Ibovespa Futuro tem leve queda com menor vantagem de Bolsonaro no Ibope e de olho em balanços

A temporada de resultados começa com um nome de peso, com a Vale reportando seus números após o fechamento do mercado

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – A aversão ao risco global, que pausou o rali das eleições por aqui na véspera, é atenuada nesta quarta-feira (24), mas a queda na vantagem de Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT) deixa o mercado doméstico ligeiramente menos animado com a corrida eleitoral. 

Às 9h10 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro recuava 0,26%, a 86.025 pontos. O contrato de dólar futuro com vencimento em novembro tinha alta de 0,26%, cotado a R$ 3,704.

Segundo o Ibope, o deputado oscilou de 59% para 57%, enquanto o candidato petista saiu de 41% e agora tem 43% dos votos válidos. A maior variação ocorreu na rejeição; a de Bolsonaro subiu de 35% para 40% e empatou com a de Haddad, que caiu de 47% para 41%. Veja a pesquisa completa aqui.

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Os investidores ainda voltam sua atenção para o início da temporada de resultados relativos ao terceiro trimestre. O período começa com um nome de peso, com a Vale reportando seus números após o fechamento do mercado.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura

Bolsas mundiais

Na Europa, as bolsas operam em alta puxada por balanços corporativos com números melhores que os esperados após uma sucessão de dias marcados pela devolução de ganhos. Os índices futuros em Wall Street apontam para uma abertura em alta, também movida pelo otimismo com os resultados trimestrais. 

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O preço do petróleo do tipo brent cai até US$ 75, no menor patamar desde agosto, diante das preocupações com a queda na demanda pela commodity e às vésperas das sanções que serão impostas pelos Estados Unidos ao Irã a partir de 4 de novembro.

Agenda econômica

A agenda doméstica é fraca nesta quarta-feira. Às 10h30 (de Brasília), serão divulgados os dados fiscais de setembro. A projeção é de uma arrecadação de R$ 108,6 milhões em setembro, o que corresponde a um crescimento real acumulado no ano de 6%.

Nos Estados Unidos, atenção especial para o Livro Bege, às 15h (de Brasília), que deve trazer mais detalhes sobre a visão dos membros do Federal Reserve sobre a alta de juros nos país, o que tem sido alvo de duras críticas do presidente Donald Trump, que diz que este é o motivo para o atual momento de queda do mercado norte-americano.

Para conferir a agenda completa de indicadores e resultados, clique aqui.

Noticiário político

Os sinais emitidos pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que deixará o cargo com o fim do mandato de Michel Temer, preocuparam a equipe econômica de Bolsonaro, segundo a Folha de S. Paulo. O nome dele era o único cogitado para a função. A campanha do candidato trabalha em um mapa de governo com apenas 15 ministérios, mas até agora a única certeza é a de que as pastas de Planejamento, Fazenda e Indústria vão virar um só, que deve ser liderada por seu guru Paulo Guedes. 

O economista já tem feito movimentos de aproximação de outros grandes nomes do mercado, como Mansueto Almeida, atual secretário do Tesouro, e de Marcos Mendes, secretário especial do Ministério da Fazenda, informa a Folha. 

Apesar da busca por nomes reconhecidos pelo mercado por sua competência para a equipe econômica, reportagem da Folha aponta que a proposta de reforma tributária de Bolsonaro provocará um rombo anual de R$ 27 bilhões. No entanto, Marcos Cintra, economista que trabalha na proposta, afirma que o modelo final evitará perdas aos cofres públicos. 

No campo internacional, Bolsonaro estaria estudando uma nova relação com os Estados Unidos. Aliados do candidato acreditam em uma semelhança de perfis do militar reformado e de Donald Trump e que isso permitiria uma “química” favorável à agenda bilateral, informa o jornal Valor Econômico. 

Noticiário corporativo

O início da temporada de balanços do terceiro trimestre terá os números Localiza, Vale e Via Varejo, após o fechamento do mercado. 

A Fibria reportou lucro líquido de R$ 1,13 bilhão, ebitda ajustado de R$ 3,27 bilhões, acima da estimativa de R$ 2,94 bilhões, e receita líquida de R$ 5,84 bilhões no terceiro trimestre. A Weg reportou lucro líquido acima das expectativas, de R$ 381,4 milhões e ebitda de R$ 489 milhões.

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) rejeitou as alegações da Eletrosul e da Eletronorte, subsidiárias da Eletrobras, sobre o descumprimento dos prazos para entregas de linhas de transmissão – que já deveriam estar em operação.

João Doria (PSDB), que liderou último Ibope com 6 pontos à frente de Márcio França (PSB) na corrida pelo governo de São Paulo, disse que a Sabesp pode ofertar ações em Nova York e deve se expandir para novas áreas, incluindo tratamento de lixo. 

Segundo o Valor Econômico, Bolsonaro deve mudar comando de estatais, inclusive da Petrobras.

Um grupo de minoritários da Gol está se unindo para se posicionar contra o plano de migração da companhia aérea para o Novo Mercado, segundo a coluna do Broadcast do Estadão. De acordo com eles, se a intenção da companhia for para frente, eles não terão direitos políticos diretamente na empresa operacional.

A Biosev está analisando uma potencial alternativa estratégica envolvendo a usina Giasa, localizada no município de Pedras de Fogo, na Paraíba. Até o momento, porém, não há nenhuma aprovação societária ou documento vinculante de alienação a este respeito. As ações da companhia subiram 10,79% no último pregão; no mês já sobem 114,04%.