Wall Street enfrenta testes de estresse que imitam novo colapso

Os cenários dos testes de estresse divulgados na quinta-feira pelo Fed serão usados para descobrir se 18 bancos, incluindo JPMorgan Chase, Goldman Sachs e Deutsche Bank, têm solidez suficiente para suportar um golpe significativo à economia

Bloomberg

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(Bloomberg) — Os bancos de Wall Street precisarão provar que são capazes de enfrentar uma recessão global grave como parte de um exercício anual do Federal Reserve que visa a garantir que as maiores instituições financeiras não entrem em colapso em caso de nova crise.

Os cenários dos testes de estresse divulgados na quinta-feira pelo Fed serão usados para descobrir se 18 bancos, incluindo JPMorgan Chase, Goldman Sachs e Deutsche Bank, têm solidez suficiente para suportar um golpe significativo à economia. Se o desempenho for bom, os bancos poderiam passar a contar com mais margem de manobra para pagar dividendos aos acionistas e recomprar ações.

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O pior dos cenários hipotéticos divulgados prevê o aumento da taxa de desemprego nos EUA para 10 por cento — semelhante ao nível registrado durante a crise de uma década atrás — e uma curva de rendimentos muito mais acentuada dos títulos do Tesouro. Pela primeira vez os testes de estresse do Fed incluem vários bancos estrangeiros com operações nos EUA. Outros 20 bancos menores e menos complexos enfrentarão uma versão mais fácil dos exames.

Colapso de bancos

O Fed quer que os bancos submetidos ao exercício conhecido como Análise e Revisão Abrangentes de Capital (CCAR, na sigla em inglês) apresentem seus planos de distribuição de capital até 5 de abril. Os resultados dos testes serão anunciados até 30 de junho, embora a data exata ainda não tenha sido estabelecida.

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Os testes de estresse, que passaram a ser realizados após a crise financeira de 2008, elevaram os níveis de capital porque os bancos tentam garantir que não entrarão em colapso caso os piores cenários do Fed se concretizem. Embora os exames sejam entregues a dezenas de grandes bancos, o banco central já reduziu a carga para todos, com exceção dos grandes credores. O Fed tomou a medida deixando-os de fora do chamado lado qualitativo dos testes, que o setor considerou mais difícil de gerenciar do que o aspecto quantitativo, mais simples.

As avaliações anuais exigidas pela Lei Dodd-Frank deverão sofrer mais mudanças. A diretoria do Fed planeja tornar o processo mais transparente, e o vice-presidente do Fed para a Supervisão, Randal Quarles, disse que o órgão regulador está trabalhando também na eliminação de pelo menos um dos índices de capital que mede.