Calmaria perfeita acabou nos mercados? Para Verde Asset, essa é uma boa oportunidade para “comprar mais”

Gestora comandada por Luis Stuhlberger apontou em relatório que a correção no mês passado foi um movimento eminentemente técnico, causado pela própria dinâmica interna; desta forma, houve um aumento da exposição do fundo em ações globais

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em relatório para comentar o desempenho em fevereiro, a Verde Asset, comandada por Luis Stuhlberger, um dos maiores gestores de fundos do mercado brasileiro, destacou o fim da “calmaria perfeita” nos mercados globais. Os gestores apontam para a forte correção dos mercados no mês anterior ao apontarem que, entre as máximas do ano, com S&P a 2.870 pontos em 29 de janeiro, e o mínimo a 2.530 em 09 de fevereiro, o mercado acionário americano corrigiu 11,8%, em apenas nove pregões.  

O Verde, aliás, teve ganhos de 0,12% em fevereiro, abaixo do CDI (que rendeu 0,47%), atribuindo as perdas principalmente de exposição em bolsa, particularmente da parcela global, que sofreu com a correção dos mercados. A posição vendida em dólar contra o real também sofreu pequenas perdas, enquanto houve ganhos na renda fixa, principalmente em função da alta de juros nos mercados desenvolvidos. 

Ao ressaltar a calmaria anterior dos mercados, a Verde ressalta que, ao longo de 2017, houve um colapso da volatilidade na maioria das classes de ativos, e particularmente nos mercados de ações. O VIX (indicador de volatilidade para o S&P500 mais usado pelo mercado), por exemplo, bateu recorde de baixa.

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“Tal calmaria estimulou um aumento da alavancagem do mercado, seja através de gestores que seguem métricas de risco onde a volatilidade corrente é o principal input, seja via o crescimento de produtos que apostavam na continuidade dessa volatilidade baixa. E justamente esse aumento da alavancagem, e o posicionamento do mercado agressivamente comprado em ativos de risco, foram as sementes que levaram aos movimentos que vimos em fevereiro”, apontam. 

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Porém, o fim da calmaria não significa o fim do otimismo. A Verde ressalta que, embora muitos considerem que a correção foi causada pela alta das taxas de juros globais, ou pelo aumento dos riscos geopolíticos, ou pelos potenciais conflitos comerciais causados pelo presidente dos EUA Donald Trump, entre outras razões menos cotadas, “a correção foi um movimento eminentemente técnico, causado pela própria dinâmica interna dos mercados”. Assim, exatamente por isso que os mercados de ações tiveram um movimento de alta de volatilidade muito mais exacerbado que todas as outras classes de ativo.

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“Dada esta conclusão, aproveitamos a correção para aumentar a exposição do fundo em ações globais, com foco no mercado americano, que se beneficia sobremaneira do corte de impostos recém-implementado”, concluem os gestores. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.