Petrobras segue top pick do Itaú BBA; balanços de Sabesp e Marfrig e mais destaques do mercado

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (28)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue sendo destaque, com atenção para a reta final da temporada de balanços, além das notícias sobre Petrobras, que segue sendo top pick do Itaú BBA. Confira estes e outros destaques desta quarta-feira (28):

Petrobras (PETR4)

A Petrobras vai adiar a paralisação das operações de suas fábricas de fertilizantes em Sergipe e na Bahia em 120 dias. A decisão ocorre após congressistas dos dois estados pressionarem a estatal a buscar uma solução alternativa para as unidades. De acordo com a Petrobras, as unidades de fertilizantes registraram prejuízo conjunto de R$ 800 milhões no ano passado.

Também em destaque, o Itaú BBA manteve a Petrobras como top pick do setor de óleo e gás da América Latina. Segundo os analistas, apesar do desempenho forte, superando o mercado em 27%, a contínua transformação cultural da empresa,  juntamente com uma abordagem disciplinada de custos e endividamento, deve continuar a dar frutos e levar a uma recuperação da participação no mercado interno de combustíveis em 2018. O preço-alvo é de R$ 26,00 por ação PETR4. 

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Quando se olha para os catalisadores para o estoque no curto a médio prazo, existem quatro pilares que sustentam a tese construtiva de investimentos: (i) recuperação do segmento de refino; (ii) programa de venda de ativos; (iii) crescimento da produção nacional; (iv) reavaliação da cessão onerosa. Contudo, “apesar de nossa visão construtiva sobre o nome, os preços do petróleo e o ambiente político no Brasil continuarão a ser os principais fatores (e riscos) para as ações, particularmente em um ano de eleição presidencial”, pondera o Itaú BBA.

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Já em comunicado ao mercado, a Petrobras informou ter executado, entre fevereiro e março, uma estratégia de hedge protetivo de parte de sua produção de óleo prevista para 2018, em volume equivalente a 128 milhões de barris.

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Conforme a estatal, foram adquiridas opções de venda com preço de exercício referenciado na média das cotações do petróleo tipo Brent daqueles meses até o fim de 2018, com custo médio de 3,48 dólares por barril e preço de exercício médio em torno de 65 dólares por barril. O vencimento das opções se dará no fim do ano.

“A operação visa proteger parcela da geração operacional de caixa projetada pela companhia para o ano de 2018, garantindo um nível de preço mínimo para o volume de produção objeto da operação sem, entretanto, travar o preço caso a cotação média do Brent no ano supere o valor de referência”, afirmou. “A operação realizada visa reduzir o impacto negativo na geração de caixa da empresa nos cenários de preço mais adverso, aumentando o grau de confiança da estratégia de desalavancagem”, acrescentou a estatal.

Sabesp (SBSP3)

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp apurou no quarto trimestre de 2017 lucro líquido de R$ 612,6 milhões, queda de 35,3% sobre o mesmo período do ano anterior. Em 2017 o resultado foi de R$ 2,519 bilhões, o que também representa um recuo ante 2016, de 14,5%. 

Porém, o Ebitda no critério ajustado – lucro líquido antes de despesas de depreciação e amortização; imposto de renda e contribuição social; resultado financeiro; e outras receitas/despesas operacionais líquidas – apresentou crescimento tanto no comparativo do trimestre quanto do ano, ambos no porcentual de 15,3%, sendo respectivamente de R$ 1,394 bilhão e R$ 5,269 bilhões. A margem Ebitda ajustada aumentou de 32,4% para 36,1% no quarto trimestre e de 31,1% para 34,7% no quarto trimestre.

A receita líquida, considerando a receita de construção, foi de R$ 4,018 bilhões no quarto trimestre, 3,4% acima do mesmo intervalo de 2016, e no acumulado de 2017 somou R$ 14,608 bilhões, alta de 3,6% sobre 2016. 

A receita de construção diminuiu 15,9% no quarto trimestre, para R$ 935,7 milhões, e 15,6% no ano, para R$ 3,15 bilhões, o que a companhia de saneamento atribui ao menor investimento efetuado nos municípios operados. Desconsiderando os efeitos da receita e do custo de construção a margem Ebitda ajustada seria de 45,4% em 2017, ante 43,3% em 2016, diz a mensagem da administração.

O volume faturado total no trimestre atingiu 942,2 milhões de m3, um aumento de 3,5%, e no ano foi a 3,693 bilhões, 4,3% acima de 2016. O resultado financeiro ficou negativo no trimestre, em R$ 403,5 milhões, contra cifra positiva de R$ 163,4 milhões no quarto trimestre de 2016, e no ano ficou negativo em R$ 458,1 milhões ante cifra positiva em 2016 de R$ 699,4 milhões.

Em comunicado, a estatal propôs Mario Engler Pinto Junior para a presidência do Conselho de Administração. A pauta da  assembleia geral ordinária e extraordinária de 27 de abril também inclui proposta de pagamento de R$ 703,9 milhões em juros sobre capital, ou R$ 1,0298 por ação ordinária, sendo R$ 598,3 milhões em dividendos obrigatórios e R$ 105,5 milhões em dividendos adicionais.

CPFL Energia (CPFE3)

A CPFL registrou um lucro líquido de R$ 498 milhões no quatro trimestre de 2017, o que equivale a um crescimento de 262,6% em comparação com o resultado do mesmo período no ano anterior. A receita líquida registrada entre outubro e dezembro do ano passado foi de R$ 7,45 bilhões, em uma alta de 35,3% no mesmo comparativo.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig registrou prejuízo líquido de R$ 7,5 milhões no quarto trimestre, o menor registrado desde 2015. No ano, o resultado líquido da empresa de alimentos e processadora de carnes ficou negativo em R$ 461 milhões, queda de 33% na base de comparação anual. 

A receita líquida total cresceu 8% no quarto trimestre, para R$ 5,3 bilhões. Entre outubro e dezembro, a Marfrig apurou um Ebitda de R$ 493 milhões, alta de 24% em relação ao último trimestre de 2016.

“Os resultados do quarto trimestre demonstram a resiliência e o aumento de produtividade das operações da Marfrig num ano extremamente desafiante para a indústria brasileira de proteína animal”, disse a companhia em nota.

A Marfrig encerrou o ano com uma dívida líquida de US$ 2,4 bilhões, uma alta de US$ 624 milhões frente dezembro de 2016.

Segundo o Bradesco BBI, os números apresentados foram saudáveis, com Ebitda dentro das estimativas, com menores vendas sendo compensadas por menores custos e despesas. Os principais destaques no trimestre foram: (i) forte utilização da capacidade em 96% (versus média de 87%), diluindo os custos fixos; (ii) a divisão Marfrig Beef teve expansão, em base anual, de 3,7 ponto percentual na margem Ebitda (0,5 ponto percentual acima da estimativa do banco); e (iii) do lado negativo, a alavancagem financeira subiu para 4,6 vezes dívida líquida/Ebitda, vindo de 4,4 vezes no terceiro trimestre.

“Seguimos com visão construtiva sobre a história de desalavancagem da empresa e acreditamos que a empresa conseguirá atingir uma relação dívida líquida/Ebitda de 3,0 vezesem 2018, através do potencial IPO/venda da Keystone”, afirmam os analistas do Bradesco BBI. 

Vale (VALE3)

A Bloomberg informa que a Vale tem se mostrado disposta a ampliar seus níveis de governança e a reduzir a lacuna de valuation em relação aos seus concorrentes, incluindo uma reestruturação da companhia. Mas uma coisa ela ainda não se mostra disposta a fazer: divulgar os salários dos seus executivos. 

Para isso, a companhia tem se valido de uma decisão judicial de 2010 que tem por objetivo proteger os executivos de riscos de segurança, incluindo tentativas de sequestro. Nem todos os conselheiros da Vale concordam com a decisão tomada no fim de fevereiro, segundo ata de uma reunião divulgada neste mês. As duas novas conselheiras independentes, Sandra Guerra e Isabella Saboya, tentaram sem sucesso que a remuneração fosse divulgada. 

Ainda o CEO da mineradora, Fábio Schwartsman, afirmou ao Financial Times que o dividendo deve ser vinculado à geração de caixa. 

Even (EVEN3)

Após um resultado fraco do quarto trimestre, levando a uma queda de 6,86% das ações na véspera, a Even teve a recomendação reduzida a neutra pelo JPMorgan. 

Somos Educação (SEDU3)

O Bradesco BBI iniciou a cobertura para as ações da Somos Educação com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 23,00 por ativo, apontando que a companhia oferece uma plataforma completa e principais vantagens no mercado K12. 

De acordo com os analistas a melhor integração dos ativos e inovações existentes (PAR) apoiam um aumento de cerca de 50% no fluxo de caixa livre para 2018-2020, em comparação com 2015-2017, criando financiamento para projetos de crescimento. Já a consolidação das escolas K12, como no mercado de graduação, é uma grande oportunidade, uma vez que a Somos tem financiamento e experiência para liderar a corrida de consolidação.

No entanto, a liquidez das ações extremamente baixa limita significativamente a capacidade de investimento, pondera o banco.

Light (LIGT3)

A Light propôs aumentar limite do capital autorizado e mudar artigo do estatuto para prever que aumento do capital poderia ser feito por meio da emissão e distribuição de novas ações, caso necessário, segundo comunicado ao mercado. A proposta aumenta limite do capital de 204 milhões de ações para 300 milhões de ações. A 
Assembleia está marcada para 27 de abril às 11h.

 

Eletrobras (ELET6)

O conselho da estatal informou o mercado que aprovou, em 23 de março, a venda da totalidade de ações da SPE Intesa, em razão da dação em pagamento feita pelas subsidiárias Chesf e Eletronorte à Eletrobras. Segundo o comunicado, a iniciativa de desinvestimento em SPEs tem por objetivo promover a quitação de dívidas destas subsidiárias junto à Eletrobras, permitindo a redução de sua alavancagem e a melhoria da relação entre dívida líquida e Ebitda.

Gerdau (GGBR4)

A companhia teve perspectiva alterada de negativa para estável pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Segundo a instituição, a mudança reflete o entendimento de que a Gerdau apresentou melhorias em sua flexibilidade financeira para negociar com ciclos de baixa de seus negócios, já que a capacidade ociosa no Brasil continua grande. O rating da siderúrgica foi reiterado em BBB-.

Copel (CPLE6)

A Itaipu Binacional e a Copel firmaram parceria para a instalação de postos de abastecimento para veículos elétricos (também chamados de eletropostos) no Paraná. No total, serão instaladas dez estações de recarga em 700 quilômetros da BR-277, cortando o Estado de Leste a Oeste, entre Paranaguá e Foz do Iguaçu. Cada eletroposto terá 50 kVA (kilovoltampere) de potência, o equivalente a dez chuveiros elétricos ligados ao mesmo tempo. Também contarão com três tipos de conectores, próprios para atender os modelos de carros elétricos ou híbridos disponíveis no mercado.

Eneva (ENEV3)

A Eneva teve aval do Cade à compra as ações detidas pela Uniper na Pecém II, tornando-se a controladora única da termelétrica localizada em São Gonçalo do Amarante (CE), segundo despacho publicado no website do conselho.

(com Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.