Bradesco BBI corta recomendação de “queridinha da Bolsa”, 4 prévias, possível venda da Oi e mais 8 notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira (13)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário é movimentado nesta sexta-feira (13), com destaque para diversas prévias operacionais – de Gol, Direcional, Embraer e Pão de Açúcar – do quarto trimestre, além de recomendações e um noticiário movimentado sobre a Vale. Confira os destaques desta sexta-feira (13):

BB Seguridade (BBSE3)
O Bradesco BBI cortou a recomendação de uma das ações consideradas “queridinhas” da Bolsa: a BB Seguridade. A recomendação passou de compra para neutra, com o preço-alvo de R$ 35,00. Os analistas destacam que o valuation barato pode prosseguir por mais tempo dado a perspectiva pior, apesar de ainda gostar de seu plano de planos de pensão e perspectivas de longo prazo.A SulAmérica segue a preferida do setor, enquanto os analistas seguem cautelosos com Porto Seguro, que tem recomendação underperform e preço-alvo de R$ 29.

Santander (SANB11)
Após o Banco do Brasil e o Bradesco, o Santander Brasil anunciou na quinta-feira um corte de 5 a 10 por cento das taxas de juros das suas principais linhas de crédito de varejo.

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O crédito pessoal terá a taxa mínima reduzida de 2,09 para 1,99 por cento ao mês, e a máxima, de 8,49 para 7,99 por cento ao mês. Já a taxa mínima do empréstimo para compra de veículos, passa de 1,39 para 1,25 por cento ao mês, enquanto a máxima vai de 2,99 para 2,79 por cento mensais. As mudanças valem a partir desta sexta-feira (13).

Banco do Brasil (BBAS3)
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Banco do Brasil cobra do governo do Rio de Janeiro R$ 3,2 bilhões para o pagamento de resgates de depósitos judiciais. O banco público avisou ao governo fluminense que esse valor é o necessário para reabastecer o fundo de reserva que garante o pagamento dos depósitos judiciais depois das decisões da Justiça.

A Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro não deu detalhes sobre a questão, mas confirmou que “o governo do Estado e o Banco do Brasil estão conversando sobre o tema”. Já o BB não se manifestou, alegando sigilo comercial.

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Renova (RNEW11) e AES Tietê (TIET11)
A Renova Energia informou na madrugada desta sexta-feira que fechou acordo com a AES Tietê para venda de conjunto de parques eólicos que formam o complexo Alto Sertão II, no interior da Bahia, por preço base de 650 milhões de reais.

 O Santander destaca que, se a aquisição potencial se confirmar, “é um negócio positivo para a AES Tietê e um alívio para o balanço pressionado da Renova”. “Acreditamos que a AES Tietê poderia melhorar as margens e a geração dos parques eólicos e acreditamos que esses ativos complementariam o portfolio próprio da TIET, proporcionando maior estabilidade do fluxo de caixa e reduzindo a exposição ao risco de déficit hídrico”. 

Vale (VALE3;VALE5)
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, a Vale assinou na quinta, junto ao governo do Malawi, um acordo que assegura o financiamento para o Corredor Logístico Nacala, em Moçambique, em um negócio que pode chegar a US$ 2,5 bilhões. As informações são do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo. As conversas para este acordo se estendem já faz anos, e em setembro do ano passado, o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, havia dito que o projeto para conseguir o financiamento já estava bastante adiantado.

Na ocasião, a companhia estava tendo dificuldade para destravar o project finance que completaria a operação e que, segundo projeções da época, apontava para uma entrada de US$ 2,7 bilhões no caixa da Vale – valor que, segundo O Globo acabou sendo um pouco menor.

Além disso, a Samarco, joint venture entre a Vale e a BHP Billiton, informou ontem que entregou o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) da Barragem de Fundão. O documento foi protocolado na Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad). Ele prevê a estabilização definitiva das encostas, das estruturas e dos rejeitos remanescentes, seguida do plantio de vegetação.

A Barragem de Fundão, pertencente à Samarco, se rompeu em 5 de novembro de 2015 e liberou mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Considerado a maior tragédia ambiental do país, o episódio provocou devastação da vegetação nativa, poluição da bacia do Rio Doce e destruição dos distritos de Bento Rodrigues e de Paracatu, além de outras comunidades. Dezenove pessoas morreram. 

A recuperação ambiental da área afetada é parte do acordo assinado entre a mineradora, suas acionistas, o governo federal e os governos de Minas Gerais e Espírito Santo. A Justiça ainda não decidiu se irá homologar o acordo. O acordo prevê o investimento de aproximadamente R$20 bilhões ao longo de 15 anos, mas é contestado pelo Ministério Público Federal (MPF), que estima os prejuízos em R$155 bilhões. Mesmo assim, as partes que o assinaram afirmam estão cumprindo os termos.

A Bloomberg destaca que a Vale Indonesia chegou a cair 13,6% na bolsa de Jacarta hoje, a maior perda intradiária desde outubro de 2008. Isso porque o governo da Indonésia revisou regras de exportação de minerais em uma mudança inesperada de sua política.

Os preços do cobre subiram ao nível mais alto em um mês após o anúncio indonésio, enquanto o níquel cai na bolsa de Londres. O Governo vai permitir exportações do excedente de minério de níquel e bauxita por mineradoras que estejam construindo plantas de processamento no país, disse Bambang Gatot Ariyono, diretor-geral de minerais e carvão no Ministério de Energia e Recursos Minerais da Indonésia, a repórteres nesta quinta-feira. Serão permitidos embarques por, no um máximo, 5 anos, disse ele. As fundições devem obter pelo menos 30% de seu abastecimento domesticamente com o minério de níquel de baixo grau. A mudança inesperada nas regras sinaliza uma grande alteração regulatória para a Indonésia, que havia proibido, em janeiro de 2014, as exportações de minérios brutos e não processados na tentativa de desenvolver uma indústria nacional de processamento, evitando o desaparecimento de sua riqueza mineral no exterior. O relaxamento é “bearish” para os preços do níquel e poderia agora prejudicar investimentos em novas plantas, segundo Citigroup e Macquarie Group.

Braskem (BRKM5)
Depois de muita dor de cabeça na Usiminas, o empresário Lirio Parisotto, por meio do fundo Geração L Par, passou a deter cerca de 1% do capital social da petroquímica Braskem, informa o Estadão. Essa é a segunda vez que Parisotto tem exposição à empresa e a volta ocorre dez anos depois do primeiro investimento.

Cosan (CSAN3)
A Raízen, joint venture entre a Shell e a Cosan, precificou emissão de US$ 500 milhões de 10 anos a 5,3%, segundo fonte ouvida pela Bloomberg. Os recursos serão utilizados para refinanciamento de dívida. Os coordenadores da operação são BofAML, Bradesco, Citi, JPMorgan e Santander.

Eneva (ENEV3)
Segundo o Estadão, a crise hídrica que afeta a Região Nordeste do País foi parar nos tribunais. Na segunda-feira, as empresas EDP e Eneva, donas das duas maiores usinas térmicas movidas a carvão do País, instaladas no Porto de Pecém (CE), entraram com um processo no Tribunal de Justiça do Ceará contra o governo estadual.  Na ação, as empresas que controlam as usinas Pecém I e II questionam a criação, pelo governo, do Encargo Hídrico Emergencial (EHE), taxa extra que foi incluída na conta de água e que tem sido cobrada pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará (Cogerh) desde outubro do ano passado. O valor da ação chega a R$ 38,2 milhões, segundo apurou o jornal. 

Mahle Metal Leve (LEVE3)
A Metal Leve informou que testes de impairment identificaram perda estimada em R$ 186,9 milhões na “recuperabilidade do ativo ágio” na unidade de anéis, segmento de componentes de motores. A perda é proveniente de “redução de resultados futuros em função de mudanças nas taxas de câmbio e na queda de volume de vendas, por conta da atual situação do mercado, que tem afetado, em especial, a indústria automobilística e cuja recuperação não é esperada para ocorrer nos próximos anos”. O ajuste não terá impacto na continuidade dos negócios, no relacionamento com clientes e fornecedores, ou no cumprimento dos contratos e demais obrigações da companhia, diz Mahle. O valor contabilizado da unidade, calculado em 30 de setembro, era de R$ 568,6 milhões.

Oi (OIBR4)
Corte na Holanda espera decidir sobre suspensão do pagamento no próximo dia 26. A última audiência na Corte Distrital de Amsterdã relacionada aos pedidos de conversão dos procedimentos de suspension of payments relativos a cada um dos veículos financeiros da Oi na Holanda ocorreu na quinta-feira, diz a companhia em comunicado ao mercado.

A empresa disse que está “empreendendo todos os esforços na negociação com todos os credores de uma proposta final de Plano de Recuperação Judicial, a ser levada para aprovação em Assembleia de Credores conforme os prazos e regras definidos na legislação, que garanta a viabilidade operacional e a sustentabilidade da companhia e que atenda a todos os credores, acionistas e demais partes interessadas de forma equilibrada, permitindo que a Companhia saia mais fortalecida ao final deste processo”, segundo o comunicado. A companhia “pretende usar os recursos necessários para buscar assegurar a proteção dos interesses das empresas Oi e de seus stakeholders com relação aos possíveis efeitos de uma eventual conversão”.

Ainda sobre a Oi, o jornal O Globo informa que ela pretende converter R$ 5 bilhões da dívida dos credores donos de papéis no exterior (os chamados bondholders) em novas ações. De acordo com uma fonte a par das negociações ouvida pelo jornal, a discussão, agora, é saber o quanto isso representará do capital da companhia. Para efeito de comparação, o valor de mercado da Oi na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) soma R$ 2,33 bilhões. 

A Oi também pode dar como alternativa aos credores que não queiram converter a dívida em ações a venda direta a fundos que estão dispostos a injetar recursos na tele carioca. Estão no páreo, os “fundos abutres” Elliott e Cerberus e o egípcio Naguib Sawiris. Vale destacar que, em entrevista ao portal Poder360, o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou que a venda da Oi está entre dois contendores finais: Sawiris e o grupo de fundos. 

Embraer (EMBR3)
A Embraer informou nesta sexta-feira (13) que entregou 108 jatos comerciais e 117 executivos em 2016, sendo 73 leves e 44 grandes. Dessa forma, a empresa cumpriu as metas informadas para o ano, de 105 a 110 jatos comerciais, de 70 a 80 executivos leves e de 35 a 45 executivos grandes. As 225 aeronaves totalizaram o maior volume de entregas em seis anos. No quarto trimestre, foram entregues 32 jatos para o mercado de aviação comercial e 43 para o de aviação executiva, sendo 25 jatos leves e 18 grandes. A Embraer comunicou ainda que até 31 de dezembro de 2016, seu “backlog” (carteira de pedidos firmes a entregar) totalizava US$ 19,6 bilhões.

Direcional Engenharia (DIRR3)
A Direcional Engenharia informou o lançamento de sete projetos no 4º trimestre de 2016, que totalizaram R$ 316 milhões em VGV (Valor Geral de Vendas). O montante é 52% superior ao registrado no mesmo período de 2015. Em 2016, o VGV totalizou R$ 769 milhões, alta de 76% na comparação com o ano anterior. Os lançamentos do programa “Minha Casa, Minha Vida” nas categorias 2 e 3 foram responsáveis por todos os empreendimentos do quarto trimestre e por 79% do total do VGV do ano passado.

Pão de Açúcar (PCAR4) e Via Varejo (VVAR11)
O Grupo Pão de Açúcar informou que sua receita líquida totalizou R$ 11,7 bilhões no quarto trimestre de 2016, avanço de 12,1% ante igual período de 2015. Em 2016, o faturamento da empresa somou R$ 41,5 bilhões, alta de 11,4% em relação a 2015. No ano passado, o Assaí, atacado de autosserviço da companhia, registrou crescimento de 18,6% ”mesmas lojas”, segundo o comunicado. A Via Varejo (VVAR11) apresentou queda de 1,7% nas vendas físicas e 10,4% na receita total de vendas online no quarto trimestre de 2016 ante igual período de 2015. O comunicado pondera que o ritmo de queda é menor que a média do comércio e que o registrado no mesmo período do ano anterior.

Gol (GOLL4
A Gol anunciou que o total de assentos vendidos caiu 18,8% em dezembro de 2016 na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo os números prévios de tráfego, o volume de decolagens recuou em 19,0% na mesma base comparativa. No ano de 2016, as quedas foram de 16,9% e 17,2%, respectivamente. Dessa forma, a oferta no mercado doméstica foi reduzida em 5,4% tanto na base comparativa mensal quanto na anual. A taxa de ocupação em dezembro de 2016 ficou em 79,5%, 15 pontos-base acima do registrado em igual mês de 2015. Em 2016, o indicador permaneceu estável em 78%.

PetroRio (PRIO3)
A PetroRio tem a intenção de assumir ainda em janeiro 10% do negócio de gás natural do campo de Manati, após o processo de compra de 52% da participação na Brasoil para, posteriormente, aumentar sua participação no negócio, se surgirem oportunidades de negócio. Atualmente, a Petrobras detém 35% do projeto localizado na Bahia, a Queiroz Galvão Exploração e Produção, 45%, e a Geopark, 10%. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o diretor de projetos da PetroRio, Nelson Tanure Filho, disse que o campo de Manati é um ativo interessante para a empresa porque está em fase de produção e, por isso, representa geração de caixa.

(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.