Ibovespa Futuro sobe seguindo alívio externo com China e EUA e de olho em Copom; dólar cai

Já entre as commodities, o petróleo tem 2ª alta seguida, enquanto metais têm desempenho misto 

Lara Rizério

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro acompanha a sessão de alívio externo, com o contrato futuro do índice de vencimento em dezembro avançando 0,57% às 9h01 (horário de Brasília), a 87.100 pontos, enquanto o contrato de dólar futuro com vencimento em janeiro de 2019 registra leve queda de 0,29%, a R$ 3,895. Vale destacar que esta quarta-feira (12) marca o vencimento de opções sobre o índice futuro, o que pode ajudar a elevar a volatilidade no pregão. 

O anúncio da China de corte das tarifas de importação para automóveis dos EUA de 40% para 15%, a libertação da CFO da Huawei, Meng Wanzhou, sob fiança e a declaração de Trump de que intervira no caso Huawei se necessário, trouxeram esperança de um acordo comercial entre EUA e China, dando suporte às principais bolsas mundiais.

Enquanto isso, na Europa, a libra se fortalece com o apoio de ministros à premiê britânica Theresa May, que deve enfrentar um voto de confiança nesta quarta-feira em meio à turbulência envolvendo o Brexit no Reino Unido. 

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Já entre as commodities, o petróleo tem 2ª alta seguida com otimismo sobre estoques e alívio em tensões comerciais, enquanto metais têm desempenho misto em Londres e leve alta na China. 

Agenda de indicadores

Os EUA têm como destaque na agenda econômica os dados de preços ao consumidor de novembro às 11h30, com estimativa de desaceleração mensal para 0%. 

Já no Brasil, atenção para a última decisão do ano do Copom (Comitê de Política Monetária) às 18h20, com expectativa de manutenção da Selic em 6,5% ao ano. A expectativa é por uma reavaliação dos riscos externos e diminuição das projeções para a inflação. 

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O BC ainda oferta até 13.830 contratos de swap cambial para rolagem de contratos de janeiro, das 11h30 às 11h40, com resultado a partir das 11h50 e divulga o fluxo cambial semanal às 12h30. Esta quarta-feira também marca o vencimento de opções sobre o Ibovespa.

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Reformas no radar

Conforme já esperado, o futuro ministro da Economia Paulo Guedes indicou o economista e deputado federal não reeleito Rogério Marinho para a Secretaria da Previdência e Leonardo Rolim, consultor de orçamento da Câmara e especialista em Previdência, como secretário adjunto. 

Marinho é filiado ao PSDB e foi relator da reforma trabalhista, podendo ajudar Guedes a negociar a Reforma da Previdência no Congresso. Marinho afirmou que quer aprovar a reforma ainda no primeiro semestre de 2019.

Já o Globo informa que a equipe de transição estuda amplo plano de revisão de impostos, incluindo aumento da alíquota da Previdência de servidores e militares. Os técnicos avaliam que arrocho fiscal que precisa ser implementado requer cortes de gastos e ajustes do lado das receitas, embora Jair Bolsonaro tenha assumido compromisso de não aumentar impostos. 

No campo econômico, a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou na última terça o relatório da reforma tributária. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 293/04 extingue nove tributos federais (ISS, ICMS, IPI, PIS, Cofins, Cide, salário-educação, IOF e Pasep), o ICMS estadual e o ISS municipal. Em substituição a esses impostos, serão criados dois novos tributos: o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo, um imposto sobre bens e serviços específicos, de competência federal.

Noticiário corporativo

Mais uma vez, atenção para a cessão onerosa. O tema será tratado hoje em reunião extraordinária do TCU. Segundo a área técnica do tribunal, o aval da Corte é suficiente para que o governo realize o megaleilão da reserva excedente do contrato de cessão onerosa firmado com a Petrobras. 

Também entre as blue chips, a Vale assinou acordo com a Hankoe FIP para adquirir por US$ 500 milhões a New Steel, que desenvolve tecnologias de beneficiamento de minério de ferro. 

Já a Alpargatas fechou parceria para criar joint venture na Índia. Alpargatas Índia desenvolverá o negócio de “Havaianas” na Índia e será detida pela Alpargatas e Shoezone Lifestyle, uma sociedade controlada da Periwinkle. 

Entre outros destaques, a Sanepar aprovou investimentos de R$ 7,12 bilhões para o período de 2019 a 2023, o Cade aprovou a compra de fatia da Intesa pela Equatorial, a CVM negou o pedido para alterar a data da assembleia da IMC de 13 de dezembro e a Unidas  aprovou o programa de ADRs nível 1. O mercado também seguirá de olho nos desdobramentos do pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil, que fizeram os papéis da Gol e Azul dispararem na véspera com a análise de menor concorrência para o setor aéreo (veja mais clicando aqui). 

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(Com Agência Brasil, Agência Estado e Bloomberg)

 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.