Ibovespa Futuro segue mercado internacional e sobe cerca de 1% com petróleo

A sessão é de expressiva alta para os índices futuros americanos e para os mercados europeus, em um movimento de recuperação após a forte queda na sexta-feira em meio à derrocada de mais de 7% do petróleo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após registrar uma semana de queda expressiva (2,58%) de olho na forte queda das commodities e com liquidez mais fraca por conta de feriados na B3 e em Wall Street, o mercado brasileiro inicia a semana em ritmo de recuperação, de olho no exterior.

Às 09h06 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa futuro com vencimento em dezembro registrava alta de 1,12%, a 87.300 pontos em meio à recuperação do petróleo; por outro lado, o dólar futuro tinha leve queda de 0,08%. a R$ 3,826. 

A sessão é de expressiva alta para os índices futuros americanos e para os mercados europeus, em um movimento de recuperação após a forte queda na sexta-feira em meio à derrocada de mais de 7% do petróleo. A commodity também registra leve recuperação nesta data depois da derrocada com produção recorde da Arábia Saudita elevando receios de excesso de oferta e com o presidente dos EUA, Donald Trump, seguindo na defesa de preços menores.

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A questão do petróleo, assim como guerra comercial entre EUA e China, poderá ser debatidas no encontro do G-20 nesta semana em Buenos Aires. Espera-se que os líderes das duas maiores economias do mundo deem alguma sinalização no sentido de superar suas divergências comerciais, fator que tem pressionado os mercados globais nos últimos meses. A Opep se reúne no início de dezembro; a ata do Fomc e fala de Jerome Powell, após mercado de títulos reduzir apostas em alta dos juros, também podem mover mercados na semana.

Na Europa, os líderes dos 27 países remanescentes na União Europeia aprovaram neste domingo (25) o acordo para a saída do Reino Unido do bloco, que será efetivada no próximo dia 29 de março de 2019.

Voltando ao mercado de commodities, o minério de ferro chegou a cair mais de 6% no mercado futuro de Cingapura com a queda da lucratividade das usinas chinesas; o dia é de recuo para os metais também em Londres.

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Voltando ao Brasil, a sessão é de queda para os principais contratos de juros futuros, o com vencimento em janeiro de 2021 tem leve queda de 0,02 ponto percentual, a 7,84%, enquanto o com vencimento em 2023 tem baixa de 0,03 ponto percentual, a 8,99%. De acordo com a pesquisa Focus, a estimativa de instituições financeiras para a inflação este ano caiu pela quinta vez seguida. Segundo o levantamento feito com agentes do mercado financeiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) deve ficar em 3,94%. Na semana passada, a projeção estava em 4,13%.

Agenda econômica doméstica

Em destaque no cenário interno na semana, está a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre na sexta-feira (30). Os analistas da Rosenberg Associados esperam crescimento de 0,7%, mostrando maior força em relação ao trimestre anterior, dada a base de comparação afetada pela paralisação dos caminhoneiros.

Também serão conhecidos os dados fiscais referentes a outubro. O governo central divulga seus números na quinta-feira (29) e o dado consolidado sai na sexta-feira. O mês sazonalmente registra resultados fiscais positivos: no ano passado, o superávit registrado foi de R$ 5,3 bilhões, em termos reais.

A Rosenberg projeta superávit de R$ 6,8 bilhões do governo central e o resultado fiscal consolidado (calculado pelo Banco Central) deve registrar superávit de R$ 7,5 bilhões. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

Agenda econômica externa

No exterior, declarações do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, sobre os rumos da política monetária dos Estados Unidos no curto prazo, na quarta-feira (28) e a divulgação da ata do Fomc (Federal Open Market Committee), na quinta-feira (29).

Além disso, serão divulgados na quinta dados de gastos do consumidor nos EUA com relação ao mês de outubro, que são um importante indicador sobre o ritmo de crescimento da economia americana.

Noticiário político

A formação da equipe do governo de Jair Bolsonaro e novos sinais sobre reformas também continuarão no radar. Na sexta-feira (23), rumores sobre o possível ministro de Minas e Energia na gestão de Bolsonaro (PSL) mexeu com as ações da Eletrobras. Vale destacar ainda que uma nova tentativa de votar a cessão onerosa pode ser feita esta semana.

Sobre a formação da equipe, o Valor Econômico informa que mais formados em Chicago podem integrar o time de Paulo Guedes; jornal cita Roberto Fendt, que poderá ser indicado pelo Brasil para presidir o banco dos Brics, e o ex-BC Carlos Langoni.

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Já a Folha ressalta que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), postulante à reeleição, prometeu  independência de Bolsonaro e acalma siglas do centrão. O jornal também destaca que está se consolidando a frente parlamentar de esquerda sem o PT. O grupo se inclina a apoiar a candidatura de Maia para a presidência da Casa.

Noticiário corporativo

Em destaque no radar corporativo, a construtora do grupo Odebrecht planeja anunciar nesta segunda- feira início de um processo de reestruturação extra-judicial de sua dívida de US$ 3 bilhões, de acordo com a Bloomberg. Já o Valor informa que o vencimento de dívida da Eletrobras de US$ 1 bilhão preocupa o novo governo.

Na BRF, a companhia tenta convencer ex- executivos a colaborar em acordo de leniência, informa o Estadão. Por fim, no radar de recomendações, a Petrobras ainda foi elevada a ’outperform’ pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 32.

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.