O pior trimestre: prejuízo da dona do Snapchat triplica no 3º tri e ações afundam 20%

Piora no resultado aconteceu uma vez que o número de usuários não registrou avanço significativo no terceiro trimestre

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – O cenário de “queridinha” do mercado da Snap – dona do Snapchat – está cada vez mais longe. Se em sua estreia na bolsa muitas pessoas acreditavam no potencial da companhia, o mais recente resultado, divulgado na noite desta terça-feira (7) está coroando um ano para se esquecer.

A companhia informou que o seu prejuízo líquido mais do que triplicou, uma vez que o número de usuários não registrou avanço significativo no terceiro trimestre. De acordo com a companhia, o prejuízo passou de US$ 124,2 milhões no período entre julho e setembro de 2016 para atuais US$ 443,2 milhões.

No relatório deste trimestre, a Snap também informou que a receita ficou em US$ 207,9 milhões, alta de 62% em relação ao mesmo período do ano passado, mas abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, de receita a US$ 236,9 milhões.

Ebook Gratuito

Como analisar ações

Cadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber para fazer suas próprias análises

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A companhia informou que adicionou 4,5 milhões de usuários diários no terceiro trimestre, com a base total em 178 milhões de usuários. No entanto, esse foi o crescimento mais lento da base de usuários da Snap em todos os trimestres.

Os números decepcionantes fizeram a companhia afundar no after hours da NYSE, chegando a cair 20%. Às 19h38 (horário de Brasília), o papel cedia 17,00%, a US$ 12,55. Vale lembrar que em seu primeiro pregão na bolsa dos EUA, em 2 de março deste ano, os papéis da Snap dispararam 50%. Desde então, a companhia já viu suas ações devolverem todos estes ganhos, com perdas acumuladas de cerca de 50% no ano.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.