Via Varejo afunda com dificuldade reiterada para venda da companhia; Petrobras e Eletrobras caem após euforia com Bolsonaro

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após duas sessões de expressiva alta na esteira do crescimento do crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas eleitorais, o Ibovespa registra uma sessão de baixa em meio à alta do rendimento dos títulos norte-americanos, queda do petróleo afetando a Petrobras (PETR3;PETR4), além de um movimento de realização após uma pesquisa Ibope “morna” e mostrando dificuldades para o nome do PSL ganhar no primeiro turno. Com isso, além da estatal de petróleo, a Eletrobras (ELET3;ELET6) registra um movimento de expressiva queda. 

Entre os destaques de queda, atenção para a Via Varejo (VVAR11), que cai em meio às notícias reiterados sobre dificuldade de venda da companhia. Confira os destaques do radar corporativo desta quinta-feira (4):

Petrobras (PETR3; PETR4)

A Petrobras sugeriu que a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) reveja a sua posição sobre a proposta da agência de aumentar a transparência dos preços dos combustíveis.

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Segundo a companhia, as regras propostas trariam “elevada insegurança jurídica, redução da atratividade dos negócios do setor e desestímulo à concorrência”. A estatal também se colocou contra os critérios que podem ser estipulados pela a ANP para a publicação dos preços, alegando que os agentes econômicos detém legítimo direito de preservar o sigilo de suas informações concorrencialmente sensíveis.

A consulta busca subsídios e informações adicionais sobre a minuta de resolução que dispõe sobre a obrigatoriedade de apresentar dados de preços relativos à comercialização de derivados de petróleo, gás natural e biocombustíveis. A nova resolução deverá ser publicada em dois meses, de acordo com previsões da ANP.

Pão de Açúcar (PCAR4) e Via Varejo (VVAR11)

O grupo francês Casino está avaliando todas as opções possíveis de venda de ativos para reduzir a sua dívida. De acordo com o jornal Valor Econômico, a companhia só não aceita vender a operação francesa, o que abre espaço para uma possível negociação envolvendo o Grupo Pão de Açúcar.

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O Casino, que está com um alto nível de endividamento, tem enfrentado pressões nas últimas semanas após a Moody’s colocar seu rating em perspectiva negativa. A S&P também rebaixou a nota da empresa, em setembro. No Brasil, o Casino é controlador indireto da Via Varejo (VVAR11), formada pelas redes Casas Bahia e Ponto Frio. A participação do GPA na Via Varejo foi colocada à venda há quase dois anos, mas não houve avanços.

JBS (JBSS3)

A unidade da JBS no Arizona, nos EUA, está fazendo um recall de mais de 3,2 mil toneladas de bifes por possível contaminação com salmonela.

De acordo com o departamento de agricultura norte-americano, as carnes foram embaladas entre 26 de julho e 7 de setembro e pertencem aos lotes inscritos “EST.267”. Os produtos foram distribuídos pelo país. Veja mais aqui. 

Braskem (BRKM5)

A Braskem anunciou um novo aumento para os preços de polietileno (PE) e polipropileno (PP) com aplicação neste mês. Os reajustes vão de 5% a 10% ou R$ 300 para a tonelada de PE e R$ 600 por tonelada no PP.

Os aumentos têm ocorrido praticamente todos os meses neste ano por conta da valorização do dólar e do avanço dos preços do petróleo. De acordo com a Braskem, a medida “mantém sua prática de alinhamento de preços no mercado doméstico aos preços praticados no mercado internacional”.

Banco Inter (BIDI4)

O Banco Inter divulgou nesta quinta-feira a prévia de seus resultados operacionais do 3º trimestre de 2018. Em setembro, o banco superou a marca dos 1 milhão de correntistas e abriu mais de 6 mil contas por dia ao longo do mês.

Além disso, no último trimestre a instituição financeira ultrapassou a marca de 85 mil investidores, contribuindo para a redução do custo de funding, e lançou dois novos serviços: câmbio digital e poupança, o último com 18 mil clientes com saldo aplicado em 45 dias desde o lançamento.

B3 (B3SA3)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou na última quarta-feira (3) um acordo com a B3, que pagará R$ 9,44 milhões em troca da suspensão de um inquérito contra ela pela suposta imposição de barreiras à concorrência.

Segundo a ATS Brasil, a B3 estaria criando barreiras à entrada de concorrentes no mercado, impedindo o acesso às fontes de equipamentos ou tecnologia e canais de distribuição, e também, recusando oferecer o serviço de compensação e liquidação de ativos.

Na homologação do Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o Cade, a B3 prometeu durante cinco anos garantir às interessadas a chance de optar pelo modelo em que serviços sejam cobrados diretamente das infraestruturas que pedirem a movimentação de ativos e não do usuário final, até a conclusão da arbitragem.

Além disso, a B3 terá que oferecer serviços de compensação e liquidação, na condição de contraparte central, de operações do mercado à vista de ações referentes a negócios feitos em concorrentes, em condições não discriminatórias.

BR Distribuidora (BRDT3); Cosan (CSAN3)

O Cade instaurou um processo administrativo para apurar supostas práticas anticompetitivas por parte da Raízen Combustíveis (joint venture entre a Cosan e a Shell), Air BP, BR Distribuidora e da administradora do aeroporto de Guarulhos (SP).

Segundo o parecer, as três empresas, que compartilham uma base de distribuição no aeroporto de Guarulhos, teriam assinado contrato com a GRU Airport o qual prevê, em uma das cláusulas, que a entrada de outra empresa nessa base dependeria da anuência das participantes. O dispositivo foi investigado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a qual concluiu que ele infringia contrato de concessão da administradora com a União.

Após o início das investigações na SG/Cade, as distribuidoras concordaram em avaliar a entrada da Gran Petro na base de distribuição do aeroporto de Guarulhos, mas impuseram uma série de exigências e dificuldades que podem configurar condutas anticompetitivas.

Ainda de acordo com o Cade, as condutas praticadas pelas distribuidoras e pela administradora do aeroporto de Guarulhos teriam afetado o mercado de querosene de aviação, aumentando artificialmente as barreiras à entrada de rivais e, consequentemente, prejudicando a concorrência.

Klabin (KLBN4)

A Klabin está negociando com os controladores o fim do pagamento de royalties pelo uso da marca. A Klabin Irmãos & Cia.,  holding controladora do Grupo Klabin, é dona de 47,5% das ações ON e recebeu R$ 37,3 milhões pela licença de uso da marca, enquanto R$ 13,6 milhões foram pagos a outras partes. De acordo com o Valor Econômico, o tema é visto com ressalvas pelo mercado e está incluso no preço das units da empresa.

BR Properties (BRPR3)

O Itaú BBA elevou a recomendação de BR Properties para Market Perform (performance em linha com o mercado) após ter rebaixado a empresa para Underperform em agosto. De acordo com os analistas, a empresa está sendo negociada a um desconto em relação aos seus pares e está em um ponto “decente” de entrada. “Nós acreditamos que o preço atual já incorpora um cenário mais conservador”, escrevem.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.