Fechamento de capital da Multiplus, acordo entre Itaú e Ticket, notícias de Petrobras e mais destaques

Confira os destaques corporativos desta quarta-feira 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quarta-feira está movimentado. Em destaque, a Latam pretende fechar o capital da Multiplus. Enquanto isso, a tabela com os preços reajustados dos fretes foi publicada nesta quarta-feira (5) e, segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, os reajustes se basearam na variação de 13% no preço do diesel na refinaria, gerando média de aumento de 3%. Ainda sobre os desdobramentos da greve dos caminhoneiros, a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que concede o subsídio ao óleo diesel rodoviário.

Nas commodities, o preço do petróleo do tipo Brent recua para o patamar de US$ 77 com o enfraquecimento da tempestade tropical Gordon que chega à costa do Golfo do México, reduzindo sua ameaça à produção local. 

Confira os destaques corporativos desta quarta-feira (5):

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Multiplus (MPLU3)

A Latam decidiu não renovar o contrato com a operadora de programas de fidelidade Multiplus e fechar o capital da empresa. O contrato entre a Tam, subsidiária integral da Latam, e a Multiplus está em vigor desde 1º de janeiro de 2010 – o acordo era exclusivo de 15 anos e não deve ser renovado após 31 de dezembro de 2024. A companhia detém indiretamente uma participação de cerca 73% na Multiplus, sendo que o restante é negociado no Novo Mercado B3 no Brasil desde seu IPO. 

Segundo a Latam, o preço de compra pretendido é de R$ 27,22 por ação, equivalente ao preço médio ponderado nos últimos 90 pregões e ajustado por dividendos, com prêmio de 11,6% sobre o preço de fechamento da última terça-feira (4), de R$ 24,40. Isso implica um valor total aproximado de R$ 1,2 bilhão (aproximadamente US$ 289 milhões) para a aquisição das ações negociadas no free float, de 27,3% da Multiplus. 

“Curiosamente, o MPLU3 se torna um bom hedge para um resultado nas eleições”, avaliam os analistas do Itaú BBA, em um momento em que o Ibovespa pode sofrer ainda mais desvalorização dependendo do rumo político.

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Smiles (SMLS3)

O Itaú BBA avalia que o anúncio de fechamento de capital da Multiplus anúncio pode implicar em uma leitura cruzada negativa para Smiles. “Lembre-se que o acordo que a empresa tem com a Gol expira em 2032. É possível que os investidores atribuam agora maiores probabilidades aos cenários em que o contrato não é renovado ou renovado em condições menos favoráveis ??ao programa de fidelidade”, explicam os analistas em relatório.

O BTG Pactual vai na mesma linha e afirma que, após alguns eventos negativos relacionados a outros programas de fidelidade, como a Aeromexico avisando que não irá renovar o contrato com a Club Premier, Air Canada com Aeroplan, e agora esse evento da Multiplus, “certamente o mercado vai levantar dúvidas sobre a renovação do contrato entre Gol e Smiles”.

Leia mais: Latam decide não renovar contrato e vai tirar Multiplus da bolsa

Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB3)

A Fibria afirmou que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) rejeitou pedidos para interromper o prazo de convocação de um assembleia de acionistas da companhia, marcada para 13 de setembro. A assembleia foi convocada para que os acionistas apreciem, entre outros temas, a proposta de fusão da companhia com a Suzano, anunciada em março.

“Com essa decisão da CVM, a ação da Suzano deve reagir bem, uma vez que esse era um evento importante para a aprovação do negócio”, afirmam os analistas do BTG Pactual destacando que a aprovação seria positiva para a indústria, com muitas sinergias a serem capturadas, levando a ganhos expressivos por parte dos acionistas. 

Itaú Unibanco (ITUB4)

O Itaú Unibanco celebrou parceria no mercado de benefícios aos trabalhadores com a Ticket Serviços, da Edenred. Pelos termos do acordo, o Itaú realizará um investimento minoritário de 11% na empresa, por meio de aumento de capital com aporte de caixa e oferecendo exclusividade na distribuição dos produtos Ticket Restaurante, Ticket Alimentação, Ticket Cultura e Ticket Transporte aos clientes pessoa jurídica do banco.

A operação com o Itaú não afeta outros acordos comerciais da Ticket, que continuará a distribuir seus produtos por outros parceiros. O controle e a gestão da Ticket permanecem com a Edenred. A conclusão desta transação ainda depende das aprovações do Banco Central do Brasil e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O acordo selado não deve acarretar efeitos nos resultados do Itaú neste exercício social, informa o banco.

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Petrobras (PETR3; PETR4)

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) informou que a Comissão Especial de Licitações aprovou a participação de empresas que manifestaram interesse na 5ª Rodada de Licitação de áreas do pré-sal, sob regime de partilha de produção, incluindo a Petrobras.

A ANP indicou aprovação da participação de Chevron Brazil Ventures LLC (Estados Unidos), CNOOC Petroleum Brasil (China), Ecopetrol S.A (Colômbia), Equinor Brasil Energia Ltda (Noruega), ExxonMobil Brasil (Estados Unidos), além de Petrobras. 

A estatal também reportou fracos números de produção em julho, com queda de 1% na produção de petróleo no Brasil. “Esperamos que a produção aumente nos próximos meses devido à conexão de novas unidades de produção no pré-sal”, afirma a equipe de análise da XP Research.

CVC (CVCB3)

A CVC anunciou acordos para aquisição do controle acionário de três empresas do setor de turismo na Argentina, em linha com a sua estratégia de expansão internacional. A empresa fechou acordo para aquisição de 60,06% da Servicios de Viajes Y Turismo Biblos e da Avantrip.com, ambas do grupo Biblos Américas, por meio de sua controlada argentina CVC Turismo S.A.U.

A CVC assinou também um memorando de entendimentos em caráter vinculante para a aquisição acionário da Ola Transatlántica. A empresa disse ainda que terá juntamente com a Ola Transalántica Turismo e a Biblos/Avantrip aproximadamente US$ 500 milhões em reservas anuais confirmadas, estando entre os três maiores grupos de viagens do mercado argentino.

“Embora se possa argumentar que a situação econômica desafiadora na Argentina significa que pode não ser o momento certo para entrar no mercado argentino, acreditamos que a combinação de um esforço relativamente pequeno (R$ 80 milhões) com as sinergias operacionais em oferta e um aumento significativo nas reservas torna este um passo positivo para o CVC”, avaliam os analistas do Bradesco BBI.

Combinando as duas aquisições, a CVC irá se tornar o terceiro maior do setor no mercado argentino. “Esse movimento para a América do Sul já era esperado. O risco de execução é maior comparado com as aquisições no Brasil, mas montante a ser investido não é relevante”, destacam os analistas do BTG Pactual. 

Vale (VALE3)

Os analistas do Itaú BBA atualizou seu modelo para a Vale para incorporar prêmios mais altos para produtos de qualidade, como pelotas e o Complexo de Carajás. O preço-alvo para as ADRs da empresa foi elevado de US$ 16,50 no fim de 2018 para US$ 17 no fim de 2019.

“A Vale está bem posicionada para se beneficiar de prêmios de maior qualidade, gerar fluxos de caixa consideráveis e aumentar os retornos dos acionistas por meio de maior distribuição de dividendos nos próximos anos”, disse o Itaú BBA, que manteve sua recomendação de desempenho overweight (acima da média do mercado, o equivalente a compra).

Eletrobras (ELET6ELET3)

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou na Comissão de Infraestrutura do Senado relatório sobre um projeto de lei relacionado à privatização de distribuidoras da Eletrobras, no qual sugere aprovação de uma emenda que travaria a venda da unidade da estatal no Amazonas, a mais deficitária das subsidiárias da elétrica.

Taesa (TAEE11)

A Taesa obteve licença prévia do Ibama para a transmissora Janaúba. Com a licença, a empresa está autorizada a contratar o financiamento do projeto. O prazo estipulado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para energização de Janaúba é fevereiro de 2022.

BB Seguridade (BBSE3)

A BB Seguridade está entre os 14 interessados em parceria com Caixa Seguridade, segundo o jornal Valor Econômico. A Caixa anunciou na semana passada a renovação de sua parceria com a francesa CNP Assurances até 2041, para os ramos de seguro de vida e prestamista e de produtos de previdência e espera concluir ainda este ano o processo para escolher o parceiro para os segmentos restantes: seguro habitacional e carta de crédito, auto e riscos patrimoniais. 

Via Varejo (VVAR11)

A Via Varejo foi elevada para compra pelo HSBC, com preço-alvo de R$ 21,50.

Do outro lado, os analistas do Brasil Plural afirmam que a principal percepção, depois de passar o dia em reuniões com o CEO da Via Varejo, é que poucos investidores parecem esperar um desempenho acima do mercado e ter recomendação de compra para as ações. “É provável que as perspectivas de curto prazo da empresa não mudem esse status quo”, dizem os analistas em relatório, lembrando que os papéis da Via Varejo acumulam perdas de 38% nos últimos 12 meses, levando a um valuation relativamente barato quando comparado ao seu principal par, o Magazine Luiza.

“Nossa opinião é de que o management está progredindo em sua estratégia de transformação digital e que o selloff pode ser um exagero. No entanto, a visibilidade de curto prazo continua prejudicada, o que deve continuar a pesar no preço das ações. Nosso sentimento é que a Via Varejo continuará a sofrer com a contínua incerteza macroeconômica e com a inesperada compressão de margens no terceiro trimestre, bem como com a venda potencial da participação do CBD na companhia, que surpreendentemente não parece ser uma grande preocupação investidores durante as reuniões”, afirmam os analistas do Brasil Plural.

Com o recente rebaixamento do perfil da dívida do acionista controlador do CBD pela S&P, o Brasil Plural vê potencial de maior pressão para que o grupo se desfaça da Via Varejo, o que poderia levar a um follow on no mercado após a eleições de outubro.

“Recomendamos que os investidores fiquem de olho no papel, já que o management foi mais construtivo em relação ao seu desempenho no quarto trimestre, quando várias iniciativas em andamento para melhorar a eficiência de vendas e a experiência do usuário devem começar a funcionar. Como resultado, acreditamos que pode haver um bom ponto de entrada depois que a empresa reportar os números do trimestre”, diz o Brasil Plural.

Engie (EGIE3)

A elétrica Chinesa Spic negocia a aquisição da usina térmica Pampa Sul da Engie, informa o jornal Valor Econômico. Os números mencionados são entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão para o acionista, mas fontes afirmam que os investimentos realizados no ativo podem não ser totalmente recuperados. 

Locamerica (LCAM3)

A nova locadora resultante da fusão entre a Locamerica e a Unidas utilizará a marca Unidas, informa o jornal Valor Econômico. De acordo com o CEO da Unidas, Luis Fernando Porto, R$ 12 milhões foram investidos na nova identidade visual da Unidas, que inclui o rebranding das 299 lojas da empresa. Ele também anunciou que, no futuro, a Unidas investirá de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões por ano em marketing.

Novos serviços também serão oferecidos, como contratos de aluguel de carros de longa duração (Unidas Livre), um novo programa de freqüentes usuários (Unidas Sempre) e novos meios de pagamento para uso em estacionamentos e postos de gasolina em parceria com a Alelo. .

Para os analistas do Bradesco BBI, a Locamerica decidiu escolher a marca com maior consciência do consumidor. “Os investimentos de marketing na marca Unidas podem impulsionar o crescimento de volume no segmento de varejo. Em nossa opinião, isso também poderia acelerar a consolidação do mercado de aluguel de carros no Brasil”, dizem os analistas em relatório enviado a clientes. 

CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5)

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco Central aprovou o novo acordo entre o Banco do Brasil e a Mapfre. Agora o último órgão regulador que precisa dar sua aprovação é a Susep (Superintendência de Seguros Privados). Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a aprovação dos reguladores deve chegar até o final do mês.

J&F

A Eldorado afirmou que o contrato para venda da participação da J&F Investimentos, controladora da JBS (JBSS3) na empresa para a holandesa Paper Excellence foi extinto após o prazo do acordo expirar sem a efetivação do negócio. No entanto, a compradora considerou a medida unilateral e não reconhece a extinção do contrato. Assim, a Paper disse que seguirá adotando medidas para preservação de seus direitos.

“A discussão societária deve acarretar atraso no potencial plano de expansão, que é bem recebido pelo mercado de celulose à medida que dá suporte aos preços”, avaliam os analistas da XP Research.

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