Elon Musk convence o mercado de que a Tesla será lucrativa e ações disparam 11%

Apesar de um resultado abaixo do esperado no segundo trimestre, CEO da empresa se mostrou otimista em teleconferência e ajudou as ações a dispararem

Rodrigo Tolotti

Elon Musk

Publicidade

SÃO PAULO – A Tesla divulgou seu resultado na noite desta quarta-feira (1) com números mistos, que deixaram o mercado “confuso”, fato comprovado pela falta de direção das ações da empresa, que oscilaram entre alta de 4% e queda de mais de 2% em poucos minutos. Mas bastou o CEO Elon Musk falar em teleconferência, para os papéis dispararem, chegando a saltar mais de 11%.

O executivo fez promessas de que a fabricante de veículos irá se tornar rentável em um futuro próximo, e ainda agradou ao pedir desculpas por seu mau comportamento na teleconferência do trimestre passado. Musk se mostrou bastante otimista, e parece ter convencido o mercado. A principal preocupação de analistas e investidores tem sido a queima de caixa da companhia e os seguidos prejuízos registrados nos últimos períodos.

No segundo trimestre, a Tesla registrou um prejuízo maior que o esperado pelos analistas, apesar de reafirmar suas projeções anteriores de que o terceiro e quarto trimestres serão lucrativos. A empresa disse que está próxima de alcançar esta tal lucratividade, aumentando a produção, melhorando as margens e cortando custos.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O prejuízo no segundo trimestre foi de US$ 3,06 por ação, contra uma estimativa de US$ 2,92 negativos. Por outro lado, a receita bateu os US$ 4,00 bilhões entre abril e junho, superando a projeção de US$ 3,92 bilhões dos analistas consultados pela Reuters.

Um dos destaques do comunicado da empresa aos acionistas foi a promessa de produzir 6 mil “Model 3” por semana até o final de agosto e produzir entre 50 mil e 55 mil do modelo no terceiro trimestre. As margens brutas do veículo subirão para 15% no terceiro trimestre e para 20% no quarto trimestre, disse a Tesla.

Um grande passo da empresa foi a conclusão de seu principal plano de reestruturação de custos. A Tesla tinha US$ 2,2 bilhões em caixa no final do trimestre e espera que suas reservas cresçam no segundo semestre do ano. Além disso, a companhia agora espera gastar menos de US$ 2,5 bilhões em 2018, muito abaixo dos US$ 3,4 bilhões de custos em 2017.

Continua depois da publicidade

Leia também:

– Elon Musk, o novo Eike Batista
– Tesla: arrogância e o começo do fim

Esta atualização é um dos pontos cruciais para a Tesla, já que os investidores têm mostrado preocupações com a capacidade da empresa de ser consistentemente lucrativa, dos diversos problemas de qualidade nos carros e da demanda geral pelo “Model 3”, que é a maior aposta da empresa até agora.

Em um dos pontos que mais chamou atenção na teleconferência, Musk pediu desculpas por seu comportamento no último encontro com analistas. No segundo trimestre, ele liberou as duas primeiras perguntas para especialistas, mas em vez de responder aos questionamentos, ele apenas disse que eles estavam fazendo perguntas “chatas e idiotas”, preferindo responder aos comentários de um investidor pelo YouTube.

“Minhas desculpas por não ser educado na teleconferência anterior”, disse Musk, culpando o seu comportamento em parte pela falta de sono e excesso de trabalho. “Eu agradeço por isso. Obrigado”, disse o analista da Bernstein, Toni Sacconaghi, em resposta.

Os destaques da carta da empresa aos acionistas incluíram a promessa de produzir 6.000 sedãs Modelo 3 por semana no final de agosto e produzir de 50.000 a 55.000 dos sedãs no terceiro trimestre. As margens brutas do modelo 3 subirão para 15% no terceiro trimestre e para 20% no quarto trimestre, disse a Tesla na carta.

Quer investir em ações pagando só R$ 0,80 de corretagem? Clique aqui e abra sua conta na Clear

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.