Os 5 eventos que vão agitar os mercados na semana

Confira os assuntos que agitarão os mercados nos próximos dias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A semana começa com diversos eventos a serem monitorados de perto pelos investidores, como a tensão geopolítica após os ataques na Síria liderados pelos EUA e, no Brasil, a pesquisa Datafolha,  que mostrou Marina Silva encostada em Jair Bolsonaro, Joaquim Barbosa à frente de Ciro Gomes e Geraldo Alckmin estagnado. Atenção ainda para o vencimento de opções sobre ações na B3, que deve adicionar volatilidade ao índice. Confira os destaques desta segunda e da semana:

1. Bolsas mundiais

Em meio à tensão geopolítica com o bombardeio dos EUA, Reino Unido e França à Síria e o anúncio de novas sanções dos americanos à Rússia, as bolsas mundiais oscilam entre leves perdas e ganhos, enquanto os índices futuros têm alta em Wall Street. 

Na noite de sexta-feira (13), EUA, Reino Unido e França lançaram uma ofensiva militar na Síria, alegando retaliação a um ataque com armas químicas que teria sido lançado pelo regime de Bashar al-Assad contra a população síria. Mas os analistas ficaram aliviados com o escopo limitado da operação liderada pelos EUA e com o fato de ela não ter levado a uma grande escalada no conflito na Síria, que já está em seu sétimo ano. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertou ontem, porém, que ofensivas do tipo “inevitavelmente geram caos nas relações internacionais”. Moscou é um antigo aliado do governo sírio.

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Na China, o dia foi de perdas mais expressivas, com os investidores locais evitando tomar posições antes da divulgação, no fim da noite de hoje, de uma série de indicadores chineses relevantes, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e os últimos números sobre produção industrial e vendas no varejo.

No mercado de commodities, o petróleo cai com receio de alta da produção e de olho na tensão geopolítica; em Londres, metais como cobre e níquel sobem.

Às 7h50 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

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*S&P 500 Futuro (EUA) +0,56%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,57%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,59%

*DAX (Alemanha) -0,05%

*FTSE (Reino Unido) -0,48%

*CAC-40 (França) -0,13%

*FTSE MIB (Itália) +0,11%

*Nikkei (Japão) +0,26% (fechado)

*Shangai (China) -1,53% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -1,60% (fechado)

*Petróleo WTI -1,08%, a US$ 66,71 o barril

*Petróleo brent -1,14%, a US$ 71,75 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -2,56%, a 438,50 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.112,40, -0,69%
R$ 27.652 +0,23% (nas últimas 24 horas)

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2. Datafolha e radar político

Destaque para a pesquisa Datafolha, que foi divulgada neste domingo (15) pela Folha de S. Paulo e mostrou que a prisão do ex-presidente Lula diminuiu o apoio do eleitorado e elevou a desconfiança da candidatura presidencial. O levantamento apontou o petista com 31% das intenções de voto no cenário mais favorável entre nove pesquisados. No fim de janeiro, Lula tinha até 37% das intenções de voto.

Nos cenários sem Lula, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) ficam empatados na liderança. Ele tem 17% das intenções de voto, e ela oscila entre 15% e 16%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Ciro Gomes (PDT) possui 9% em todos os cenários sem Lula, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB), que varia de 7% a 8%. Já o ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa – que entrou no PSB, mas ainda não se lançou candidato – oscila entre 9 e 10%. Após o Datafolha, o DataPoder360 registrou pesquisa, com publicação prevista para 19 de abril. 

Ainda no noticiário político, o STF (Supremo Tribunal Federal) também está no foco. Após suspender por cinco dias a ação do PEN que discute a legalidade da execução de condenações após o fim de recursos na segunda instância da Justiça, o ministro Marco Aurélio Mello pode colocar o pedido de volta à pauta. A liminar para que o assunto fosse julgado foi solicitada, na semana passada, pelo próprio partido, mas a legenda destituiu nesta semana o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, e contratou um novo advogado para atuar no processo. Diante da troca, o novo advogado pediu vista do processo e mais tempo para analisar o caso. De acordo com o Estadão, o PEN busca um “atalho jurídico” para atrasar o máximo possível a retomada da discussão sobre o caso. 

Ainda sobre Lula, o julgamento do último recurso ao qual o ex-presidente tem direito na segunda instância contra a condenação no caso do triplex do Guarujá (SP) foi marcado para a próxima quarta-feira (18) no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre.

3. Agenda doméstica

Após dados decepcionantes de varejo e serviços, a agenda doméstica conta com números importantes para a economia como o IBC-Br, prévia do PIB de fevereiro. O dado será divulgado nesta segunda-feira às 08h30; a consultoria econômica GO Associados projeta alta de 0,3% ante o mês de janeiro, devolvendo parte da queda de 0,6% observada em janeiro.

Na sexta-feira (20) às 9h, o IBGE divulga o IPCA-15 referente ao mês de abril, que deve mostrar alta de 0,31% segundo projeção da GO. No acumulado em 12 meses o indicador continuará abaixo do piso da meta de 3,0%, em 2,91%. “Apesar da aceleração no mês, o cenário inflacionário segue confortável, permitindo ao Copom realizar novo corte de juros, de 0,25 pp, na reunião dos dias 15 e 16 de maio, levando a Selic para 6,25% ao ano”, aponta a consultoria. 

Sem dias definidos, o Ministério do Trabalho deve divulgar os dados do Caged referente ao mês de março, com expectativa de geração líquida positiva de vagas, enquanto a Receita Federal revela os dados de arrecadação federal do mesmo mês. A GO Associados projeta arrecadação de R$ 109,8 bilhões, um aumento real de 8,0% ante março do ano passado. 

4. Agenda externa

Na agenda econômica americana da semana, atenção para o resultado do varejo na segunda (16) e a produção industrial na terça (17), ambos de março. Na quarta-feira, o Federal Reserve divulga o livro Bege, que contém informações sobre o nível corrente da atividade econômica com base em informações coletadas junto aos empresários de cada regional do Fed.  Nesta segunda, atenção ainda para as falas dos presidentes regionais do Federal Reserve  Robert Kaplan (Dallas) às 13h, Neel KashkarI (Minneapolis) no mesmo horário, Raphael Bostic (Atlanta) às 14h15. 

Atenção ainda para a China, com a divulgação na segunda do resultado do PIB do primeiro trimestre do ano na noite desta segunda-feira. O mercado espera ligeira desaceleração no período, de 6,6% ante o mesmo período do ano anterior, ante crescimento de 6,8% no quarto trimestre do ano passado. 

5. Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário corporativo, está a divulgação pela B3 da segunda prévia do Ibovespa (a primeira apontou a entrada de B2w e Gol e a saída de Marfrig). Além disso, atenção para a novela sobre o novo Conselho de Administração da BRF: o acionista Luiz Fernando Furlan apresentou os nomes de Luiza Helena Trajano e Vicente Falconi Campos como candidatos para a eleição do conselho, que ocorrerá em 26 de abril. A Eletropaulo mantém suspensão de devolução de R$ 769,6 milhões, enquanto a IRB foi elevada a outperform pelo Itaú BBA, com preço-alvo de R$ 50. Já a Vale deve registrar produção de 75,4 mi de toneladas de minério de ferro no primeiro trimestre de 2018, incluindo compras de terceiros, de acordo com estimativa mediana de seis analistas consultados pela Bloomberg. Esse seria a menor produção trimestral da companhia. desde 2014. A mineradora divulga os dados antes da abertura dos mercados.

Por fim, no InfoTrade de hoje, destaque para o Ibovespa, que confirmou a expectativa de correção. No “Gráfico do Dia”, atenção para as ações do Bando do Brasil (BBAS3), que podem oferecer uma oportunidade contra a tendência. Confira clicando aqui

(Com Agência Brasil e Bloomberg)

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.