“Analistas sem Censura” recomendam ficar bem longe de 2 ações que subiram 30% no último mês

Cielo e BRF, que subiram forte no último mês após fortes quedas, foram vistas com ceticismo pelos analistas durante o programa 

Fredy Alexandrakis

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SÃO PAULO – Quem observa o mercado acompanhou uma série de ações despencando nos últimos meses – poucas são as que escaparam da tempestade que passou pela bolsa. Ver aquele papel com metade do preço que tinha há pouco tempo pode até ser tentador, mas é mesmo boa pedida? Os analistas Bruce Barbosa, Ricardo Schweitzer e Luiz Felippo explicaram por que nem sempre é assim, no programa “Analistas Sem Censura” desta terça-feira (17).

Segundo o trio, é preciso de mais para identificar uma oportunidade de compra: às vezes, o preço pode cair muito e o papel segue caro. É importante observar também os resultados financeiros da empresa. “Uma empresa com resultados melhorando tende a subir, uma ação com resultados piorando tende a cair”, colocou Bruce.

É este ponto que torna papéis como os da BRF (BRFS3) e Cielo (CIEL3) ainda pouco atraentes ao analista, apesar de já terem desvalorizado bastante e agora desenharem uma recuperação. 

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A BRF tem sido impulsionada pelas primeiras sinalizações de seu novo CEO, Pedro Parente, que anunciou no final de junho um plano de reestruturação, levando a uma alta de 31% dos papéis deste então.

Contudo, apesar da fama do empresário de reestruturar positivamente as companhias que chefia – caso da Petrobras -, Bruce avalia que os efeitos disso só serão sentidos mais para frente: “O timing da gestão das empresas é muito mais lento que o timing do mercado”.

Enquanto isso, a projeção para o Ebitda (lucros após juros, impostos, depreciação e amortização) da BRF está até menor do que os números do ano passado, um ano já negativo para a companhia.  “Recomendaria ficar bem longe”, afirmou o analista. 

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Caso parecido é o da Cielo, que também demonstra que lucros passados não são garantia de sucesso no futuro – e cuja recuperação recente não indica uma tendência no longo prazo. Tendo, em outro momento, apresentado resultados muito bons, hoje a empresa vê suas “barreiras de entrada sendo erodidas pela competição”. Trimestre após trimestre, a lucratividade da Cielo vem sendo reduzida por novos concorrentes no mercado de pagamentos. Em vista disso, o preço da ação se aproximando dos R$ 18, depois de chegar aos R$ 14 em meados de junho (ou seja, uma alta de mais de 28%), não se justifica, na opinião de Bruce: “enorme oportunidade de venda”, defende.  

Confira o vídeo na íntegra:

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