Ultrapar dispara 7,5% com resultado e Petrobras sobe 2% antes de balanço; veja os destaques

Confira os destaques da B3 na sessão desta quinta-feira (2)

Rodrigo Tolotti

Vale (VALE3)

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As ações da Vale tiveram nova queda com o acirramento das tensões comerciais entre EUA e China. Ontem, em meio às especulações após notícia publicada pela Reuters, o governo americano anunciou que o presidente Donald Trump está considerando implementar tarifas de 10% para 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses.

A ameaça teria como objetivo forçar Pequim a fazer concessões, e vem depois de a administração chinesa afirmar que retaliaria caso os Estados Unidos ampliassem as tarifas.

Petrobras (PETR3; PETR4)
Após iniciarem o dia com leve queda, as ações da Petrobras ganharam força e fecharam no positivo puxadas pela melhora no preço do petróleo no exterior. A commodity WTI, negociada nos Estados Unidos, fechou com alta de 2%, a US$ 68,96, enquanto o barril tipo brent avançou 1,37%, para US$ 73,38.

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A estatal divulga amanhã antes da abertura do mercado o seu resultado do segundo trimestre, com um lucro líquido ajustado de R$ 6,927 bilhões, resultado quase 22 vezes maior do que o observado no segundo semestre de 2017, de acordo com estimativa mediana de analistas consultados pela Bloomberg.

A XP Investimentos aponta que o principal ponto a ser monitorado é justamente o impacto do programa de subvenção do diesel nas contas após a greve, levando a companhia a anunciar a redução e o congelamento dos preços do derivado por 15 dias. Clique aqui e confira a análise completa.

Ultrapar (UGPA3)

A empresa reportou lucro líquido de R$ 240,7 milhões no segundo trimestre, valor 1,7% acima do mesmo período de 2017, e a receita líquida cresceu 19%, para R$ 22,646 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 3,1%, para R$ 718 milhões. 

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Segundo o BTG Pactual, apesar do resultado fraco, ele veio um pouco acima do esperado. O trimestre confuso, com impactos de greve e preços levaram a companhia a entregar Ebitda de R$ 907 milhões (7% acima do esperado) e lucro líquido melhor, ajudado por perdas financeiras menores. Já os números da Ipiranga vieram em linha no Ebitda, mas foram fracos, mesmo se ajustados pelos efeitos da greve e do subsídio do diesel. Na outra ponta, Oxiteno e Ultragaz tiveram números melhores com câmbio e bom controle de despesas.

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“Apesar de ser difícil tirar conclusões para frente em cima de um resultado tão poluído, e da maior disciplina em alocação de capital na Ipiranga (capex baixo com quase nenhum crescimento na base de postos), margens ajustadas da Ipiranga ainda apresentam riscos de queda para expectativas do mercado”, apontam. Os analistas também atualizaram os números pós segundo trimestre e mantiveram preço-alvo em R$ 42 e recomendação de venda no papel. Vale destacar que, apesar da disparada nesta sessão, os papéis ainda acumulam perdas de quase 3% no acumulado desta semana. 

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BR Distribuidora (BRDT3)

A companhia divulgou lucro líquido de R$ 263 milhões no segundo trimestre, valor 3,75 vezes superior ao resultado obtido um ano antes. da receita líquida em todos os segmentos, um incremento de 21,2%, em relação ao mesmo período de 2017. A receita líquida cresceu 21,2%, para R$ 23,597 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 508 milhões, aumento de 5,6% na comparação com o segundo trimestre de 2017 e a margem Ebitda ajustada foi de R$ 50/m³, aumento de 10,2% em base anual. 

Apesar do crescimento forte, os números ainda ficaram abaixo das estimativas dos analistas do Credit Suisse. Ainda assim, eles chamam a atenção para a forte geração de caixa e redução da dívida liquida para R$ 260 milhões, com ajuda da entrada dos recebíveis da Eletrobras de R$ 304 milhões.

JHSF (JHSF3)
A JHSF Participações fechou com a XP Gestão e a BTG Pactual um acordo para venda de participação minoritária em ativos de shoppings centers de propriedade indireta da JHSF ao fundo de investimento imobiliário (FII) XP Malls (XPML11). O valor acordado foi de R$ R$ 641 milhões, abaixo dos R$ 745 milhões originalmente acertados pelas empresas.

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Os ativos controlados indiretamente pela JHSF Participações, via JHSF Malls, são os shoppings Cidade Jardim, Bela Vista, Ponta Negra e Catarina Fashion Outlet.

Duratex (DTEX3)

A companhia reportou lucro líquido de R$ 166,6 milhões no segundo trimestre, valor 572,6% superior ao observado no mesmo período de 2017. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 501,521 milhões, aumento de 129,4%. Já o Ebitda recorrente e ajustado e que exclui também os resultados sem efeitos sobre o caixa advindos da variação do valor justo de ativos biológicos – foi de R$ 220,019 milhões, avanço de 23,5%. A margem do Ebitda ajustado e recorrente foi 19,8%, alta de 0,4 pp.

“A divisão de painéis de madeira foi o grande destaque do trimestre (ajudado pela melhora da demanda/preço e ganho de participação de mercado), com a Deca ainda sofrendo”, destaca o time de análise da XP. No geral, a empresa segue como uma história de qualidade, mas ainda com indicadores “fracos”, por enquanto. “Reconhecemos que as coisas estão melhorando, mas por ora, mantemos neutro”, afirmam os analistas.

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Totvs (TOTS3)

A companhia reportou lucro líquido caiu 2,5% no segundo trimestre, para R$ 31,35 milhões, e a receita aumentou 4,4%, para R$ 574,79 milhões, na comparação com o segundo trimestre de 2017. 

O Credit Suisse avalia o resultado como “fraco” e que parte do desempenho foi ajudada pela forte receita e margem em serviços, o que para eles “parece uma qualidade de mix ruim já que serviços é bastante volátil em magnitude e rentabilidade”. Apesar disso, o time de análise mantém uma “visão estrutural positiva” para a Totvs por avaliarem que as vendas fracas no trimestre devem ter sido não-recorrentes. 

Gol (GOLL4)

A Gol divulgou seu balanço trimestral ainda antes da abertura do mercado, registrando lucro operacional de R$ 42,8 milhões no segundo trimestre, alta de 92,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida operacional cresceu 9%, para R$ 2,4 bilhões, e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 207,9 milhões, aumento de 47,3% na comparação com o segundo trimestre de 2017. A margem ebitda subiu de 6,5% para 8,8%.

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JBS (JBSS3)

De acordo com o BTG Pactual, o resultado da Pilgrim’s Price, que pertence à JBS, veio pior que o esperado levantando dúvidas quanto à sustentabilidade de margens para o resto do ano. O Ebitda ficou em US$ 282,5 milhões (8% abaixo do esperado) com margem em 10% (0,8 ponto percentual abaixo do esperado).

As vendas líquidas ficaram abaixo das estimativas em US$ 2,8 bilhões. Os principais drivers desse resultado foram a performance fraca no mercado de commodities nos EUA, parcialmente ofuscado por uma melhora trimestral nos resultados do México e resultados positivos da integração da Moy Park na Europa. 

Oi (OIBR3)

A empresa convocou uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 3 de setembro, em que deliberará sobre um possível aumento de capital. A empresa comunicou na quarta-feira (1) que a Justiça portuguesa negou seu pedido de reconhecimento do plano de recuperação judicial e que deve recorrer à decisão.

Eletrobras (ELET3)

O TCU (Tribunal de Contas da União) liberou o leilão de venda de ativos da Eletrobras, entretanto, pediu mudanças no edital. Os apontamentos dizem respeito, especialmente, aos preços dos ativos, e a estatal comunicou que “está buscando atender às recomendações”.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.