Petrobras convoca teleconferência, Suzano reavalia emissão bilionária, JBS interrompe abate; mais 3 notícias

Confira os destaques do radar corporativo deste pregão

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Confira os destaques do radar corporativo nesta terça-feira (29):

Petrobras (PETR4)
Após uma queda acumulada de mais de 30% nos últimos sete pregões, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, tem teleconferência marcada com analistas e investidores às 14h. A ideia é apresentar respostas às recentes críticas feitas à sua gestão e às especulações sobre sua possível saída do comando da estatal. O ambiente na companhia é tenso também em função da ameaça de greve dos petroleiros, somando-se aos prejuízos que a paralisação dos caminhoneiros já trouxe à estatal.

Ontem, o executivo distribuiu carta aos petroleiros defendendo a importância da autonomia para a gestão da empresa e a atual política de preços. No texto, Parente argumenta que a decisão de reajustar os preços dos combustíveis diariamente, em linha com o mercado internacional, foi tomada em defesa da companhia e para evitar o crescimento do nível de endividamento. Ele defende que uma submissão à pressão pela redução dos preços “seria um retrocesso em direção ao aumento do endividamento, prejudicando os consumidores, a própria empresa, e, em última instância, a sociedade brasileira”.

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Por enquanto, o protesto previsto para a próxima quarta-feira tem período definido de três dias, funcionando como uma advertência dos petroleiros. Mas outra paralisação por tempo indeterminada estaria em organização. Entre os pontos reivindicados pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) estão a demissão de Parente e a mudança na política de preços.

Suzano (SUZB3)
O recente recuo nos preços dos mercados emergentes pode levar a companhia a levantar menos recursos com títulos globais do que o inicialmente esperado, disseram três pessoas com conhecimento direto do assunto à Bloomberg. A Suzano Papel e Celulose disse em março que poderia emitir US$ 6,9 bilhões em eurobônus para pagar um empréstimo-ponte de três anos para a compra da Fibria Celulose. Mas, com o mercado internacional de títulos de dívida menos atraente devido ao aumento das taxas de juros dos EUA, e o aumento da receita de exportação com o real mais fraco, a companhia pode adotar uma abordagem diferente, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as discussões são privadas.

A empresa pode usar recursos do caixa para pagar parte do empréstimo-ponte, disse uma das pessoas, que não quis fornecer mais detalhes. A Suzano também está buscando alternativas de financiamento, incluindo um outro empréstimo sindicalizado em dólares e títulos no mercado local, disseram as pessoas. A Suzano informou que está avaliando as melhores opções e declinou fazer comentários adicionais.

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Com menos eurobônus para vender, os bancos podem receber menos do que os US$ 30 milhões em comissões esperadas por liderar a transação, disseram as pessoas. Mais de 10 bancos estão participando do empréstimo-ponte de US$ 6,9 bilhões e receberiam um percentual dessas comissões, segundo as pessoas.

Em março, a Suzano acertou a compra da Fibria para criar uma empresa que representa quase um terço da capacidade global de celulose de fibra curta, matéria-prima para papel tissue e papel-escrita. O acordo, que ainda aguarda aprovação dos órgãos reguladores, envolve US$ 9,2 bilhões em financiamento fornecido pelo JPMorgan Chase & Co., pelo Mizuho Financial Group Inc., pelo Rabobank Groep e pelo BNP Paribas, que depois distribuíram o crédito para outros bancos. O empréstimo de US$ 6,9 bilhões com vencimento em 3 anos seria totalmente quitado com a emissão de eurobônus no mercado externo com vencimento em 7, 10 e 30 anos, disse a Suzano na época.

O rendimento dos títulos corporativos de mercados emergentes subiu em média 0,8 ponto percentual desde o início de março, para 5,6%. Os US$ 700 milhões em notas da Suzano com vencimento em 2026 estão agora pagando aos investidores 5,75% ao ano, acima dos 4,8%. Isso tornou outras alternativas de financiamento mais competitivas, disseram duas pessoas. A emissão de debêntures e os certificados de recebíveis agrícolas, os chamados CRAs, também estão sendo estudados pela Suzano, disse uma das pessoas.

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Triunfo Participações (TPIS3)
A companhia diz que sua concessionária Econorte, de acordo com determinação da Agência Reguladora do Paraná (Agepar) e do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), deixou de cobrar, a partir desta segunda-feira 28, o pedágio do eixo suspenso de caminhões que circulam vazios.

“A companhia não espera impacto econômico de tal determinação, uma vez que a alteração é sujeita ao reequilíbrio da equação econômico-financeira do contrato de concessão”, afirma. O mesmo acontece, ressalta, na Concebra, Concepa, Transbrasiliana e Concer que já não cobravam o eixo suspenso, em função da Lei n.º 13.103/15 (Lei dos Caminhoneiros).

Transmissão Paulista (TRPL4)
A companhia informou que sua subsidiária IE Itapura iniciou suas obras em maio. Conforme comunicado ao mercado, o investimento ANEEL previsto é de R$ 126 milhões, com receita anual permitida de R$ 11 milhões. O prazo definido pela ANEEL para a entrada em operação comercial é até fevereiro de 2021.

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JBS (JBSS3)
A processadora de proteína animal interrompeu completamente o abate de bovinos, suínos e frangos no Brasil, segundo fonte ouvida pela Bloomberg.

(com Agência Estado e Bloomberg)

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.