Os 5 eventos que vão agitar os mercados na semana

Confira os assuntos que agitarão os mercados nos próximos dias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após um fim de semana histórico com a prisão de Lula, o primeiro ex-presidente por crime comum, o mercado brasileiro monitora às reações ao acontecimento e como fica o cenário eleitoral. No exterior, atenção ainda para os desdobramento das rusgas comerciais entre China e EUA. Confira os destaques desta segunda e da semana:

1. Bolsas mundiais

A sessão é de ganhos para os índices futuros americanos, bolsas europeias e asiáticas, recuperando-se de perdas do fim da semana passada, em meio ao arrefecimento de preocupações com o recente conflito comercial entre China e EUA.

Ontem, autoridades do governo americano utilizaram tom mais ameno ao abordarem a questão comercial com Pequim, ressaltando que tarifas recém-anunciadas contra produtos chineses não entrarão em vigor de imediato e que ainda há tempo para os dois lados chegarem a um acordo. O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse em entrevista à emissora CBS não esperar “que haja uma guerra comercial” entre Washington e Pequim, enquanto o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, enfatizou que “nada aconteceu até agora”. Porém, o mercado segue monitorando com atenção as falas de autoridades de ambos os países. O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou hoje que o comércio de seu país com a China não é “livre” nem “justo”, mas “estúpido”.

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Na China, os mercados voltaram hoje de dois dias de feriado em tom positivo, mas com ganhos menores do que em outras partes da Ásia. O índice Xangai Composto subiu 0,23%, a 3.138,29 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto ficou praticamente estável, com valorização marginal de 0,01%, a 1.831,83 pontos.

No mercado de commodities, o petróleo tem leve alta após despencar na sexta; o cobre sobe em Londres, enquanto o minério tem leve baixa na China.

Às 7h50 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

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*S&P 500 Futuro (EUA) +0,66%

*Dow Jones Futuro (EUA) +0,72%

*Nasdaq Futuro (EUA) +0,86%

*Nikkei (Japão) +0,51% (fechado)

*Shangai (China) +0,26% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +1,29% (fechado)

*Petróleo WTI +0,34%, a US$ 62,27 o barril

*Petróleo brent +0,55%, a US$ 67,48 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian -0,67%, a 444 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 6.854,35 -2,29%
R$ 23.767 -0,42% (nas últimas 24 horas)

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2. Desdobramentos da prisão de Lula

Após muito tumulto e negociações, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso na noite do último sábado (7) e cumpre pena desde então em uma sala especial na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). 

A prisão de Lula volta atenção novamente ao STF (Supremo Tribunal Federal), em meio às indicações do ministro do STF Marco Aurélio de que pode levar a julgamento na próxima quarta-feira liminar que pretende rever a decisão do STF de 2016, que autoriza a prisão após o fim dos recursos na 2ª instância. No requerimento de liminar, o Partido Ecológico Nacional (PEN), pede que a Corte garanta, monocraticamente, a liberdade de condenados que ainda possam recorrer às instâncias superiores. O resultado da nova votação poderia afetar o resultado do julgamento que negou na semana passada o habeas corpus ao ex-presidente.

Caso o requerimento do partido prospere a incógnita é, mais uma vez, o voto da ministra Rosa Weber. Em seu voto na última quarta, ela afirmou que, no caso concreto, aplica a jurisprudência atual da Corte, embora o entendimento fosse contrário à sua posição pessoal. Segundo o Valor, espera-se que, analisando o caso em abstrato, Rosa se manifeste contra a prisão após segunda instância e, assim, forme-se um placar de 6 a 5 – desta vez, favorável à situação de Lula. Já segundo a Folha de S. Paulo, ela não é mais considerada voto certo contra a prisão em segunda instância. 

Já de olho nos desdobramentos políticos, a ausência de Ciro Gomes em ato no sindicato, promovido no último sábado, afastou apoio do PT ao pedetista, informa a Folha.

Enquanto isso, atenção para as mudanças ministeriais. O Palácio do Planalto confirmou  que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, vai assumir a pasta de Minas e Energia, que estava vaga com a saída de Fernando Coelho Filho, candidato à reeleição para deputado federal em Pernambuco. Moreira Franco também é secretário-executivo do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). O presidente Michel Temer participa da cerimônia de posse de Dyogo de Oliveira na presidência do BNDES às 10h30.

3. Agenda doméstica da semana

No Brasil, a agenda da semana reserva, entre os principais dados, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de março, na terça-feira (10) às 9h (horário de Brasília), que segundo a GO Associados deve subir 0,13%, com o acumulado em 12 meses ficando em 2,72%.

“A inflação de março deve mostrar ausência de pressões relevantes”, explicam os analistas, citando os dados de alimentos com uma ligeira deflação, assim como os transportes. “Em suma, o IPCA de março continuará mostrando um cenário inflacionário confortável em 2018”, conclui a GO Associados.

Na quinta-feira (12), também às 9h, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Comércio de fevereiro, com expectativa de alta de 0,9% no conceito restrito (não inclui automóveis e materiais de construção) e de 0,7% no ampliado, em relação ao mês de janeiro. “O resultado do varejo deve manter a percepção de recuperação gradual da economia, amparado na melhora das condições de consumo das famílias”, afirmam os analistas da GO.

4. Destaques internacionais

Na agenda de indicadores, nos EUA, os dados de inflação ao produtor dia 10 e ao consumidor, dia 11, e a divulgação da ata do Fomc, também na quarta-feira, são os principais eventos da semana.

“Todos os indicadores têm a função de auxiliar o mercado a calibrar as perspectivas para a dinâmica recente da inflação no país e o ritmo de altas de juros pelo Fomc ao longo do ano”, explica a GO Associados. Por ora, sinais de que a inflação americana ainda não está pressionada excessivamente pelo crescimento econômico têm evitado apostas em altas mais drásticas dos juros do Fed.

Na China, além de potenciais retaliações às tarifas de Trump, saem CPI, PPI e balança comercial. Na Europa, Draghi fala no dia 11, mesmo dia em que Kuroda, do Banco Central do Japão, também faz discurso. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

5. Noticiário corporativo

Em destaque no noticiário corporativo, o Conselho da BRF propôs chapa alternativa com Luiz Fernando Furlan como presidente. O Estadão informa que a Usiminas pode vender fábrica de tubos no Sul do país, enquanto o Banrisul informou que o Estado decidiu não mais realizar oferta de ações. Já na Sanepar, Luciano Machado vai assumir presidência interinamente.

Já no InfoTrade de hoje, destaque para as ações da Vale (VALE3), que podem oferecer oportunidade de compra caso superem R$ 43,34. No “Gráfico do Dia”, atenção para os papéis da Via Varejo (VVAR11), que abrem caminho para a retomada da tendência de alta principal. Confira clicando aqui.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.