Blue chips têm mais um dia de ganhos; Cemig salta 4% com avaliação de ativos e 2 ações reagem a recomendações

Confira os destaques da B3 desta quinta-feira (15)

Lara Rizério

(Divulgação/Vale)

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SÃO PAULO – O Ibovespa segue o movimento de alta da véspera, com blue chips como bancos, Vale e Petrobras subindo mais de 1%. Enquanto isso, fora do Ibovespa, Fras-le e Randon avançam após o guidance considerado positivo. Confira os destaques desta quinta-feira (15):

Cemig (CMIG4)

A ação da Cemig salta nesta sessão após a divulgação de dados preliminares pela Aneel ( Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre a base de ativos do braço de distribuição da companhia (Cemig-D), que foram melhores do que o esperado.

Conforme destacou o Itaú BBA, o número esperado do RAB (base de ativos) era de R$ 7 bilhões, mas ele foi de R$ 9,1 bilhões. 

Vale (VALE3)
As ações da Vale avançam por mais uma sessão após dispararem cerca de 6% na véspera em meio ao rali do minério de ferro. Nesta sessão, o mercado segue com ganhos para as commodities, com o minério em alta de 2,57%, a 539,5 iuanes, atingindo o maior nível em três semanas com otimismo sobre demanda, enquanto os metais avançam em Londres com a baixa do dólar. 

Petrobras (PETR4)

A ação da Petrobras segue registrando ganhos após subir mais de 2% na véspera. Nesta sessão, o petróleo chegou a registrar leves ganhos, com o WTI por volta dos US$ 61 em meio ao estoque de petróleo abaixo do esperado nos EUA, mas a commodity passou a oscilar entre leves perdas e ganhos. 

Gerdau (GGBR4)

A ação da Gerdau registra leves ganhos nesta quinta-feira. Em reunião realizada na quarta-feira, o Conselho de Administração da Gerdau aprovou a venda dos complexos energéticos Caçu e Barra dos Coqueiros, no Estado de Goiás, para a Kinross Gold Corporation, por R$ 835 milhões. Os complexos são geradores de energia elétrica.

Em comunicado, a Gerdau informa que os complexos foram inaugurados em 2010, e têm capacidade instalada total de 155 MW.

“Com a venda das hidrelétricas, damos mais um importante passo em nosso plano de desinvestimentos, em linha com a estratégia de focar nos ativos mais rentáveis no segmento do aço”, afirma o diretor-presidente da Gerdau, Gustavo Werneck. Com essa transação, o valor econômico dos desinvestimentos da siderúrgica ultrapassa os R$ 6 bilhões nos últimos quatro anos.

“Com esta operação o total desinvestido chega a quase R$ 3 bilhões em 2018 e, somado a potencial geração de caixa de mais de R$ 2 bilhões em 2018, vemos a companhia atingindo 1, 7 vez a relação entre a dívida líquida e o Ebitda esperado para 2018 versus o 2,5 vezes que vinham indicando para o mercado”, apontam os analistas do BTG Pactual, que reiteram recomendação de compra com preço-alvo de R$ 18. 

Gafisa (GFSA3)

A ação da Gafisa tem baixa após a ação ter a recomendação reduzida de neutra para underperform (desempenho abaixo da média do mercado) pelo Santander, com o preço-alvo sendo reduzido de R$ 24,41 para R$ 15,20. 

De acordo com o banco, a ação precifica totalmente perspectiva positiva de longo prazo do Santander, levando o banco ao downgrade.  O plano estratégico da empresa, que se concentra em seus conhecimentos e produtos com ciclos de construção significativamente mais curtos, deve ajudar a minimizar os riscos operacionais e reduzir as necessidades de capital de giro a longo prazo. O contínuo aumento de capital deve aliviar a alavancagem elevada da empresa.

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Hering (HGTX3)
A ação da Hering teve a recomendação elevada para compra pelo Citi, que reduziu o preço-alvo para R$ 28,90, mas ainda vendo 41% de potencial de alta em relação a níveis atuais e apontando o papel como o mais barato na cobertura do Citi com desconto “atraente” de 53% sobre a média dos varejistas do Brasil.

Depois de queda iniciada em outubro, alavancagem operacional da varejista permanece intacta, segundo uma nota da analista Alana Imaizumi. 

JBS (JBSS3)
As ações da JBS, apesar de não registrarem uma baixa muito expressiva, são o destaque de queda do Ibovespa após o balanço da  Pilgrim’s Pride, empresa de carne de frango controlada pela brasileira JBS, vir abaixo do esperado. 

Os analistas do BTG Pactual destacaram a margem Ebitda abaixo do esperado, de 9% versus a estimativa de 12%. “Os preços das aves nos EUA caíram substancialmente seguindo um recorde no terceiro trimestre, então uma queda da lucratividade na comparação trimestral era amplamente esperada, mas a magnitude foi uma surpresa”, apontam os analistas. O Itaú BBA aponta ainda que o balanço abaixo da expectativa deve reduzir a projeção do Ebitda para o quarto trimestre em cerca de 4%. 

Elétricas

Segundo informa o Valor Econômico de hoje, o processo de venda do controle da Light (LIGT3) pela Cemig (CMIG4) está se mostrando mais difícil do que o previsto pela estatal mineira. Além dos obstáculos referentes às enormes perdas por furtos na área de concessão da elétrica carioca, a operação também enfrenta a competição de outros ativos de distribuição à venda. É o caso das concessionárias da Eletrobras (ELET6) e a esperada saída da AES da Eletropaulo (ELPL4).

Já a coluna do Broad, do Estadão, informou que o leilão de privatização das distribuidoras da Eletrobras deve ocorrer em 30 de abril, na data limite do prazo indicado pelo governo para a realização do certame. Para isso, a ideia é que o edital seja publicado em 15 de março. Antes, porém, o Tribunal de Contas da União ainda precisa aprovar os processos.O processo é considerado fundamental para a posterior privatização da estatal. 

Randon (RAPT4) e Fras-le (FRAS4)

A Randon divulgou o seu guidance para 2018, vendo receita líquida consolidada 2018 em R$ 3,6 bilhões. Já a projeção para receita bruta total 2018 é de R$ 5 bilhões, segundo comunicado. Em outro comunicado, a Fras-le informou projeção para receita líquida consolidada 2018 de R$ 1,1 bilhão, enquanto o guidance para receita bruta total ficou em R$ 1,6 bilhão. 

O Itaú BBA apontou os números da Randon como positivos, destacando os números do capex de R$ 140 milhões, ante previsão do banco de R$ 129 milhões e reiterou recomendação outperform com preço-alvo de R$ 18,00. 

“Após os ajustes maciços em 2016 e em parte de 2017 (que incluiu uma redução do número de funcionários, paradas e reestruturação, entre outros), a Randon conseguiu combinar sua estrutura de custos com o novo cenário de demanda e melhorar sua posição financeira. Com uma estrutura de custo mais enxuta e uma posição financeira sólida, em 2017 a Randon ganhou considerável participação de mercado no segmento de caminhão-reboque – que foi o mais atingido pela crise – e pode divulgar resultados positivos no segmento de peças para caminhões”, apontam os analistas do Itaú BBA. 

Oi (OIBR4)

Maior acionista da Oi,  Pharol (ex- Portugal Telecom) prepara-se para pedir a instauração de um procedimento contra a operadora na Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM), da B3 (Bolsa de Valores), diz o Valor. Além da nova frente arbitral, a Pharol tenta reverter na Justiça a homologação do plano de recuperação judicial da operadora, aprovado por credores em assembleia de dezembro.

 

(Com Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.