Snapchat entra com pedido de IPO e apresenta prejuízo de US$ 500 milhões em 2016

"Temos incorrido perdas operacionais no passado, esperamos ter perdas operacionais no futuro, e podemos nunca conseguir ou manter uma rentabilidade", diz o documento

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A Snap Inc., dona do Snapchat, entrou oficialmente nesta quinta-feira (2) com seu pedido para fazer um IPO (Oferta Pública Inicial) de suas ações na NYSE. O arquivamento do documento S-1 na SEC deu pela primeira vez um olhar mais profundo da empresa liderada por Evan Spiegel, de 26 anos. 

A companhia teve receita de US$ 404,48 milhões em 2016, contra US$ 58,66 milhões um ano antes. Enquanto isso, o prejuízo da empresa saiu de US$ 372,89 milhões em 2015 para US$ 514,64 milhões no ano passado. Em dezembro, o Snapchat tinha 158 milhões de usuários ativos diariamente.

“Temos incorrido perdas operacionais no passado, esperamos ter perdas operacionais no futuro, e podemos nunca conseguir ou manter uma rentabilidade”, diz o documento. Em outro trecho interessante, a companhia diz que “nossos dois co-fundadores têm controle sobre todas as decisões dos acionistas porque controlam uma maioria substancial de nossas ações com direito a voto”.

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“Nós não temos conhecimento de qualquer outra empresa que tenha completado uma oferta pública inicial de ações sem direito a voto em uma bolsa de valores dos EUA. Portanto, não podemos prever o impacto que nossa estrutura de capital e o controle concentrado por nossos fundadores podem ter em nossa precificação de ações ou em nosso negócio”, diz o documento.

O IPO da Snap é especialmente significativo para o mercado uma vez que poucas empresas de tecnologia estão se tornando públicas. Forma apenas 105 IPOs em 2016, de acordo com a Renaissance Capital, uma queda considerável dos 170 de 2015 e 275 de 2014. Mega startups como Uber, Airbnb e Pinterest optaram por permanecer no mercado privado.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.