Aberturas de capital mais caras dão retorno maior, diz gestor

A análise do Nordea mostrou que as aberturas de capital com uma razão entre preço e lucro abaixo de 15 tiveram um desempenho pior do que as mais caras

Bloomberg

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Quanto mais cara for a oferta pública inicial, maior será o retorno que ela proporcionará, desde que você venda no primeiro dia de negociação.

É o que Robert Naess, que administra US$ 40 bilhões em ações no Nordea Bank, concluiu depois de analisar 950 aberturas de capital em todo o mundo no ano passado.

“Se você considerar apenas o desempenho do primeiro dia, é inteligente comprar as ações sem estimativas de lucros ou as mais caras”, disse Naess nesta semana, em uma entrevista, em Oslo. “Quando arrecadam pouco dinheiro, é difícil avaliar e precificar as ações. Se já forem caras, elas podem muito bem ficar ainda mais caras.”

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A análise do Nordea mostrou que as aberturas de capital com uma razão entre preço e lucro abaixo de 15 tiveram um desempenho pior do que as mais caras e, especialmente, do que aquelas sem estimativas de lucros, que subiram 20 por cento. De todas as aberturas de capital, 74 por cento subiram no primeiro dia e a mediana do desempenho de todas as aberturas de capital foi de 9,6 por cento.

Os IPOs, especialmente no campo da tecnologia, foram bem-sucedidos em 2018 à medida que os mercados de ações se estabilizaram após um declínio no início do ano. A processadora holandesa de pagamentos Adyen mais do que dobrou em sua estreia no trading em Amsterdã na semana passada. O Nordea comprou uma pequena participação na Adyen e vendeu-a no primeiro dia.

“Era uma ideia empolgante”, disse ele. “Na verdade, isso diz muito sobre o risco no mercado. É um bom momento para os preços. O mercado está muito otimista.”

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Naess e seu sócio, Claus Vorm, analisam milhares de empresas quantitativamente antes de investir naquelas cujos resultados são mais estáveis, evitando as mais caras. O Global Stable Equity Fund enfrentou dificuldades neste ano, com uma queda de 2 por cento, enquanto mais ações cíclicas se recuperaram.

As maiores participações do fundo são KDDI Corporation, Nippon Telegraph & Telephone Corporation, CVS Health Corporation e Walgreen Boots Alliance, que se tornaram mais baratas nos últimos anos, segundo Naess. O fundo comprou recentemente Kimberly-Clark e Pfizer.

“Ainda há uma margem de alta satisfatória se as estimativas de resultados continuarem altas”, disse ele. “Avaliando de acordo com os resultados atuais, o mercado não está tão caro.”

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