%, mas há uma grande expectativa pelo comunicado pós-reunião e a avaliação do balanço de riscos, já que começa a crescer no mercado projeções de um novo ciclo de corte dos juros no País.

No exterior, mais uma vez o Brexit será o centro das atenções. Após os parlamentares britânicos aprovarem na semana passada um pedido de extensão do prazo do dia 29 de março para a saída definitiva do Reino Unido da União Europeia, nesta terça-feira (19) a primeira-ministra Theresa May deve colocar em votação pela terceira vez o seu acordo.

Além de precisar justificar a prorrogação do prazo e ter que esperar uma aprovação por parte da UE, o governo britânico corre contra o tempo para tentar realizar o Brexit. A cada dia que passa o cenário se torna mais incerto e confuso, contando, inclusive, com um aumento dos rumores para a realização de um segundo referendo, algo que ainda está longe de acontecer.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, atenção para a reunião do Fomc, que além da decisão de juros contará com a divulgação das novas projeções e com o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell. O mercado acompanha de perto as sinalizações da autoridade para tentar antecipar para onde vai os juros conforme aumentam os boatos de que o Fed terá de cortar as taxas até o fim deste ano.

Clique aqui e confira a agenda completa de indicadores e resultados.

Noticiário corporativo

A Vale informou na sexta-feira a decisão da Justiça de proibir o uso da barragem e operar a mina de Timbopeba. No BB, o ministério da Economia indicOU Luiz Fernando Figueiredo para o Conselho do banco estatal. 

A Tenda aprovou a emissão de R$ 150 milhões em debêntures, enquanto a Dommo informou que a sua produção mensal em fevereiro foi de 166.465 barris. 

Nelson Tanure negocia sua entrada no capital da Gafisa, segundo o Valor. Já a 
Hermes Pardini soltou resultado, registrando um lucro líquido de R$ 26,5 milhões no quarto trimestre. 

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.