Eletrobras cai 4%, Vale supera os R$ 58 e Gradiente tem nova disparada; confira mais destaques

Confira os destaques do mercado na sessão desta quarta-feira (19)

Lara Rizério

(Divulgação/Eletrobras)

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SÃO PAULO – Após três sessões de expressivos ganhos, o Ibovespa registra uma sessão de perdas, com o mercado digerindo a última pesquisa Ibope que mostrou uma maior força de Jair Bolsonaro (PSL), mas também de Fernando Haddad (PT), o que torna o cenário ainda de bastante indefinição para a disputa eleitoral. Com isso, Petrobras registra leves perdas, enquanto Eletrobras (ELET3;ELET6) registra quedas mais expressivas. Confira os destaques deste pregão: 

 

Petrobras (PETR3)

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou na última terça-feira (18) o primeiro ressarcimento à Petrobras de descontos dados ao preço do diesel dentro do programa de subvenção criado pelo governo federal para encerrar a greve dos caminhoneiros.

De acordo com a Reuters, a Petrobras receberá R$ 871,4 milhões, referentes apenas ao primeiro período. A expectativa é de que a empresa receba o total de R$ 2,5 bilhões.

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“A notícia é positiva e estimamos que a empresa ainda tem que receber R$ 2,5 bilhões, valores que podem ser maiores à medida que importadores independentes deixem o mercado”, destaca a XP Research. 

Vale (VALE3)

As ações da Vale sobem em meio à alta do minério de ferro e chegam a R$ 58,00.

Vale destacar que uma “nova era do minério de ferro” pode ser traduzida em resultados surpreendentes para a Vale no futuro próximo, de acordo com analistas e gestores com cobertura do setor ouvidos pela InfoMoney. Com este cenário pela frente, junto a um “momento raro” dos negócios, a mineradora tem tudo para ser uma boa pedida para compor carteiras de investimentos focadas no pagamento de dividendos. Confira a matéria completa clicando aqui. 

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Embraer (EMBR3)

A Embraer entrou na fase de finalização na linha de montagem na unidade de Gavião Peixoto (SP) e vai entregar pelo menos três de seus aviões militares KC-390 à FAB (Força Aérea Brasileira) no próximo ano. Ao todo, 28 aeronaves da Embraer foram encomendadas pela FAB, que reservou um orçamento de R$ 750 milhões para 2019 para a aquisição dos aviões.

O novo cargueiro faz parte dos projetos prioritários da área de defesa em parceria com a Embraer e deve ser apresentado pela FAB em outubro. Até lá, é esperado que o avião receba o certificado de tipo da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).

Cielo (CIEL3)

A Cielo apresentou na última terça-feira (18) dois novos produtos: a solução de pagamentos QR Code Pay e o terminal Lio+, este último voltado para PMEs e para o pequeno empreendedor.

Em relatório, a equipe de Research da XP afirma que vê os lançamentos como positivos, mas que após os resultados do segundo trimestre deste ano preferem “aguardar maiores sinais de recuperação para avaliar uma mudança na visão”. A XP mantém a recomendação Neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 19,00/ação.

Leia Mais: Cielo lança dispositivo “2 em 1” que transforma celular em maquininha

Para os analistas do Itaú BBA, as iniciativas parecem positivas para Cielo, mas não são o suficiente para fazê-los mudar a recomendação neutra. “Apesar de qualquer potencial de alta que possa vir com essas inovações, nós continuamos vendo a companhia em um ambiente cada vez mais competitivo, passando por um momento de dificuldade de ganhos – o que em que nossa visão, irá prevenir um bom desempenho da empresa nos próximos meses”.

Eletropaulo (ELPL3)

A Eletropaulo informou ontem que concluiu o aumento de capital de R$ 1,5 bilhão planejado pela empresa. O conselho de administração se reunirá para homologação. Como resultado, a Enel, controladora da companhia, passará a deter 94,4% do seu capital total e votante.

Taesa (TAEE11)

A Taesa obteve uma licença prévia concedida pelo Instituto Ambiental do Paraná para seguir com o projeto em parceria com a Cteep, de lote de transmissão adquirido pela empresa em leilão em 2017.

O empreendimento inclui uma linha de transmissão de 600 km e três subestações no estado do Paraná, com investimento previsto de R$ 1.94 bilhões. O prazo estipulado pela Aneel para energização de ERB1 é agosto de 2022.

IMC (MEAL3)

Após a suspensão das negociações para uma fusão com a IMC (International Meal Company Alimentação), dona das redes Viena e Frango Assado, a companhia de refeições Sapore está em busca de outras formas de manter o plano de pé.

De acordo com o Valor Econômico, a Sapore e a Kinea, braço de investimentos alternativos do Itaú, estão analisando fazer uma oferta pública de ações (OPA) para comprar 100% das ações da IMC, por R$ 8,50/ação e fechar seu capital. Outra opção seria uma OPA por 50% das ações – o que não implicaria no fechamento de capital da IMC. Ao jornal, o controlador da Sapore, Daniel Mondez, afirmou que não desistiu do negócio, mas negou que existam discussões com o fundo de investimentos nesse sentido.

Já na manhã desta quarta-feira (19), a IMC convocou uma assembleia geral extraordinária (AGE) para o dia 4 de outubro. De acordo com o edital, será discutido a redução de capital no valor de R$ 100 milhões, “por ser considerado excessivo”, mediante a restituição de capital aos acionistas e sem cancelamento de ações representativas do capital social da companhia.

Kroton (KROT3); Somos (SEDU3)

O Cade deve aprovar a aquisição da Somos Educação pela Kroton. Com a aquisição, a Kroton deve assumir a Somos já no próximo mês. A transação é estimada em R$ 6,3 milhões, sendo que R$ 4,5 bilhões serão destinados para pagar a Tarpon, gestora de private equity que detém 74% da Somos.

Segundo o Valor, nas próximas semanas a Tarpon deve convocar uma assembleia geral extraordinária para informar a aprovação do Cade e nomear conselheiros que substituirão os atuais representantes da asset. Esses conselheiros devem ficar na empresa até o fechamento de capital da Somos, previsto para os primeiros meses de 2019.

Gradiente (IGBR3)

As ações da Gradiente têm nova disparada pelo terceiro dia seguido – o papel subiu 176% ontem. No radar da empresa está a notícia de que deve ser julgado até outubro no STJ (Supremo Tribunal de Justiça) o recurso da Gradiente contra a Apple, conforme informação de Lauro Jardim, no O Globo. As empresas mantêm uma disputa judicial que se arrasta há seis anos sobre quem tem o direito de usar a marca iPhone no Brasil. 

Hoje em recuperação judicial, a Gradiente pediu o registro no INPI do nome Iphone (com “i” maiúsculo) em 2000 e o obteve em 2008. No ano anterior, o iPhone (com “i” minúsculo) havia sido lançado nos Estados Unidos pela Apple. Em 2012, a Gradiente lançou um smartphone com o nome, G Gradiente iPhone, e a empresa fundada por Steve Jobs a acionou na Justiça.

Vale lembrar que em 2013 as ações também dispararam após a Gradiente lançar sua nova versão do iPhone, o modelo C600.  “A Apple não pode usar a marca e, caso use, é indevidamente. Por isso, estamos brigando na Justiça”, disse a empresa na ocasião.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.