Ultrapar sofre derrota sobre compra da Liquigás; Duratex compra empresa e mais destaques no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta segunda-feira (28)

Rodrigo Tolotti

(Divulgação)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo ganha destaque na noite desta segunda-feira (28), principalmente com a aquisição da Ceusa pela Duratex e pela “derrota” da Ultrapar no Cade em relação à compra da Liquigás. Confira estes e outros destaques:

Duratex (DTEX3)
A Duratex anunciou a aquisição de 100% da Ceusa Revestimentos Cerâmicos, por R$ 280 milhões, marcando a entrada da divisão Deca no segmento cerâmico. A Ceusa tem duas fábricas e produz porcelanatos destinados, principalmente, a vendas domésticas ao varejo.

No ano passado, a Ceusa teve receita líquida de R$ 162 milhões e Ebitda de R$ 31 milhões em 2016. Atualmente, a empresa opera com 95% de sua capacidade de 480 mil metros quadrados por mês. Segundo a Duratex, a operação faz parte da estratégia de oferecer “soluções para melhor viver”.

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Ultrapar (UGPA3)
A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sugeriu a reprovação da aquisição da Liquigás Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras, pela concorrente Ultragaz, da Ultrapar, de acordo com comunicado divulgado pelo órgão antitruste. Segundo o órgão do Cade, a operação geraria sobreposições elevadas de mercado na maioria dos Estados analisados.

No negócio, anunciado no ano passado, a Petrobras vendeu a Liquigás por R$ 2,8 bilhões , como parte de seu programa de desinvestimentos para reduzir o alto endividamento. O caso segue agora para análise do Tribunal do órgão, que decidirá sobre o caso ou determinará eventuais remédios que afastem os problemas identificados.

De acordo com o parecer, um pacote de desinvestimentos que pudesse atender de forma adequada todas as preocupações concorrenciais identificadas seria de difícil implementação e monitoramento, com resultados incertos em termos de efetividade.

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Eletrobras (ELET3; ELET6)
A Eletrobras, a Eletronuclear e a China National Nuclear Corporation (CNNC) assinarão no dia 1º de setembro, em Pequim, um memorando de entendimento (MOU) de cooperação do setor nuclear envolvendo o Brasil e a China.

“O memorando cria a oportunidade de um aprofundamento da cooperação bilateral para uso da energia nuclear para fins pacíficos, destacando os interesses comuns em estabelecer futura parceria para conclusão de Angra 3”, diz a empresa, em comunicado.

A assinatura terá a presença do presidente da República, Michel Temer, do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, do chefe da Superintendência Internacional da Eletrobras, Pedro Luiz de Oliveira Jatobá, representando o presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, e do presidente da Eletronuclear, Bruno Campos Barretto.

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“Com isso, os dois países reafirmam a importância do papel da energia nuclear na composição da matriz elétrica e na redução das emissões de gases de efeito estufa, levando em consideração a competitividade econômica deste tipo de energia”, afirma a Eletrobras.

Este será o terceiro MOU assinado entre a Eletronuclear e a CNNC. Durante a visita do primeiro ministro chinês ao Brasil, em 2015, foi firmado um memorando entre a Eletrobras, a Eletronuclear e a CNNC, visando à cooperação em temas do setor nuclear. Em dezembro de 2016, o presidente da Eletronuclear, Bruno Barretto, esteve em Pequim para reuniões com a CNNC e bancos chineses – potenciais financiadores da conclusão de Angra 3, segundo a Eletrobras. Nesta visita, foi firmado um MOU bilateral entre a Eletronuclear e a CNNC para pautar a cooperação na retomada das obras.

(Com Agência Estado)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.