Ibovespa vira para alta com desfecho da Opep e dados dos EUA; Petrobras sobe 3%

Os membros da Opep e países aliados, liderados pela Rússia, decidiram cortar em 1,2 milhão de barris por dia a produção do petróleo

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Após abrir em queda contaminado pelo mau humor externo, o mercado doméstico reage com otimismo aos dados de emprego dos Estados Unidos mais fracos que o esperado e ao desfecho positivo da reunião da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) sobem mais de 3%, acompanhando a disparada do petróleo.

Às 11h56 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,66%, aos 89.432 pontos, após ter chegado na mínima de 88.295 pontos durante a manhã. O contrato de dólar futuro com vencimento em janeiro de 2019 tinha alta de 0,12%, cotado a R$ 3,887, e o dólar comercial subia 0,31%, para R$ 3,887 na venda, após alta de mais de 1%.

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A economia dos Estados Unidos gerou 155 mil postos de trabalho em novembro, segundo relatório de emprego (conhecido como Payroll). O resultado veio abaixo da estimativa do mercado de criação de 198 mil vagas de trabalho no mês passado, segundo mediana do levantamento da Bloomberg. No mês de outubro foram criadas 237 mil novas vagas ante o valor preliminar de 250 mil. 

O Departamento de Trabalho dos EUA informou também que a taxa de desemprego norte-americana ficou em 3,7%, em linha com a expectativa de estabilidade neste patamar, segundo analistas do mercado consultados pela Bloomberg. Os ganhos médios por hora subiram 0,2%, ante estimativa de crescimento de 0,3%.

Por aqui, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve deflação de 0,21%, abaixo do esperado pelo mercado e no menor patamar para um mês de novembro desde o início do Plano Real. Em 12 meses, a inflação foi de 4,05%. O mercado esperava deflação de 0,09% no mês e inflação de 4,17% no acumulado dos últimos 12 meses, aponta a mediana da pesquisa da Bloomberg.

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Diante do IPCA abaixo do esperado e a melhora do ambiente de investimentos após a Opep e os dados dos EUA, os juros futuros ampliaram as quedas. O contrato com vencimento em janeiro de 2019 ficava estável em 6,404%, o contrato para janeiro de 2021 recuava 15 pontos-base, para 7,76%, e o contrato para janeiro de 2023 caía 12 pontos-base, a 9,01%.

No exterior, as altas das ações de tecnologia dão suporte à recuperação dos índices na Europa. Os futuros em Wall Street apontavam para abertura em queda, mas passaram a operar perto da estabilidade após a divulgação do relatório de emprego norte-americano. 

Os preços do petróleo, que operavam em queda, passaram a subir mais de 2% após a Opep chegar a um acordo sobre o corte na produção da commodity como forma de conter a desvalorização da cotação. Os membros da Opep e países aliados, liderados pela Rússia, decidiram cortar em 1,2 milhão de barris por dia a produção do petróleo. 

Conexão Brasília

O Conexão Brasília desta semana entrevista Leopoldo Vieira, analista político da consultoria Idealpolitik. Na pauta, os encontros do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com as lideranças e bancadas partidárias e as sinalizações de prioridade de pauta. O futuro dos 14 partidos políticos atingidos pela cláusula de barreira também será tema do bate-papo. O programa é transmitido ao vivo, a partir das 14h45 (horário de Brasília), pela IMTV e página do InfoMoney no Facebook

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Noticiário político 

O governo Michel Temer deixará como herança a Jair Bolsonaro pelo menos R$ 335,6 bilhões de investimentos já engatilhados, fruto de privatizações e concessões realizadas nos últimos anos, e outros R$ 195 bilhões em projetos em fase de preparação. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. 

Do lado de Bolsonaro, a atuação intensa de seus filhos preocupa integrantes da equipe do presidente eleito, informa a colunista da Folha, Mônica Bergamo. O vereador Carlos Bolsonaro, do Rio, é o que mais causa apreensão, desde a campanha eleitoral.

O parlamentar é considerado o mais tempestuoso dos três filhos de Bolsonaro que seguiram carreira política. E o mais propenso a gerar crises, ainda que permaneça distante do núcleo do futuro governo. Carlos Bolsonaro já se desentendeu com o futuro secretário-geral da Presidência, Gustavo Bebianno
e acaba de comprar briga com um dos parlamentares eleitos mais próximos do futuro presidente, Julian Lemos (PSL-PB).

Na equipe econômica de Bolsonaro, o time liderado por Paulo Guedes diverge sobre o uso de proposta da reforma da Previdência que já tramita na Câmara, especialmente pela criação de uma idade mínima de aposentadoria. Técnicos insistem que o melhor caminho é apresentar uma nova proposta, destaca reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.