Petrobras protocola oferta de ações da BR e pretende levantar R$ 4,95 bi; 3 ações elevadas e mais destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (22)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O destaque desta sessão fica para a Petrobras, que protocolou documentos para oferta de ações da BR Distribuidora e pretende levantar aos menos R$ 4,95 bilhões. Além disso, atenção para as recomendações de ações, com destaque para a Sabesp, Magazine Luiza e Vale tendo recomendações elevadas. Confira os destaques desta quarta-feira (22):

 Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras anunciou oferta secundária de pelo menos 291,3 milhões de ações ON da BR Distribuidora, segundo prospecto preliminar. A oferta poderá ser acrescida em até 15%, ou até 43,7 milhões de ações, em lote suplementar e em até 20%, ou até 58,3 milhões de ações, em lote adicional. A estatal quer levantar ao menos R$ 4,95 bilhões com ações da BR, que considera preço médio por ação, de R$ 17,00, da faixa de preço indicativa, de R$ 15 a R$ 19. O preço por ação será fixado após conclusão de procedimento de bookbuilding. Não será admitida distribuição parcial. 

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O preço de venda das ações da BR será fixado após a apuração do resultado do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais, a ser realizado no Brasil e no exterior. A companhia ressaltou ainda que a operação está sujeita à concessão dos registros pela CVM e às condições do mercado.

Além disso, a estatal também informou que as 13 refinarias da companhia no Brasil processaram 1,75 milhão de barris-dia de petróleo em outubro, uma queda de 2,4% na comparação mensal e queda de 5,7% na base anual, de acordo com os dados da ANP compilados pela Bloomberg. 

Já o Valor Econômico informa que, após anunciar a compra dos ativos remanescentes da área de fertilizante da Vale, a multinacional norueguesa Yara não descarta a aquisição de ativos da Petrobras no segmento de adubos nitrogenados. 

Recomendações

As recomendações são destaque nesta sessão. A Sabesp (SBSP3) foi elevada para ’compra’ pelo HSBC, com preço-alvo de R$ 39, enquanto o Magazine Luiza (MGLU3) foi elevado para ’compra’ por Eleven Financial. Já o BTG Pactual rolou o preço-alvo para 2018 para a ação da Estácio (ESTC3), a R$ 40, mantendo a recomendação de compra para os ativos.

Vale (VALE3;VALE5)

A Vale também foi alvo de recomendação, com o ADR sendo elevado de neutro para outperform pelo Macquarie. Além disso, ontem, em comunicado enviado ao mercado, a mineradora anunciou que a próxima sexta-feira (24) será o último dia de negociação de suas ações PNA. Com isso, a partir da próxima segunda-feira (27), todas as ações negociadas na B3 serão ON.

No mesmo dia, todos os detentores de American Depositary Shares (ADSs) Preferenciais da Vale receberão ADSs Ordinárias, no valor de 0,9342 ADS ON para cada ADS PNA e, caso seja aplicável, valor em dinheiro do valor de papéis vendidos no mercado. Nesta terça foi encerrado o prazo para que os acionistas manifestassem o exercício do direito de retirada da conversão. A mineradora informou ainda que a União terá 12 ações preferenciais classe especial.

Oi (OIBR4)

Atenção para o noticiário sobre a Oi. Segundo fonte ouvida pela Bloomberg, o Conselho da Oi está disposto a fazer mudanças que tornem o plano de recuperação judicial da empresa mais palatável aos credores. Em reunião nesta quarta-feira, o conselho deve aprovar mudanças que incluem o momento em que uma taxa de adesão será paga aos credores que concordarem em participar do aumento de capital da empresa, disse a fonte. As mudanças representariam uma vitória para a administração da empresa, a Anatel, credores e o próprio juiz que preside a recuperação judicial, já que todos expressaram o temor de que o pagamento antecipado da taxa de adesão poderia drenar o caixa da empresa, que já está em dificuldades financeiras. As pressões sobre o conselho da Oi aumentaram no último mês.

Após os diretores estatutários da empresa se recusarem a assinar o plano proposto pelo conselho, a Anatel interviu e disse que o PSA (plan support agreement) a ser apresentado aos detentores de dívida precisaria ser previamente aprovado pela agência. O último elemento a gerar tensão foi o comentário feito pelo juiz que preside a recuperação, de que, caso o conselho continue tentando limitar a habilidade da administração de negociar um plano com os credores de forma a impossibilitar um consenso, ele pode optar por colocar em votação na assembleia o plano proposto pelos credores. Outra mudança seria que o aumento de capital não mais dependerá da aprovação do conselho.

Sanepar

As units da Sanepar (SAPR11) começam a ser negociadas a partir desta quarta-feira (22) na B3. O ativo será composto por uma ação ON e quatro ações preferenciais. Assim, pela cotação de fechamento da última terça-feira, com os papéis SAPR3 a R$ 10,41 e SAPR4 a R$ 10,84, as units devem ser cotadas a R$ 53,77. As outras classes de ativos não deixarão de existir, mas deverão ter menor liquidez na bolsa. 

Ontem, a Sanepar informou que foi verificada a adesão de aproximadamente 62,5% de ações PN em circulação em units. O segundo período de conversão, para os demais acionistas que ainda não solicitaram a conversão, teve início no último dia 21 e se encerrará na próxima sexta-feira (24). 

O programa de units foi proposto pela estatal paranaense em julho, de olho na venda do excedente do controle acionário que o governo possui na companhia. O Paraná possui 90% das ações ordinárias, com direito a voto, e gostaria de ter apenas 60%, mas precisa de liquidez (o que não ocorre com os ativos ON). Confira como foi o processo de conversão clicando aqui. 

  

Eletrobras (ELET3;ELET6)

Em uma iniciativa que busca minar a forte resistência de governadores e parlamentares do Nordeste, as ações de revitalização na bacia hidrográfica do rio São Francisco vão ganhar um reforço de R$ 9 bilhões com a transferência de controle da Eletrobras para o setor privado, informa o Valor.

“Os recursos estão previstos no projeto de lei que autoriza a privatização da companhia. Com dez dias de atraso em relação ao anúncio feito pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o texto da proposta seguiu ontem para uma análise final da Casa Civil”, destaca a publicação. 

Atompar (ATOM3

Se na semana passada o Banco Central e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) não animaram os investidores com seus comunicados em relação aos ICOs (Oferta Inicial de Moedas, na sigla em inglês) e às criptomoedas, a small cap Atompar – a primeira “prop trading” da bolsa – viu ali o gatilho para fazer um anúncio bastante audacioso.

Em comunicado ao mercado enviado na noite de terça-feira (21) a Atom afirmou que “é um grande momento da companhia se consolidar no mercado de FINTECH no Brasil e no exterior como a primeira companhia a cumprir todas as etapas propostas pelo regulador e integrar o sistema financeiro a esse novo mundo de ativos virtuais”. Neste contexto, o Conselho de Administração da companhia aprovou hoje a criação de uma empresa, com participação de até 99,99% do capital social, com atividades relacionadas ao desenvolvimento de novas tecnologias para o mercado financeiro, criação de estruturas de blockchain e criação de criptomoedas (tokens virtuais).

“A operação irá demarcar, para a Companhia, os primeiros passos de consolidação de uma fintech disruptiva, inovadora e de grande geração de valor”, disse a Atom em comunicado. Com isso, a companhia afirma buscar três pontos: criar a primeira companhia emissora de criptomoedas listada no mercado financeiro; criar condições para que um ativo virtual possa circular dentro do sistema financeiro; e criar condições inovadoras quanto a sistemas de pagamentos e controles.

A Atom ainda não deu maiores detalhes sobre esta nova empresa e como todas estas ideias serão colocadas em prática, mas afirmou que manterá o mercado informado sobre todos os passos na criação desta fintech. 

Gafisa (GFSA3)

A Gafisa informou que o fundo GWI comprou ações da companhia e aumentou participação para 10,1%. 

(Com Agência Estado) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.