Petrobras paga R$ 16,7 bi para o BNDES; aporte da Light e mais 6 notícias agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos do noticiário desta segunda-feira (26)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A segunda-feira (26) começa com um noticiário corporativo agitado. A Petrobras liquidou ainda na sexta uma dívida de R$ 16,7 bilhões junto ao BNDES relativa a três contratos de financiamentos com a subsidiária TAG e a própria estatal. Enquanto isso, a CCR entrou com pedido de análise junto à Anbima para emissão de debêntures de até R$ 800 milhões. Chamam atenção ainda a Ultrapar, com seu orçamento para 2017, e a Light, que aprovou um aporte de R$ 12,2 milhões na Renova, que, por sua vez, fará um aumento de capital de até R$ 300 milhões. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras liquidou na sexta-feira uma dívida de R$ 16,7 bilhões contraída junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), informou o banco em um comunicado à imprensa, explicando que os recursos já estão disponibilizados no caixa.

O pagamento, de acordo com o BNDES, é relativo a três contratos de financiamentos com a Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária integral da Petrobras, e à própria Petrobras.

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CCR (CCRO3)
A CCR AutoBan submeteu à Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) um pedido de análise prévia para registro de oferta pública de distribuição da 7ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 800 milhões. A oferta será coordenada pelo Itaú BBA e Bradesco BBI.

Serão ofertadas inicialmente 800 mil debêntures, com valor unitário de R$ 1 mil, com a possibilidade de 160 mil debêntures suplementares e outras 120 mil debêntures adicionais. O prazo de vencimento das debêntures será de cinco anos. Os recursos serão usados no resgate antecipado obrigatório da totalidade da quarta emissão de notas promissórias comerciais da companhia.

Ainda no noticiário da companhia, a Andrade Gutierrez voltou a afirmar que não considera sair da CCR. “Da CCR ninguém sai, não vamos sair nunca dali. O grupo vende tudo, se precisar pagar penalidades de Lava Jato, mas não vende CCR”, disse um dos executivos segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.

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Ultrapar (UGPA3)
A Ultrapar anunciou na sexta-feira o orçamento para 2017, ano no qual pretende investir 2,174 bilhões de reais, sem contar eventuais investimentos na Alesat, na Liquigás e na associação com a Chevron em lubrificantes.

Do volume total previsto, R$ 1,116 bilhão devem ser aplicados nas operações da rede de distribuição de combustíveis Ipiranga. Outros 478 milhões de reais vão para a Oxiteno. A Ultragaz receberá 221 milhões. A Ultracargo ficará com 158 milhões, enquanto a Extrafarma, rede de farmácias, terá 178 milhões. Os 23 milhões de reais restantes foram alocados na conta “outros”.

Iguatemi (IGTA3)
O Conselho de Administração da Iguatemi autorizou a companhia a fechar acordo com a Jereissati Telecom para assumir as dívidas que a companhia tem com a Anwold Malls no valor total de R$ 30.030.056,09. Segundo a Iguatemi, a operação é realizada com o objetivo de centralizar na companhia as dívidas e créditos relacionados à Anwold Malls Corp, subsidiária integral da empresa, permitindo redução de custos, obrigações e otimização de recursos. 

Light (LIGT3) e Renova (RNEW11)
O conselho de administração Light aprovou um aporte de capital de até R$ 12,2 milhões na Renova Energia, para pagamento da quarta parcela dos juros remuneratórios da terceira emissão de debêntures da Renova. A Light detém fatia de 20,28% das ações ordinárias da Renova, equivalentes a 15,68% do total de ações, através da Light Energia.

Enquanto isso, o conselho da Renova aprovou um aumento do capital no valor de até R$ 300 milhões, ao preço de emissão de R$ 6 por unit, com montante mínimo de subscrição de R$ 50 milhões e prazo de subscrição de 120 dias.

Vale destacar que a Renova deixou de pagar R$ 48 milhões em juros da terceira emissão de debêntures da companhia, que venceram em 15 de dezembro. As debêntures totalizam R$ 500 milhões e têm vencimento final em 2024. Por conta disso, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating nacional de longo prazo da Renova de “CC(bra)” para “RD(bra)”, equivalente a calote restrito.

Engie (EGIE3)
O Conselho de Administração da Engie Brasil Energia (ex-Tractebel) aprovou nesta sexta-feira a venda de participações societárias no capital social dos ativos Eólica Beberibe, Eólica Pedra do Sal e Hidrelétrica Areia Branca, para a Companhia Energética de Petrolina (CEP), informou a companhia.

O valor dos ativos, antes de eventuais e usuais ajustes de preço, foi estabelecido em 391,768 milhões de reais, dos quais 85,418 milhões de reais são referentes a seu endividamento líquido estimado. 

“A operação integra a estratégia de otimização do parque gerador da companhia, de forma a permitir a expansão em ativos que ofereçam maior grau de sinergia entre si”, afirmou a Engie Brasil, em uma nota ao mercado. A CEP é uma companhia que opera no setor elétrico brasileiro desde 2002 por meio da UTE Petrolina. Tem como controladores os grupos Incospal, Coimex e Vale do Lobo.

Após o fechamento do acordo, a capacidade instalada total da Engie Brasil será de 6.963,8 MW, dos quais, 321,1 MW oriundos de fontes renováveis não convencionais. Outros 441,7 MW em projetos de fonte eólica e solar fotovoltaica estão em construção. O fechamento da operação depende da aprovação de órgãos reguladores.

Log-In (LOGN3)
A Log-In fechou a venda de diversos ativos para a Hidrovias Cabotagem. Segundo comunicado foram alienados: (i) 2 embarcações identificadas como “Log-In Tambaqui” e “Log-In Tucunaré”; e (ii) os direitos e obrigações de um contrato comercial firmado entre a Companhia e a Alunorte. Os valores não foram informados.

“Com o fechamento da Operação, a Companhia segue com o seu plano de reestruturação, cujos recursos advindos serão utilizados para o melhor gerenciamento de sua liquidez, viabilizando alternativas para honrar suas obrigações de médio e longo-prazo”, diz o comunicado.

Triunfo (TPIS3)
A Triunfo informou que irá contestar a o valor da tarifa aeroportuária de carga colocada pela Anac no aeroporto de Viracopos. Foi publicado no Diário Oficial da União em 23 de dezembro a 1ª Revisão Extraordinária do Contrato de Concessão do Aeroporto Internacional de Viracopos no montante de R$209,9 milhões com o objetivo de recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

“A Companhia entende que o valor para reequilíbrio do contrato referente à receita de cargas em função das mudanças no edital é superior ao apurado e deve contestar a decisão”, disse a Triunfo.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.