Senado deixa para agosto votações que afetam Eletrobras e Petrobras; recomendações do Credit e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quinta-feira (12)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quinta-feira tem como destaque a votação no Senado sobre venda de distribuidoras da Eletrobras e sobre a cessão onerosa, que só deve ocorrer na volta do recesso parlamentar, em agosto. Contudo, o governo decidiu promover leilão de distribuidoras em 26 de julho ainda que Senado adie para agosto votação de projeto de lei reforçando segurança jurídica da operação, diz o Valor. Recomendações para elétricas, o rating elevado do Magazine Luiza, prévia da Gafisa e mais notícias são destaques no radar desta quinta-feira:

Magazine Luiza (MGLU3)

O Magazine Luiza teve seu rating elevado para brAAA pela Standard and Poor’s, com perspectiva estável. Segundo a agência, o rating reflete a expectativa de melhor rentabilidade e geração de fluxo de caixa por meio de crescimento de receitas e diluição de despesas, com o crescimento acelerado do e-commerce, maturação das lojas físicas existentes e abertura de novas lojas.

Petrobras (PETR4)

O Conselho de Administração da Petrobras nomeou Durval José Soledade Santos para o cargo de membro do Conselho, até a próxima Assembleia Geral de Acionistas, conforme previsto no artigo 25 do Estatuto Social. A posição estava vaga desde 29 de maio de 2018.

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Vale destacar que a votação sobre o projeto sobre cessão onerosa no Congresso, que vai impactar a Petrobras, deve ficar para agosto.

Cesp (CESP6)

O TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que o Ministério de Minas e Energia reveja o valor mínimo do bônus de outorga fixado para o leilão de privatização da elétrica paulista Cesp, agendado para 2 de outubro, o que poderá elevar a cobrança em cerca de 20%. As informações são a Reuters.

O valor estipulado pelo governo seria de R$ 1,1 bilhão de outorga na licitação em troca de uma renovação de 30 anos do contrato da hidrelétrica Porto Primavera. O relator do caso Augusto Sherman Cavalcanti, porém, disse que é preciso ajustar os cálculos, o que deve elevar o valor para R$ 1,33 bilhão.

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CPFL Renováveis (CPRE3)

Os minoritários da CPFL Renováveis – grupo que inclui grandes investidores como Pátria e BTG – protocolaram na quarta-feira  na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) carta contestando a nova oferta feita pela chinesa State Grid, informa o Estadão. No fim de junho, a controladora da CPFL Energia elevou de R$ 12,20 para R$ 13,81 o preço pelas ações da Renováveis – o que representa acréscimo de R$ 390 milhões ao preço original de quase R$ 3 bilhões.

O jornal apurou que os acionistas questionam a forma como o preço foi recalculado pela chinesa e reclamam da demora do processo, que se arrasta desde 2016. Um dos argumentos usados para derrubar a revisão do preço feita no mês passado é que a State Grid teria tentado alterar os fundamentos da justificativa de preço original e usado informações financeiras selecionadas. A acusação é que a empresa não teria feito os cálculos com base no IFRS (normas contáveis internacionais), que consolida os números de todas as controladas da companhia.

Além disso, a avaliação é que o atraso tem sido prejudicial aos acionistas minoritários, pois a correção monetária do preço da Oferta Pública de Ações (OPA) pela taxa Selic não representa proteção efetiva ao valor devido, não remunera o custo de oportunidade do capital investido e não atende às necessidades de liquidez. Procurada, a CPFL Renováveis não quis se pronunciar por estar envolvida no caso. Os minoritários também não quiserem comentar sobre a contestação feita na CVM.

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Gafisa (GFSA3)

A Gafisa divulgou sua prévia operacional para o segundo trimestre de 2018, reportando o lançamento de 3 empreendimentos com um valor geral de vendas (VGV) totalizando R$ 399,9 milhões. As vendas brutas do período totalizaram R$ 405,9 milhões – um crescimento de 38,3% em relação ao trimestre passado -, enquanto as vendas líquidas marcaram R$ 345,9 milhões. A empresa ainda entregou 4 empreendimentos dentro do prazo, com um VGV total de R$ 301 milhões.

Tanto o Credit Suisse quanto o Itáu BBA classificaram a prévia como positiva para a Gafisa, mostrando resultados sólidos, mas reiteraram a classificação de “underperform”. A equipe de análise do Credit acredita que a boa performance nas vendas se deu principalmente pela quantidade de empreendimentos lançados, mas não sabe se essa é a melhor estratégia, devido à “situação” dos balanços da empresa, apontando também para a sua alta alavancagem.

Recomendações 

O banco Credit Suisse retomou a cobertura de uma série de ações brasileiras do setor elétrico, com recomendação “neutra” para Cesp, Copel, AES Tiete, Energias do Brasil e Equatorial, e “outperform” para Taesa, Alupar e Engie Brasil.

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Eletrobras (ELET6)

De acordo com fontes do Ministério de Minas e Energia ouvidas pelo jornal Valor Econômico, o governo decidiu por manter o leilão de suas distribuidoras marcado para o dia 26 de julho, mesmo após notícia de ontem de que o Senado não votaria o projeto de lei da venda antes do recesso deste mês. Caso não haja interessados devido à falta de segurança jurídica do negócio, o plano é de repetir o leilão algumas semanas depois, tendo a lei já sido aprovada e sancionada.

Vivo (VIVT4)

De acordo com o jornal Valor Econômico, a Telefônica, dona da marca Vivo, colocará em operação seis novos centros de dados no país entre o último trimestre deste ano e o primeiro de 2019. O investimento, de valor não divulgado, é parte de um projeto em nível mundial de padronização e virtualização da sua rede. Os equipamentos com finalidades específicas serão substituídos por outros mais flexíveis, cujas funções podem ser alteradas por software para se adaptar às necessidades 5G, quando necessário.

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.