Com bolsas globais em modo de alerta, opções de venda da Petrobras disparam 1.100% em 3 dias

Em meio ao sell-off dos mercados, as ações da Petrobras caem 9% no período e voltam para a casa dos R$ 18,80

Paula Barra

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SÃO PAULO – Seguindo o sell-off das bolsas globais, que jogou o Ibovespa para a casa dos 81.500 pontos, as opções de venda da Petrobras (PETR4), que caminhavam rumo ao “pó”, sendo negociadas a R$ 0,01/R$ 0,02, disparam mais 1.000% nos últimos três pregões. 

Com a ação da estatal caindo 9% nesse período, indo para a região dos R$ 18,80, depois de ter batido na quinta-feira passada seu maior patamar desde outubro de 2014, essas “puts” (opções de venda) da companhia com preço de exercício na casa dos R$ 17 e R$ 17,75 ganharam uma sobrevida no mercado.

Com uma maior probabilidade da ação estar abaixo dessa faixa no dia do vencimento das opções, que ocorre sempre nas terceiras segundas-feiras do mês (neste caso, dia 19/02), os contratos PETRN77 (cuja letra “N” representa o mês do vencimento), com preço de exercício de R$ 17,25, sobe 1.100% nesses três pregões, indo dos R$ 0,01 para R$ 0,12. Da mesma forma, as opções PETRN67, que têm preço de exercício de R$ 17,75, registram uma valorizou 950%, passando dos R$ 0,02 para os R$ 0,21.

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Do outro lado, as “calls” (opções de compra), que ganharam tração com o rali do mercado em janeiro (o Ibovespa subiu 11,14% no mês passado), afundaram mais de 70% nesses três dias. Entre os destaques, as opções PETRB99 e PETRB69, com preços de exercícios de R$ 19,75 e R$ 19,00, respectivamente, que caíram 75% e 70% no período. 

O que é mercado de opções?
A opção é um derivativo negociado no mercado financeiro. E como qualquer derivativo, seu preço “deriva” da oscilação do ativo ao qual ela se lastreia – no caso de uma opção de ação, o contrato varia de acordo com as oscilações desta ação na Bovespa. Quem compra uma opção está adquirindo o “direito” de comprar ou vender alguma ação a um preço previamente estabelecido (chamado “preço de exercício”, ou “strike”) até um vencimento estabelecido. Já quem vende a opção tem a obrigação de atender a exigência daquele que comprou o contrato.

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Tomando como exemplo o caso da Petrobras citado na matéria: quem comprou a opção de venda PETRN77 pode escolher se quer exercer ou não seu direito de vender as ações PETR4 a R$ 17,25 no dia 19 de fevereiro; já quem vendeu a opção de venda terá a obrigação de comprar estas ações caso o detentor da opção exerça seu direito.

Embora o mercado de opções seja muito utilizado para operações de “hedge” (proteção), o baixo custo para acessar este mercado – muitas opções chegam a custar R$ 0,01 por contrato – atrai muitos especuladores que buscam rentabilidades explosivas em um curto espaço de tempo. No entanto, é preciso ter ciência dos riscos embutidos nestes investimentos, já que o investidor corre o risco de perder 100% do capital investido caso a opção que ele comprou não torne-se financeiramente interessante para ser exercida até o vencimento dela – o que no jargão deste mercado é dito que a opção “virou pó”.