Correção mais forte do mercado deve ser vista como oportunidade de compra, afirma analista

Ibovespa pode passar por consolidação, mas nada que altere a tendência de alta principal; Movida oferece oportunidade de compra

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – A forte alta de 3,23% na última terça-feira (3), o que culminou na superação de 76.419 pontos, sinalizava que o mês começaria muito bem para o Ibovespa, relembrando o movimento acompanhado entre 6 e 18 de setembro, quando o mercado recuou apenas por dois pregões e acumulou valorização de 5,3% no período. Porém, a “patinada” do índice no pregão passado e a confirmação do candle de reversão formado nesta sexta-feira (6) frustrou essa expectativa, mas ainda é insuficiente para anular a tendência de alta do mercado.

De acordo com Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial, o mercado deve sofrer uma “pausa” neste momento e entrar em um cenário de consolidação entre o topo histórico recém renovado em 78.025 pontos e 73.200 pontos, com suporte intermediário em 75 mil pontos. Isso será importante para acomodar as Bandas de Bollinger de 8 períodos, que estão muito abertas, e preparar o mercado para retomar sua tendência de alta principal.

De acordo com Figueredo, a volta do mercado chinês na próxima semana e a inflação ao consumidor dos EUA na próxima sexta-feira (13), que será acompanhada de perto pelo mercado por conta do ritmo de aumento de juros do Fed, poderão ser os drivers para destravar o mercado, que tem como objetivo de longo prazo os 80.000 pontos – base superior do canal de alta de longo prazo.

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Por conta da sequência de topos e fundos ascendentes, o sócio-analista da Eleven Financial não vê sinais de reversão da tendência neste momento, que somente será engatilhada com a perda de 71.600 pontos, ou seja, o índice possui “muito chão” para alterar todo cenário positivo. Para Figueredo, qualquer correção mais forte deve ser interpretada como uma oportunidade de compra pelo investidor.

Recomendação de compra

Depois do gap de baixa aberto em 9 de agosto, quando recuou 11% com volume acima da média, Movida (MOVI3) iniciou um processo de correção nos últimos dois meses, mas nesta semana atingiu a faixa de suporte que compreende R$ 8,30 e R$ 8,00, onde encontrou importante presença de compra e iniciou um processo de retomada, vide o candle de reversão formado na quinta-feira (5) com volume acima da média. Assim, Figueredo recomenda compra para a ação nestes níveis, com projeção para testar R$ 9,25/R$ 9,30, o que representa um potencial de valorização de 7% pela cotação desta sexta-feira.

Segundo ele, nos níveis atuais o papel oferece uma ótima relação de “risco x retorno” ao investidor e a empresa está “devendo uma performance”, já que ficou para trás em meio ao rali do mercado dos últimos meses.