Kroton negocia compra de editora, embargo de 15 unidades da BRF, Neonergia faz oferta pela Eletropaulo e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (17)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é movimentado nesta terça-feira (17), com destaque para a disposição do governo  em editar um decreto ou “outro dispositivo” sobre a desestatização da Eletrobras. a notícia de que a União Europeia deverá embargar 15 unidades de frango da BRF, entre outros destaques. Confira abaixo:

Kroton (KROT3)

A Kroton está negociando a aquisição da espanhola Santillana Brasil, dona da editora de livros didáticos Moderna e de outros ativos ligados à educação básica. A intenção, segundo o Valor, é que os ativos da Santillana no país façam parte da recém-criada holding Saber, que já tem sob seu guarda-chuva o colégio Leonardo da Vinci, de Vitória (ES), cuja compra foi anunciada na semana passada, e o sistema de ensino Pitágoras. 

Eletrobras (ELET6)

Após reunião com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o governo mantém a disposição em editar um decreto ou “outro dispositivo” sobre a desestatização da Eletrobras. Sem dar detalhes sobre o texto, Marun disse que o objetivo é dar continuidade aos estudos para capitalização da empresa.

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“O decreto deixará claro que a capitalização só irá ocorrer após autorização pelo parlamento, mas acreditamos ser necessário para a continuidade das análises e estudos. Não vamos ultrapassar o Congresso”, afirmou o ministro. Ele não deu um prazo para a publicação desse texto. Na semana passada, o governo chegou a anunciar que um decreto seria editado pelo presidente Michel Temer, mas a medida acabou não saindo. “Estamos atentos e dedicados à questão da Eletrobras. A capitalização da Eletrobras é necessária, mas faremos com o apoio do Congresso”, continuou o ministro.

Questionado se haveria a necessidade de mudar a composição da comissão especial na Câmara que analisa o projeto de lei da privatização da empresa, Marun disse acreditar que isso não será necessário e enfatizou que esse tema não foi tratado na reunião com Guardia.

“Conversamos sobre as questões técnicas”, concluiu o ministro, que adiantou que amanhã ao Tribunal de Contas da União (TCU) conversar sobre a privatização das distribuidoras que são controladas pela Eletrobras e que devem ir a leilão antes da capitalização da empresa.

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Eletropaulo (ELPL3)

A Eletropaulo anuncia uma oferta restrita de ações e um acordo de investimento com a Neoenergia, do grupo Iberdrola. A oferta primária com a emissão de 58,9 milhões de novas ações, pode ser aumentada em 15% em lote suplementar. A coordenação da “Oferta Eletropaulo” é do Banco Itaú BBA (líder) com Bradesco BBI e JPMorgan, e o preço indicativo é de R$ 22, que foi o do fechamento na B3 nesta segunda-feira, 16, de modo que a oferta pode alcançar (com base na cotação de ontem e considerando o lote suplementar), R$ 1,49 bilhão.

Além disso, a Neoenergia firmou um compromisso de realizar um investimento na Eletropaulo, com a subscrição de ações na oferta ao preço de R$ 25,51. A Neoenergia não participará do bookbuilding, que é o processo de formação de preço. Mas se o preço ofertado for de R$ 25,51, a Neoenergia se compromete a alocar 80% do total, exceto a fatia que venha a ser adquirida por direito de prioridade pelos acionistas da Eletropaulo. 

A Neoenergia também se comprometeu a realizar uma oferta concorrente, de aquisição de controle (OPA), inicialmente pelo preço ofertado e então aumentado para equiparar a qualquer preço ofertado que venha a ser pago pela Neoenergia para subscrição de ações na “Oferta Eletropaulo”.

Se a Neoenergia superar o percentual de 30% das ações da Eletropaulo, seria obrigada a lançar uma OPA pelo restante das ações, ao mesmo preço da emissão primaria. Com isto, a Neoenergia deixaria para trás as concorrentes Enel e Energisa, que ofereceram R$ 19 e R$ 19.38 respectivamente.

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BRF (BRFS3)

O governo brasileiro já dá como certo um embargo definitivo da UE a ao menos 15 plantas de carne de frango da BRF, segundo reportagem do Valor, As unidades de outros frigoríficos de frango e cooperativas da região Sul também devem ser impedidas.

Doze plantas da BRF que já tiveram exportações suspensas preventivamente pelo Ministério da Agricultura devem ser embargadas; localização das outras 3 fábricas ainda não é conhecida. A BRF não comentou ao Valor.

Vale ressaltar que o ministro da Agricultura Blairo Maggi falará hoje sobre a estratégia do Brasil em relação ao iminente embargo; plano inclui abertura de painel na OMC para questionar exigências sanitárias da UE para o controle da salmonela. Outra medida avaliada é retaliar importações de produtos europeus como queijos, vinhos, azeite e bacalhau.

EzTec (EZTC3)

a EZTec lançou um empreendimento no primeiro trimestre de 2018, com VGV de R$ 105,5 milhões. A companhia suspendeu o projeto que estava previsto para ser o segundo do ano, com VGV de R$ 100 milhões devido à liminar. A EZTec segue, contudo, com a meta de lançar de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão neste ano. A empresa teve vendas líquidas de R$ 121 milhões no trimestre, o triplo do mesmo período de 2017. Foi o melhor desempenho em onze trimestres sem considerar a venda da torre A do EZTowers no terceiro trimestre do ano passado.

CSN (CSNA3)

De acordo com o Estadão, a CSN pode vender usina para a Steel Dynamics por US$ 250 milhões. A siderúrgica está em negociações adiantadas para venda de sua unidade americana, localizada em Terre Haute, Indiana; a Steel Dynamics está em fase de auditoria. A CSN disse ao jornal que não comenta rumores de mercado e a Steel Dynamics não retornou pedido de entrevista feito pela publicação. 

BR Properties (BRPR3)

A BR Properties vendeu a totalidade do imóvel comercial “Edifício Celebration” ao fundo de investimentos imobiliários RBR Properties, por R$ 57 milhões. De acordo com a companhia, desse valor, “R$ 11,4 milhões foram pagos nesta data, e o restante será pago na forma da escritura de venda e compra”. A BR Properties informou que a venda faz parte da estratégia de reciclar parte de seu portfólio, vendendo imóveis que já possam ter alcançado sua maturidade.

Cesp (CESP6)

Sendo definida a outorga que será cobrada pela União para a renovação da concessão da hidrelétrica de Porto Primavera, o governo do Estado de São Paulo está fazendo os últimos ajustes na modelagem da privatização da Cesp, destaca o Valor Econômico. O edital da operação, com o novo preço por ação, deve sair em meados de maio, disse o jornal.

O governo paulista ainda precisa decidir se vai compartilhar potenciais riscos e ganhos com o futuro controlador da Cesp, o que reduziria o risco do ativo e fomentaria maior competição pela companhia. Para isso, é necessário consultar órgãos de controle, como Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) de São Paulo. Segundo o jornal, o interesse do mercado ficou “mais quente” recentemente, especialmente depois da definição da outorga que será cobrada pela extensão da concessão de Porto Primavera por 20 anos adicionais, de R$ 1,098 bilhão. Pelo contrato atual, a concessão vence em 2028. “Vemos quatro grupos gastando bastante tempo com o projeto”, disse a fonte.

Segundo o jornal, há um entendimento no governo de que o preço por ação da companhia, fixado em R$ 16,80 na tentativa de privatização do ano passado, vai precisar sofrer uma redução para garantir a atratividade do leilão. 

Marcopolo (POMO4)

A Marcopolo teve a recomendação rebaixada para ’reduzir’ pelo HSBC, com preço-alvo de R$ 3,10.

Azul (AZUL4)

A Amazon está em negociações com a Azul sobre o envio de mercadorias no Brasil, diz a Reuters, citando duas pessoas não identificadas com conhecimento do assunto. Não está claro em que estágio estão as conversas, ou se Amazon contatou rivais da Azul. As companhias aéreas concorrentes, Latam Airlines e Gol não responderam imediatamente a pedido da Reuters para comentar. A Amazon disse à Reuters que não comenta “rumores ou especulações”. Os representantes da Azul se recusaram a comentar à Reuters.

Light (LIGT3)

Três fontes com conhecimento no assunto informaram a Bloomberg que a companhia fará um roadshow com investidores entre os dias 18 e 24 de abril na Europa e nos Estados Unidos. Segundo eles, Banco do Brasil Securities, Citi, Santander, Bradesco e Itaú são os bancos que participam da organização das reuniões com os investidores, segundo as pessoas.

Minerva (BEEF3)

A companhia informou o cancelamento do plano de oferta de bonds e compra antecipada dos títulos, em função das atuais condições do mercado de capitais internacional. Em março, o conselho da Minerva havia aprovado emissão de até US$ 500 milhões de títulos perpétuos da Minerva Luxembourg com juros de até 7,5%/8% e recompra antecipada de títulos com juros de 8,75%.

CCR (CCRO3)

A companhia comunicou o mercado que, a partir de 30 de abril, iniciará o pagamento de dividendos mínimos obrigatórios e complementares referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2017. Os proventos somam R$ 400 milhões, o que equivale a R$ 0,198019801980 por ação ordinária. Terão direito aos recursos os titulares das ações até o fechamento do pregão desta segunda-feira.

Copasa (CSMG3)

A empresa comunicou que, por motivos pessoais, Luiz Gustavo Braz Lage, diretor financeiro e de relações com investidores, solicitou o seu desligamento da companhia, a partir de 17 de abril, e será substituído por Frederico Lourenço Ferreira Delfino, diretor de operação sul, que acumulará, interinamente, as funções do substituído. “A substituição perdurará até o provimento definitivo do cargo a ser decidido na primeira reunião do Conselho de Administração que se realizar, atuando o substituto então eleito até o término do mandato original”, informou a companhia.

Carrefour (CRFB3)

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s atribuiu rating de crédito corporativo ‘brAAA’, em escala nacional, à companhia, com perspectiva estável. Segundo os analistas da instituição, o rating do Grupo Carrefour Brasil reflete uma expectativa de persistência da sólida posição de mercado no varejo alimentar brasileiro, simultaneamente a uma rentabilidade crescente e baixo endividamento. “Por outro lado, a empresa apresenta menor escala e pouca diversificação geográfica quando comparadas às dos grandes players (participantes) internacionais”, ponderaram.

RD (RADL3)

A companhia anunciou que concluiu a realização de sua segunda emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em nove séries, e total de 40 mil papéis, com valor nominal unitário de R$ 10 mil e total de R$ 400 milhões.

Raízen Energia

O conselho da empresa aprovou, em reunião realizada em 9 de abril, o pagamento antecipado de até R$ 350 milhões ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e agentes financeiros. Também foi aprovada a contratação de célula de crédito bancário com o Bradesco de até R$ 350 milhões, com prazo de 2 anos e juros de 6,05% ao ano.

Banrisul (BRSR6)

O banco informou alterações na diretoria executiva, em função de distribuição de responsabilidades entre seus membros. O atual diretor de planejamento e atendimento, Júlio Francisco Grgory Brunet, exercerá cumulativamente o cargo de diretor de relações com investidores, no lugar de Ricardo Richiniti Hingel, que assumirá o cargo de diretor de administração de recursos de terceiros.

Biosev (BSEV3)

Na Biosev, Gustavo Lopes Theodozio é eleito novo diretor financeiro.

(com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.