Petrobras afunda 8%, Eletrobras sobe e mais 11 empresas reagem a balanços do 3° trimestre

Confira os principais destaques corporativos desta terça-feira

Rodrigo Tolotti

(Agência Petrobras)

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Veja abaixo os principais destaques de ações desta sessão:   

Petrobras (PETR3, R$ 16,05, -8,18%; PETR4, R$ 15,35, -7,75%)

A Petrobras encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 266 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 16,5 bilhões no mesmo período do ano passado. O número ficou bastante abaixo dos R$ 3,56 bilhões de lucro que esperavam os analistas consultados pela Bloomberg. Na comparação com o segundo trimestre, porém, o resultado ficou praticamente estável, com leve queda de 16% (veja mais aqui). Já no acumulado dos nove meses do ano, o lucro líquido ficou em R$ 5,03 bilhões, ante um prejuízo de R$ 17,33 bilhões no mesmo período de 2016. 

A receita de vendas da companhia, por sua vez subiu de R$ 70,44 bilhões no terceiro trimestre de 2016 para atuais R$ 71,82 bilhões, ficando acima dos R$ 68,96 bilhões esperados pelo mercado. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 19,22 milhões entre abril e junho deste ano.

Em relação ao fim de 2016, houve uma redução do endividamento bruto da companhia em 7%, passando de R$ 385,78 bilhões para atuais R$ 359,41 bilhões, enquanto o endividamento líquido recuou 11%, passando de R$ 314,12 bilhões para R$ 279,23 bilhões.

De acordo com o Bradesco BBI, o resultado foi sem grandes surpresas, sendo os principais destaques os maiores custos de extração e tomada do governo, que afetaram upstream; margens mais baixas nas refinarias e taxa de utilização estável na base trimestral; e bons resultados de energia e distribuição, que “compensaram o fraco desempenho upstream/downstream”. 

O próximo gatilho para a Petrobras, de acordo com os analistas, é o ajuste na Cessão Onerosa; “Embora a falta de um gatilho ainda nos preocupe em termos do plano de desinvestimentos, agora estamos mais confiantes de que o gatilho do ajuste da Cessão Onerosa está finalmente se aproximando. Assim, mantemos nossa visão positiva de médio a longo prazo para a ação”, avaliam.

Já para o Santander, os resultados operacionais vieram abaixo das estimativas do banco, principalmente devido aos resultados operacionais trimestrais mais fracos no segmento de refino, o que reflete a estratégia da companhia para recuperar a participação de mercado, um efeito que pode impactar positivamente os resultados do quarto trimestre em diante, dizem os analistas Christian Audi e Gustavo Allevato em relatório.

O principal destaque do trimestre foi a contínua geração de fluxo de caixa operacional de R$ 9,5 bilhões, o que ajudou a reduzir a alavancagem de 3.2 vezes no segundo trimestre para 3,1 vezes. “Além disso, o lucro líquido no ano até agora atingiu R$ 5,1 bilhões, em nossa visão aumentando a probabilidade de pagamento de dividendos em 2018”. Analistas reiteram “visão positiva sobre a ação” e consideram como catalisadores importantes para a ação a renegociação da Cessão Onerosa e a potencial venda de ativos. 

Já os analistas da XP Investimentos comentaram que o resultado foi impactado por itens não recorrentes, mas ressaltaram a melhora no fluxo de caixa, a redução na alavancagem financeira e o crescimento da receita. No lado negativo, os itens não-recorrentes, seguem impactando o resultado da companhia, que já vislumbra o pagamento de dividendos. “Seguimos otimistas com o case da Petrobras, principalmente, na gestão da companhia, focada na redução do endividamento, venda de ativos e na melhora do retorno da empresa”, disseram.

Ainda no radar da estatal, a Petrobras convocou AGE para 15 de dezembro, às 16h. A Assembleia na sede da companhia, no Rio de Janeiro, vai tratar de proposta de alteração e da consolidação do estatuto social, segundo comunicado da Petrobras. A companhia ainda informou que elevará a gasolina em 0,3% e em 1,1% o diesel, preços válidos a partir da próxima quarta-feira. 

Eletrobras (ELET3, R$ 20,47, +1,09%;ELET6, R$ 23,31, +0,60%)

A Eletrobras apresentou lucro líquido de R$ 550 milhões no terceiro trimestre de 2017, 37% inferior aos resultados apurados no mesmo período de 2016. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, 13, junto com as informações trimestrais, a estatal afirma que o resultado foi influenciado pela contabilização de receitas financeiras relativas aos ativos de transmissão de energia elétrica existentes em 31 de maio de 2000, denominados instalações da Rede Básica do Sistema Existente (RBSE), em valor superior no ano passado em relação a este ano.

Sem os efeitos não recorrentes, o lucro foi de R$ 449 milhões, o que representa um avanço de 267% na comparação anual. “O lucro do terceiro trimestre foi impactado positivamente por reversões de contratos onerosos e impairments (depreciações), devido principalmente ao lançamento e adesões do PAE – Plano de Aposentadoria Extraordinária”, afirmou.

O Ebitda foi de R$ 2,85 bilhões, e, no critério gerencial, que retira efeitos extraordinários, somou R$ 1,391 bilhão entre julho e setembro deste ano, crescimento de 71% neste critério em relação ao mesmo período de 2016. A receita operacional líquida da Eletrobrás ficou em R$ 8,892 bilhões no trimestre, avanço de 4% na comparação com o terceiro trimestre de 2016. Os investimentos no trimestre somaram R$ 1,305 bilhão, e chegaram a R$ 3,764 bilhões no ano.

A companhia ainda informou que não recebeu informações do governo sobre modelagem: “o assunto sobre potencial privatização da Eletrobras está sendo tratado pelo seu acionista controlador, não tendo recebido, formalmente, do acionista controlador, informações, laudos ou estudos a respeito das notícias divulgadas pela imprensa”, segundo comunicado em resposta a pedido de esclarecimentos da B3 após reportagem do Valor Econômico na segunda-feira, citando entrevista com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que apontou que a planta de Tucuruí terá contrato de concessão renovado antecipadamente por 30 anos, o que garantirá mais receita para o Tesouro.

 “A companhia enviou correspondência ao seu acionista controlador, através do Ministério supervisor da Eletrobras, reiterando a necessidade de que atos ou fatos relevantes, que envolvam a Companhia, devem ser divulgados ao mercado, nos termos da referida regulamentação”, informou a Eletrobras. 

Vale destacar que, na segunda-feira, Coelho Filho afirmou que o projeto de privatização da Eletrobras vai para Casa Civil nos próximos dias. 

JBS (JBSS3, R$ 7,79, -2,63%)
Imersa em profunda crise de reputação e com seus principais acionistas presos, a empresa reportou nesta segunda-feira  ao mercado o que afirma ser o melhor resultado de sua história. Nessa conta, considera o lucro líquido recorde de R$ 1,9 bilhão, valor que teria obtido no terceiro trimestre caso não tivesse aderido ao Programa Especial de Regularização Tributária (Pert). Com os gastos do programa, o resultado caiu para R$ 323 milhões, retração de 64% sobre os R$ 887 milhões de igual período de 2016.

O desempenho operacional foi decisivo para atenuar o que vinha sendo o principal ponto de preocupação dos investidores ao olhar os números da JBS: o alto endividamento. A empresa, que em julho precisou renegociar com bancos mais de R$ 20 bilhões sob risco de não conseguir honrar compromissos, anunciou corte de R$ 4,8 bilhões na dívida líquida. Mais da metade veio do dinheiro gerado na operação. A venda de ativos, como a operação em países do Mercosul, também ajudou.

Com isso, a JBS conseguiu reduzir o endividamento para 3,4 vezes sua capacidade de geração de caixa (Ebtida – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A meta é levar para abaixo de 3 vezes o Ebtida. Mas agora a JBS já ostenta patamar de endividamento mais confortável do que o dos rivais brasileiros e em linha com os estrangeiros, diz a JBS.

No meio de todo barulho que o grupo passou, tivemos o melhor resultado da história”, afirmou ao Estadão o diretor de operações, Gilberto Tomazoni.  A expectativa da JBS é que não seja necessária nova renegociação da dívida e que a relação com os bancos volte ao normal no primeiro semestre de 2018. O resultado foi reflexo da forte alta nas vendas do exterior, em especial da divisão americana. No Brasil, que responde por 12% do negócio, os números vieram abaixo do esperado. A receita da Seara ficou estável, mas as da operação de carne murcharam diante da queda de 31% nas vendas ao mercado interno. A principal razão, segundo a JBS, foi a necessidade de corte dos abates em 17% no trimestre.

Marfrig (MRFG3, R$ 6,71, -1,76%)
A Marfrig registrou prejuízo líquido de R$ 58 milhões no terceiro trimestre de 2017, ante um prejuízo líquido de R$ 155,8 milhões no terceiro trimestre de 2016. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 41% entre os trimestres, para R$ 490 milhões, ante R$ 348,6 milhões.

De julho a setembro, a receita líquida totalizou R$ 4,83 bilhões, com alta de 11,1% na comparação anual, ante R$ 4,347 bilhões, devido ao maior volume de bovinos (+22%). “Esse crescimento da divisão Beef refletiu a decisão estratégica de antecipar e acelerar o aumento de sua produção no Brasil”, disse a companhia no relatório de resultados.

A operação brasileira da Marfrig registrou uma alta de 36% e 40% no volume de vendas em relação ao terceiro trimestre de 2016 e ao segundo trimestre deste ano, respectivamente, e com melhora de margens.

O resultado financeiro líquido no terceiro trimestre apresentou despesa de R$ 427 milhões, uma redução de 12% quando comparada à despesa de R$ 488 milhões no segundo trimestre deste ano. A alavancagem considerando-se o Ebitda Ajustado dos últimos 12 meses foi de 4,36 vezes. A dívida líquida da Marfrig encerrou o trimestre em US$ 2,221 bilhões, o que representou um incremento de 9% em relação ao segundo trimestre de 2017. Em reais, a dívida líquida foi de R$ 7,038 bilhões.

Alpargatas (ALPA4, R$ 16,30, -0,85%)
A calçadista Alpargatas reportou lucro líquido de R$ 71,3 milhões no terceiro trimestre de 2017, queda de 15,6% na comparação com igual período do ano anterior. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a companhia reportou lucro de R$ 305,5 milhões, expansão de 19,4%.

A companhia reporta ainda um resultado das operações continuadas. O lucro liquido das operações continuadas no trimestre caiu 15%, para R$ 71,3 milhões. Em nove meses, o lucro das operações continuadas chega a R$ 307,2 milhões, aumento de 18,7%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre julho e setembro alcançou R$ 109 milhões, recuo de 14,9% ante iguais meses do ano passado. No acumulado do ano até setembro, o Ebitda chega a R$ 429,5 milhões, retração de 0,1% na comparação anual.

A Alpargatas reportou receita líquida de R$ 951,1 milhões no terceiro trimestre, queda de 3,2% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Em nove meses, a receita chegou a R$ 2,618 bilhões, retração de 12,4%.

CPFL Energia (CPFE3, R$ 27,58, -0,04%)
A CPFL Energia apurou lucro líquido de R$ 390,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, montante 44,9% maior que os R$ 269,27 milhões anotados em igual etapa do ano passado. No acumulado em nove meses, o resultado somou R$ 745,49 milhões, praticamente estável (+0,5%) frente os R$ 741,85 milhões verificados no mesmo período de 2016.

O lucro líquido atribuído aos acionistas controladores avançou 43,3% no terceiro trimestre, para R$ 331,813 milhões, somando R$ 721,17 milhões no acumulado do ano, queda de 5,4%.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,274 bilhão entre julho e setembro, alta de 13,8% ante os R$ 1,120 bilhão registrado nos mesmos meses de 2016. Em nove meses, o Ebitda totalizou R$ 3,498 bilhões, alta de 12,1% frente igual etapa do ano passado.

A receita operacional líquida da CPFL cresceu 62,7% no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 7,784 bilhões. No ano até agora, a receita alcançou R$ 19,285 bilhões, 41,8% acima do reportado na mesma etapa de 2016.

O resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 343,4 milhões no trimestre, perda 17,6% menor na comparação anual. Em nove meses, o prejuízo financeiro líquido alcançou R$ 1,197 bilhão, alta de 19,8%.

Light (LIGT3, R$ 17,32, +0,70%)
A Light registrou no terceiro trimestre deste ano lucro líquido de R$ 59 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 62 milhões anotados em igual período do ano passado. Com isso, no acumulado em nove meses, a companhia já anota um ganho de R$ 33 milhões, frente os R$ 119 milhões de igual etapa de 2016.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no período ficou em R$ 478 milhões, 66,1% acima dos R$ 288 milhões de um ano antes. Em nove meses, o indicador cresceu 44,9% e somou R$ 1,140 bilhão.

O Ebitda ajustado, que desconsidera a equivalência patrimonial e outras receitas/despesas operacionais, ficou em R$ 503 milhões, evolução de 61,9%. No ano até setembro, a linha totalizou R$ 1,2 bilhão, alta de 29,2%. A margem Ebitda ajustado passou de 14% para 19,2%.

A receita líquida da Light entre julho a setembro ficou em R$ 2,627 bilhões, desconsiderando a receita de construção. O montante corresponde a um aumento de 18,5% frente o reportado nos mesmos meses do ano passado. De janeiro a setembro, a receita somou R$ 7,47 bilhões, alta de 14,4%.

Even (EVEN3, R$ 5,00, +2,04%)
A incorporadora Even fechou o terceiro trimestre de 2017 com um prejuízo líquido de R$ 25,6 milhões, o que representa um aumento do resultado negativo em relação ao mesmo período de 2016 que foi de R$ 12,505 milhões. No acumulado do ano, o prejuízo é de R$ 143,792 milhões, ante o lucro líquido de R$ 27,932 milhões obtido pela companhia entre janeiro e setembro de 2016.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Even soma R$ 41,092 milhões no terceiro trimestre, alta de 36,5% ante igual período de 2016.

A receita líquida da companhia alcançou R$ 488,173 milhões, crescimento de 28% ante o terceiro trimestre do ano passado. No acumulado do ano, a receita bateu em R$ 1,180 bilhão, retração de 13%. O resultado financeiro do terceiro trimestre foi positivo em R$ 12,8 milhões, 33% maior que o registrado no segundo período de 2017, que foi de R$ 9,6 milhões.

Rossi (RSID3, R$ 5,90, -9,92%)
A Rossi Residencial registrou prejuízo líquido de R$ 156,0 milhões no terceiro trimestre de 2017, resultado 2,7% menor do que a perda de R$ 160,3 milhões apurada no mesmo período de 2016.

O Ebitda (juros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Rossi ficou negativo em R$ 102,1 milhões entre julho e setembro, ante resultado negativo de R$ 80 milhões no terceiro trimestre de 2016. Na mesma base de comparação, a margem Ebitda passou de -57,3% para -237,9%.

A receita líquida da Rossi ficou em R$ 42,9 milhões, recuo de 69,3% em relação ao informado um ano antes. Entre julho e setembro, o resultado financeiro líquido da construtora foi negativo em R$ 47,8 milhões, indicando uma melhora de 23% ante o mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi negativo em R$ 62,3 milhões.

Oi (OIBR4, R$ 3,86, -4,22%)
A Oi, em recuperação judicial, obteve lucro líquido consolidado de R$ 8 milhões no terceiro trimestre de 2017, revertendo o prejuízo de R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2016. Esse é o primeiro lucro reportado pela tele desde o fim de 2015.

O retorno para o azul decorreu da valorização do real frente ao dólar nesse período, uma vez que as dívidas em moeda estrangeira (cerca de US$ 10 bilhões) correspondem a quase metade da dívida bruta.

Com a oscilação do câmbio, o resultado financeiro da Oi gerou uma receita de R$ 45 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante uma despesa de R$ 1,7 bilhão um ano antes.

O câmbio tem causado forte impacto a cada trimestre no balanço da companhia, que desmontou as operações de hedge desde que entrou em recuperação, na metade do ano passado. O efeito do câmbio, entretanto, não teve impactos no caixa da operadora.

Considerando apenas as operações da Oi no Brasil, o lucro líquido no terceiro trimestre de 2017 chegou a R$ 218 milhões, ante R$ 1,2 bilhão no mesmo período de 2016.

Hermes Pardini (PARD3, R$ 31,00, -0,35%)
O Instituto Hermes Pardini encerrou o terceiro trimestre de 2017 com lucro líquido de R$ 37,3 milhões, o que representa uma evolução de 15,4% ante o registrado em igual período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 69,5 milhões entre julho e setembro, uma alta de 38,7% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da empresa somou R$ 290,5 milhões no terceiro trimestre, com crescimento de 23,7% ante a mesma etapa de 2016. A resultado financeiro ficou negativo em R$ 2,2 milhões entre julho e setembro, ante resultado positivo de R$ 7,9 milhões registrado um ano antes.

Santos Brasil (STBP3, R$ 2,97, -0,34%)
A Santos Brasil registrou um lucro líquido de R$ 1,0 milhão no terceiro trimestre deste ano, revertendo a perda de R$ 1,1 milhão anotada em igual intervalo do ano passado.

De acordo com a companhia, o resultado do período reflete a queda no volume de contêineres movimentados, o recuo na receita unitária das operações de cais e do terminal de veículos e aumento na armazenagem, além de ganhos não recorrentes, com destaque para o ganho extraordinário com a reversão de despesas tributárias (FUNDAF) e para as despesas e custos não recorrentes remanescentes do processo de reestruturação organizacional.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado recorrente do período foi de R$ 17,3 milhões, uma queda de 44,7% ante o terceiro trimestre de 2016. A margem recorrente foi de 8,3%, ante 14,1% informados um ano antes.

O Ebitda recorrente exclui o efeitos dos seguintes itens não-recorrentes que impactaram positivamente o indicador consolidado no período: operação de cinco navios em Imbituba em junho, desviados do Porto de Itajaí, operação que ainda gerou um ganho residual de R$ 1,0 milhão no terceiro trimestre; receita de R$ 0,6 milhão com venda de ativo imobilizado; reversão de recolhimento de tributos ao FUNDAF no montante de R$ 11,5 milhões e reversão de provisões diversas no total de R$ 6,9 milhões.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 209,3 milhões no período, montante 6,0% inferior aos R$ 222,7 milhões registrados no terceiro trimestre de 2016. O resultado financeiro líquido apontou perdas de R$ 2,7 milhões, ante despesas de R$ 4,6 milhões de igual intervalo de 2016.

Anima (ANIM3, R$ 22,51, -1,79%)

A Anima registrou um lucro líquido ajustado de R$ 17,6 milhões no terceiro trimestre de 2017, alta de 29,1% na base de comparação anual, com uma margem de 7% sobre a receita líquida (alta de 1,1 ponto percentual na base anual). 

Já a receita líquida no trimestre foi de R$ 252,4 milhões, acima dos R$ 249,0 milhões esperados por analistas consultados pela Bloomberg e maior do que os R$ 231,2 milhões registrados no mesmo período do ano passado. 

Ultrapar (UGPA3, R$ 71,20, -0,77%)
Após caíram 9% entre o dia 9 e 10 de novembro, na sequência da divulgação do resultado do 3° trimestre, as ações da Ultrapar sinalizam uma recuperação no mercado. Na visão da equipe de análise da XP Investimentos, a queda dos papéis abriu uma oportunidade de compra por assimetria de risco no curto prazo.

Para os analistas, o resultado da companhia veio em linha com as expectativas e até mostrando uma pequena retomada no volume de combustíveis comercializado. Mesmo assim, as ações de Ultrapar apresentaram queda forte, underperformando o Ibovespa em aproximadamente 5,6% no mês.

“Tendo em vista que combustíveis representam parte relevante do faturamento da companhia (> 80%); a correlação desse segmento com a atividade; e o posicionamento forte de Ipiranga no mercado, acreditamos que a queda tenha aberto uma assemetria para os papéis no curto prazo”, comentam. 

Embraer (EMBR3, R$ 15,34, -1,35%)

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer está a três meses de conseguir a aprovação para começar a entregar uma nova geração de aviões que, na avaliação do diretor comercial da companhia, John Slaterry, será um catalisador para conseguir mais encomendas.

A Embraer lançou formalmente a chamada geração E-2 de aviões regionais e pequenos mais de quatro anos atrás e colocou no ano passado o modelo introdutório para voar, o E190-E-2, de 100 lugares. As entregas para os clientes devem começar em abril. A família de aviões, que inclui uma versão maior e outra menor, foi alvo de uma grande série de encomendas iniciais – embora o ritmo dos negócios tenha desacelerado durante seu desenvolvimento.

Slattery disse, no Dubai Air Show, que a companhia tem “campanhas múltiplas” para acordos em andamento, que devem ser fechados nos próximos trimestres. A Embraer irá gradualmente no próximo ano passar a uma nova versão da aeronave, mas a produção das versões atuais não será interrompida. A empresa pretende continuar a produzir o E175 de 76 lugares atual por pelo menos mais uma década. 

Fras-le (FRAS3, R$ 5,56, -0,36%)

A Fras-le anunciou acordos para compra de empresas na Argentina em transações avaliadas em um total de R$ 91,3 milhões. A empresa anunciou compra da PALR, controladora da distribuidora e fabricante de autopeças Armetal Autopartes, que por sua vez controla a Farloc Argentina, que fabrica produtos como fluidos de freio. 

“O principal objetivo da companhia com o negócio é reforçar sua atuação global, aumentar o portfólio de produtos, expandir sua participação no mercado de distribuição de autopeças e ampliar sua capacidade produtiva”, afirmou em comunicado. 

OdontoPrev (ODPV3, R$ 15,84, -1,00%)

A Odontoprev acertou a compra da Odonto System Planos Odontológicos, que será feita a um preço equivalente a 9 vezes o Ebitda ajustado da empresa em 2017. O valor será pago na data de fechamento do acordo; poderão ser pagas quantias variáveis em 2019 e 2020, caso sejam atingidas futuras metas de Ebitda ajustado da Odonto System. A transação está sujeita a certas condições precedentes, incluindo a aprovação de autoridades. O Bradesco BBI atuou como assessor financeiro da operação. 

MSCI

O Índice MSCI Emerging Markets passa a incluir as ações do Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 14,50, 0,00%), enquanto Copel (CPLE6, R$ 19,61, -2,92%), Duratex (DTEX3, R$ 9,01, -5,06%) e Lojas Americanas ON (LAME3, R$ 12,39, -2,90%) foram eliminadas após revisão semi-anual dos índices MSCI, segundo comunicado na noite desta segunda-feira.

O índice de ações de emergentes também incluiu papéis da China Molybdenum (China) e Polyus (Rússia). As mudanças passam a valer a partir de 1° de dezembro. 

Transmissão Paulista (TRPL4, R$ 63,15, -0,77%)

A Transmissão Paulista aprovou dividendo de R$ 365,4 milhões, com liquidação em 28 de novembro.

Dommo Energia (DMMO3, R$ 0,96, -6,80%)

A Dommo Energia, ex-OGX, informou a produção de 161.979 barris em outubro no campo de Tubarão Martelo. 

Gol (GOLL4, R$ 12,45, -2,66%)

A Gol é elevada de CCC a B por Fitch, com a perspectiva estável. As ações de rating refletem a reavaliação da Fitch sobre o risco de crédito da Gol incorporando a recente reestruturação da empresa, o que reduziu a capacidade e a estrutura de custos da empresa, reduziu a alavancagem e melhorou o desempenho operacional, segundo relatório da Fitch divulgado hoje.

As ações de rating também incorporam as expectativas da Fitch para que a Gol se beneficie dos fundamentos da indústria aérea brasileira em 2017-2018. 

Telefônica (VIVT4, R$ 48,52, -0,66%)

A Telefônica aprovou a emissão de R$ 1 bilhão em debêntures em série única, segundo comunicado ao mercado. O vencimento é em 3 anos, com juros correspondentes a DI +0,24%. A oferta é para investidores qualificados

Prumo (PRML3, R$ 10,93, -1,97%)

A Prumo informou que a CVM suspendeu a análise da OPA até atender novas exigências. A  CVM definiu que após a disponibilização do laudo de avaliação atualizado deverá ser reaberto prazo de 15 dias para que acionistas possam requerer a convocação de assembleia especial
para deliberar sobre a realização de nova avaliação. 

(Agência Estado)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.